A Marinha do Brasil está prestes a alcançar um marco significativo em seu Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), com o lançamento ao mar da primeira fragata da classe, denominada "Tamandaré", previsto para meados deste ano. Esse evento marca o início de uma nova era para a Marinha, impulsionada por um projeto naval inovador e totalmente construída no Brasil, renovando as capacidades da Esquadra Brasileira.
O Programa Fragata Classe Tamandaré, gerenciado pela EMGEPRON e executado pelo "Consórcio Águas Azuis", é um programa ambicioso que visa modernizar a Esquadra brasileira. A expectativa é que a iniciativa gere cerca de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos, fortalecendo não apenas a capacidade naval, mas também a indústria de defesa nacional e a cadeia produtiva associada.
As novas fragatas, representando o que há de mais moderno em termos de tecnologia naval, são projetadas para serem altamente versáteis, com um poder de combate significativo, capaz de enfrentar diversas ameaças. Além de sua importância estratégica para a proteção da Amazônia Azul, essas embarcações serão empregadas em operações de busca e salvamento, bem como no apoio à política externa brasileira.
O Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor-Geral do Material da Marinha (DGMM), ressaltou a importância do programa, afirmando: "O Programa Fragatas Classe Tamandaré amplia nosso compromisso com a sociedade de preservar e proteger as águas jurisdicionais brasileiras, valorizando a mão de obra nacional e fomentando a nossa Base Industrial de Defesa."
Um dos aspectos notáveis do Programa Tamandaré é sua integração ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. A inclusão no PAC, obtida em 2023, proporcionou apoio parlamentar para a liberação de recursos junto ao Congresso Nacional. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), conhecida como "PEC da Defesa", foi apresentada no Senado Federal, buscando garantir um orçamento igual ou superior a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Defesa.
A "PEC da Defesa" está em consonância com as tendências geopolíticas atuais, que incentivam nações a aumentar seus investimentos em defesa. No entanto, o Brasil, nos últimos 10 anos, destinou em média 1,32% do PIB para a defesa nacional, enquanto outros países em desenvolvimento investiram mais, como a Índia (2,4%), a Colômbia (3%) e o Chile (1,8%).
O aumento gradual do orçamento proposto pela "PEC da Defesa" pode não apenas fortalecer as capacidades de defesa do Brasil, mas também impulsionar a economia nacional e criar empregos. A ênfase dada aos Programas Estratégicos das Forças Armadas, como o Programa Fragatas Classe Tamandaré, pode resultar no desenvolvimento e fabricação de sistemas e equipamentos em solo nacional, contribuindo para o avanço científico e tecnológico do país.
O lançamento iminente da Fragata "Tamandaré" marca o início de uma nova era na defesa naval brasileira, promovendo a autossuficiência e consolidando o país como um player importante no cenário geopolítico. O Brasil está navegando em águas promissoras, com a expectativa de que a "Tamandaré" não apenas fortaleça a defesa nacional, mas também impulsione o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
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com Marinha do Brasil
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