Na esteira do abate de mais um dos seus A-50 AWACS sobre o Mar de Azov na última sexta-feira (23), a Rússia agora enfrenta a possibilidade real de desistir do monitoramento permanente do espaço aéreo da Ucrânia. Com apenas algumas aeronaves A-50 remanescente em seu inventário, a Rússia está enfrentando um dilema estratégico que pode redefinir o equilíbrio de poder na região.
Os relatórios indicam que todos os 10 tripulantes a bordo do A-50U perderam a vida no abate ocorrido em 23 de fevereiro, tornando os danos para as forças russas consideravelmente significativos. O A-50 desempenha um papel crucial na coordenação de ataques aéreos com drones e mísseis, tornando-se um elemento vital para as operações militares russas na Ucrânia.
Segundo fontes do serviço de inteligência ucraniano, o abate do A-50U levou os russos a retirarem temporariamente os A-50 remanescentes de missões na região. Originalmente, Moscou possuía apenas nove dessas aeronaves, das quais nem todas estavam prontas para o combate quando a guerra começou.
A perda de duas aeronaves este ano, somada aos danos causados a uma terceira enquanto estava estacionada na base militar de Machulishchy na Bielorrússia, deixou a Rússia com apenas seis A-50, dos quais apenas três teriam sido modernizados.
O general Kirilo Budanov, chefe da Diretoria Principal de Inteligência do Exército Ucraniano, destacou a gravidade da situação, afirmando que se mais um A-50 for perdido, a Rússia não poderá mais manter um serviço de monitoramento do espaço aéreo 24 horas por dia, 7 dias por semana.
O abate do A-50 foi atribuído ao sistema antiaéreo soviético S-200 pelas forças ucranianas. O especialista militar Pavlo Narojnîi explicou que os mísseis S-200 exigem orientação contínua até o alvo, deixando os radares ucranianos vulneráveis aos ataques russos durante o processo.
As ações futuras dos russos na região agora enfrentam desafios significativos, pois o alcance do sistema de radar dos A-50, é limitado a 600 quilômetros para alvos aéreos e 300 quilômetros para alvos terrestres. Isso significa que a aviação russa terá que operar o A-50 a distâncias mais seguras, comprometendo sua eficácia e capacidade de cobertura sobre áreas estratégicas como Kherson e o Donbass.
Com a perda de duas aeronaves A-50 e os desafios crescentes em manter sua supremacia aérea sobre a Ucrânia, a Rússia enfrenta um futuro incerto em sua estratégia na região. As implicações geopolíticas desse desenvolvimento são profundas e podem moldar os rumos do conflito em curso.
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com Agências de notícias
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