quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Exército Brasileiro lança consulta pública em busca de parcerias para avançado Sistema de Defesa Aérea

O Exército Brasileiro lançou uma consulta pública Consulta Pública nº 01/2024, no período de 26 de fevereiro a 1º de março de 2024, em busca de empresas nacionais e internacionais interessadas em fornecer um Sistema de Artilharia Antiaérea de Média Altura (AAAM), como parte do Programa Estratégico de Defesa Antiaérea (Prg EE DAAe). O objetivo é reforçar as capacidades de defesa do país diante de potenciais ameaças aéreas, englobando a proteção contra aeronaves, helicópteros, drones e mísseis de cruzeiro.

A consulta, anunciada no Diário Oficial da União, delineia os requisitos fundamentais para o sistema. Este deve ser capaz de acompanhar pelo menos 150 alvos e engajar simultaneamente pelo menos 16 alvos, detectar alvos a uma distância horizontal de 200 mil metros com engajamento mínimo de 2 mil metros e máximo não inferior a 40 mil e vertical de alcance de 20 mil metros, com capacidade de engajamento mínimo não superior a 50 metros e máximo não inferior a 15 mil metros, além de ser eficaz contra aeronaves voando a velocidades de até 2.880 km/h. Sendo capaz de engajar aeronaves de asa-fixa ou rotativas, Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT), mísseis de cruzeiro e bombas guiadas. A integração com os sistemas de comando e controle da Marinha, do Exército e da Aeronáutica também é uma exigência crucial.

Um dos requisitos essenciais para os veículos desse sistema é a autonomia para rodar sem abastecimento por no mínimo 500 km. Além disso, eles devem ser capazes de manter uma velocidade de cruzeiro variando entre 50 km/h e 80 km/h em estradas pavimentadas. Essa característica busca garantir que os veículos possam se deslocar por longas distâncias, sem depender de pontos de abastecimento frequentes, proporcionando uma resposta rápida em diversas situações.

A Alemã Diehl e a brasileira AEL Sistemas já firmaram parceria visando o programa do EB

Todos os veículos devem incorporar sistemas de guincho próprios, proporcionando autonomia para superar obstáculos e garantir a continuidade das operações, mesmo em terrenos desafiadores, com condições mecânicas para sobrepujar terrenos com inclinação de, no mínimo, 30° (trinta graus) de aclive e inclinação lateral de, no mínimo, 20° (vinte graus). Essa especificação visa assegurar que os veículos possam operar eficientemente em terrenos montanhosos e irregulares, expandindo suas capacidades operacionais.

Dentre os requisitos, também se destaca a importância da transportabilidade estratégica dos veículos SMEM/DAAe Me Altu de GAAAe. Eles devem ser capazes de ser transportados por meio fluvial, em balsas ou barcaças do inventário das Forças Armadas brasileiras; por meio aéreo, em aeronaves KC-390 ou C-130, algo curioso, uma vez que o C-130 esta oficialmente dando baixa esta semana; e por meio marítimo, sendo carregados e descarregados por rampas após a abicagem dos Navios Anfíbios e das Embarcações de Desembarque da Marinha do Brasil. Essa capacidade multifacetada proporciona flexibilidade estratégica e resposta rápida em diferentes cenários e locais de operação.

A israelense Rafael deve oferecer seu sistema SPYDER

Em resumo, os requisitos estabelecidos para o sistema de defesa aérea do SMEM/DAAe Me Altu de GAAAe refletem a busca por uma combinação única de autonomia, capacidade de resposta, adaptação a terrenos desafiadores e transportabilidade estratégica, proporcionando uma resposta ágil e eficiente diante de ameaças variadas.

O sistema AAAM será parte integrante do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), proporcionando uma defesa antiaérea abrangente em todo o território nacional.

O prazo para as empresas interessadas para habilitação é até 1º de março de 2024, onde os anexos ao edital deverão ser preenchidos pelas empresas interessadas e remetidos para o e-mail do Escritório de Projetos do Exército (EPEx).responderem à consulta pública é até 1º de março. Após essa data, o Exército realizará uma análise minuciosa das propostas recebidas, selecionando a empresa que apresentar o sistema mais adequado para atender às necessidades do país. A integração dos sistemas de mísseis ao Sistema de Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro (SISDABRA) é vista como um passo crucial para garantir uma resposta eficaz diante de diferentes cenários de ameaça.

A indiana Bharat Dynamics Limited (BDL) é esperada entre as proponentes com sistema AKASH-NG

Para obter mais informações sobre o processo, as empresas interessadas podem consultar o site do Escritório de Projetos do Exército (EPEx). A busca por essa parceria destaca o comprometimento do Brasil em fortalecer suas defesas diante de desafios potenciais na esfera aérea, consolidando sua posição como ator estratégico na segurança regional.

No mercado existem vários sistemas que atendem aos requisitos apresentados pelo Exército Brasileiro, com opções interessantes e muito atraentes de países como Israel, Alemanha e Índia, dentre outras soluções disponíveis no mercado internacional.


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