Em um ato heróico que ecoa por 79 anos, recordamos a coragem indomável dos pracinhas brasileiros que enfrentaram as encostas geladas e a resistência ferrenha do Exército Alemão na tomada do Monte Castelo, no norte da Itália. Neste feito marcante, ocorrido em 21 de fevereiro de 1945, dois Batalhões de Infantaria, toda a Artilharia e a Engenharia de Combate lançaram-se em uma batalha que perdurou por mais de onze horas.
Era o inverno implacável de 1945 nos Apeninos italianos, quando as forças aliadas buscavam romper a formidável Linha Gótica, última barreira defensiva do Eixo na região. No norte da Itália, Monte Castelo, uma elevação inexpugnável guarnecida por soldados alemães, destacava-se como um obstáculo aparentemente intransponível.
Quatro tentativas anteriores de tomar aquele bastião tinham falhado, mas o dia 21 de fevereiro marcaria uma virada na história. A Primeira Divisão de Infantaria Expedicionária, composta por 25 mil soldados, entre eles combatentes, médicos, enfermeiros e religiosos, estava determinada a desafiar as adversidades.
O comandante do 1º Regimento de Infantaria liderou o ataque, acompanhado pela Artilharia e Engenharia de Combate. Onze horas de combate feroz se desenrolaram contra o experiente Exército Alemão. A resistência alemã era feroz, as condições geográficas eram desafiadoras, e o rigoroso inverno europeu tornava tudo ainda mais difícil.
Às 17h50, a exaustão e a tenacidade culminaram em um momento histórico. O comandante, fuzil a tiracolo, pegou o fone do rádio operador e, com vibrante determinação, anunciou: "Estamos no cume do Castelo!". Uma mistura de alívio e orgulho envolveu os soldados brasileiros, mas a batalha ainda não havia terminado.
Após a conquista do cume, mais fogos de artilharia foram solicitados para consolidar a posição estratégica. O preço pago foi alto: cerca de 40 heróis brasileiros sacrificaram suas vidas nesse momento crucial. Cada vida perdida, uma lembrança do custo da liberdade.
As gélidas encostas do Monte Castelo testemunharam a abnegação dos pracinhas, soldados que enfrentaram obstáculos aparentemente intransponíveis. O terreno montanhoso, o inverno rigoroso e a resistência inimiga não foram páreo para a determinação brasileira.
Essa conquista não foi apenas uma vitória militar; foi uma afirmação da grandeza do Brasil. Os valores de hierarquia, disciplina e patriotismo que nortearam os pracinhas naquelas encostas continuam a ecoar nas fileiras do Exército brasileiro até os dias de hoje.
Hoje, 79 anos após a batalha épica, homenageamos os bravos que enfrentaram o desconhecido em nome da liberdade. Monte Castelo permanece não apenas como um ponto geográfico, mas como um testemunho duradouro da bravura e do sacrifício dos que lá estiveram.
Homenageamos os bravos remanescentes e aqueles que descansam no altar dos heróis da Pátria. O exemplo desses guerreiros que superaram desafios quase intransponíveis nas gélidas encostas do Monte Castelo continua a inspirar as novas gerações de militares. A hierarquia, a disciplina e os valores da profissão, guiados pela inabalável fé na missão do Exército, no patriotismo e na coesão da Força, permanecem como alicerces para a construção de um Exército cada vez mais forte e comprometido.
Que a lembrança da tomada de Monte Castelo sirva como farol, guiando as futuras gerações na defesa da soberania nacional e na promoção da paz, estabilidade e liberdade, tanto dentro quanto fora de nossas fronteiras. A epopeia do Monte Castelo é um capítulo eterno na história do Brasil, gravado com a bravura e a determinação dos pracinhas que ousaram desafiar o impossível.
"A Cobra Fumou, um viva aos nossos heroicos Pracinhas Brasileiros!!!"
Por Angelo Nicolaci - Editor, Jornalista Especializado em Geopolítica & Defesa, Consultor e Palestrante com domínio em assuntos correlatos a geopolítica, defesa e a base industrial.
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