O Parlamento da Hungria deu o tão aguardado sinal verde para a entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), eliminando o último obstáculo para o ingresso do país escandinavo na aliança militar. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, anunciou em uma coletiva de imprensa realizada em Budapeste nesta sexta-feira que a ratificação oficial será realizada na próxima semana.
"A reunião do Parlamento na segunda-feira tomará as decisões necessárias, encerrando esta fase crucial", afirmou Orbán, ao lado de seu homólogo sueco, Ulf Kristersson. Apesar das diferenças entre os dois países, especialmente em questões políticas, Kristersson destacou a parceria na União Europeia (UE) e expressou otimismo em relação à futura cooperação na OTAN. "Não concordamos em tudo, mas concordamos que devemos cooperar onde for possível", afirmou o líder sueco.
A Suécia e a Finlândia, anteriormente neutras em questões militares, anunciaram a decisão de ingressar na OTAN em resposta à invasão russa na Ucrânia, ocorrida em fevereiro de 2022. Desde então, a Suécia buscou o apoio unânime dos membros da OTAN para sua admissão, sendo a Hungria o último dos 31 países membros a ratificar o ingresso.
A ratificação pelo Parlamento húngaro, onde o partido Fidesz, liderado por Orbán, detém uma maioria de dois terços, enfrentou vários adiamentos. O Fidesz justificou esses adiamentos citando críticas da Suécia à situação política e à deriva democrática na Hungria, preocupações também expressas pela União Europeia.
O acordo para a entrada da Suécia na OTAN ocorreu em paralelo a um marco significativo na cooperação militar entre os dois países. A Hungria anunciou a compra de quatro caças Gripen de fabricação sueca, consolidando ainda mais seus laços de defesa. O acordo inclui não apenas a aquisição das aeronaves, mas também compromissos relacionados à manutenção e prestação de serviços.
Orbán destacou que a aquisição dos caças Gripen não apenas manterá, mas aumentará a capacidade de defesa aérea da Hungria. "Nosso compromisso com a OTAN será fortalecido, assim como nossa participação nas operações conjuntas da aliança", afirmou o primeiro-ministro húngaro.
A visita de Kristersson à Hungria, anunciada logo após os deputados do Fidesz incluírem o assunto na ordem do dia, ressalta a importância do evento para ambas as nações. Este avanço marca um passo histórico na segurança e defesa europeias, fortalecendo a coesão e a colaboração dentro da OTAN em tempos de desafios geopolíticos.
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