sábado, 27 de janeiro de 2024

Rebeldes Houthi Intensificam ataques: Navio-Tanque Marlin Luanda sofre incêndio após ser atingido por míssil

O conflito no Mar Vermelho atingiu um novo patamar de tensão nesta sexta-feira (26), quando rebeldes Houthi do Iêmen, intensificaram seus ataques a navios mercantes que transitavam pela região. Um dos incidentes mais significativos ocorreu quando um míssil atingiu o navio-tanque Marlin Luanda, operado em nome da empresa comercial Trafigura, provocando um incêndio a bordo.

Segundo relatos da Trafigura, o navio-tanque que transportava nafta russa adquirida abaixo do limite de preço estabelecido pelas sanções do G7, foi alvo de um ataque enquanto navegava pelo Mar Vermelho. A empresa confirmou que equipes de combate a incêndios foram mobilizadas para controlar as chamas em um dos tanques de carga.

A situação se agrava com o envolvimento de outros navios mercantes na região. O navio Free Spirit, fretado pela Vitol para transportar petróleo bruto, foi obrigado a fazer meia-volta pouco depois do ataque ao Marlin Luanda, indicando a crescente insegurança nas rotas marítimas próximas ao Golfo de Aden.

Autoridades britânicas, incluindo a agência de Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido (UKMTO) e a empresa de segurança marítima Ambrey, receberam relatos de vários navios atingidos por mísseis e incêndios a bordo nas proximidades do Iêmen.

Os rebeldes Houthi reivindicaram responsabilidade pelos ataques, com um porta-voz afirmando que as forças navais realizaram operações visando navios, incluindo o Marlin Luanda, no Golfo de Aden. Enquanto isso, o UKMTO confirmou relatos de um navio atingido por um míssil e permanecendo em chamas, com a tripulação supostamente segura.

A escalada de violência no Mar Vermelho tem gerado preocupações não apenas entre as empresas de navegação, mas também entre as potências internacionais. Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram ataques aéreos retaliatórios contra as forças Houthi no Iêmen, enquanto os rebeldes alinhados com o Irã, continuam a lançar mísseis e drones contra navios mercantes.

Como resultado, algumas companhias marítimas suspenderam o trânsito pelo Mar Vermelho, optando por rotas mais longas e dispendiosas ao redor da África. A presença militar internacional na região se intensificou, com navios de guerra e submarinos sendo destacados para proteger os interesses comerciais e garantir a segurança das rotas marítimas cruciais.

À medida que a situação evolui, a comunidade internacional se vê diante de um desafio crescente para conter a escalada de conflitos no Mar Vermelho e garantir a segurança das operações comerciais em uma das vias navegáveis mais importantes do mundo.


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com Reuters e BBC

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