No segundo dia da Cúpula dos Ministros das Relações Exteriores do G20, realizada no Rio de Janeiro, uma aliança histórica foi estabelecida entre Brasil e Reino Unido. Os Ministros de Relações Exteriores, David Cameron e Mauro Vieira, firmaram um Termo de Implementação do Acordo de Colaboração em Defesa, solidificando laços e abrindo portas para uma cooperação estratégica no setor de defesa avaliada em até 1 bilhão de libras esterlinas.
O compromisso, selado nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, representa não apenas um marco nas relações bilaterais, mas também um impulso significativo para a modernização da base industrial de defesa do Brasil, conforme destacado pelo Presidente Lula. O acordo permitirá o acesso a financiamento britânico por meio da UK Export Finance, agência de crédito à exportação do governo do Reino Unido.
Durante o encontro, Cameron e Vieira discutiram não apenas questões bilaterais, mas também desafios globais prementes. Entre os temas abordados, destacam-se a reforma da governança global, a situação em Gaza e a invasão da Rússia na Ucrânia.
No que diz respeito à reforma da governança global, o Reino Unido reiterou seu apoio à presidência brasileira do G20 e expressou o desejo de colaborar estreitamente com o Brasil na reforma das instituições multilaterais, incluindo o apoio ao pleito brasileiro por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Sobre a situação em Gaza, os ministros concordaram com a urgência de permitir a entrada de mais ajuda humanitária na região, bem como a necessidade de um cessar-fogo permanente e sustentável. O Reino Unido apresentou um plano para alcançar esses objetivos e evitar mais destruição e perda de vidas.
Quanto à crise na Ucrânia, ambos os países expressaram preocupação com o impacto humano devastador do conflito e destacaram a importância da perspectiva brasileira na construção da paz global. Comprometeram-se a continuar trabalhando juntos para buscar soluções e promover a estabilidade na região.
O acordo bilateral entre Brasil e Reino Unido reflete o compromisso mútuo com a segurança e a estabilidade global, além de abrir novas oportunidades para o desenvolvimento tecnológico e industrial em ambos os países.
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