Nesta sexta-feira (26), o Grupo Tata da Índia e a renomada fabricante de aeronaves francesa Airbus, assinaram um acordo histórico para colaborar na fabricação conjunta de helicópteros civis. O anúncio foi feito pelo secretário de Relações Exteriores da Índia, Vinay Kwatra, durante a visita de estado do presidente francês Emmanuel Macron ao país.
Segundo Kwatra, a parceria entre Tata e a Airbus visa a produção de helicópteros H125, incorporando componentes locais. Essa colaboração é uma expansão da já existente cooperação entre as duas empresas, que estão atualmente envolvidas na fabricação da aeronave de transporte C-295 no estado natal do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em Gujarat.
A Airbus, em comunicado oficial, anunciou que a linha de montagem final (FAL) dos helicópteros levará 24 meses para ser configurada, com as entregas previstas para começar em 2026. Além disso, destacou que as aeronaves produzidas também serão exportadas para alguns países vizinhos da Índia. A localização específica da instalação será decidida em conjunto pelas empresas envolvidas.
Durante a visita de Macron, autoridades discutiram não apenas a cooperação no setor civil, mas também a possibilidade de uma maior colaboração no setor de defesa. Há conversas em andamento sobre a participação da fabricante francesa de motores Safran na produção de motores para aeronaves de combate na Índia. O embaixador da Índia na França, Jawed Ashraf, afirmou que a Safran está disposta a transferir 100% da tecnologia necessária para o design, desenvolvimento, certificação e produção desses motores.
É importante notar que a França já é o segundo maior fornecedor de armas para a Índia, que há quatro décadas depende dos caças franceses em sua defesa.
Além dos acordos comerciais e de defesa, a visita de Macron também trouxe à tona questões relacionadas à liberdade de imprensa. O governo indiano notificou a jornalista francesa Vanessa Dougnac, residente em Nova Deli, sobre o possível cancelamento de seu visto. O governo qualificou o trabalho de Dougnac como "malicioso", alegando que poderia "provocar desordem e perturbar a paz". Vanessa Dougnac, por sua vez, negou todas as acusações em um comunicado divulgado na quarta-feira (24). A França levantou a questão durante a visita de Macron, destacando a importância da liberdade de imprensa no contexto diplomático entre os dois países. O secretário Vinay Kwatra afirmou que as discussões sobre o assunto continuarão.
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com informações da Reuters
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