Em uma operação que levanta preocupações sobre a segurança em instalações médicas, forças especiais israelenses disfarçadas invadiram o hospital Ibn Sina em Jenin, na Cisjordânia, matando três palestinos ligados ao Hamas. A ação ocorreu na madrugada desta terça-feira (30), ampliando as tensões na já volátil região.
Segundo testemunhas e autoridades, os comandos israelenses, vestidos como médicos e mulheres muçulmanas, conseguiram infiltrar-se no hospital sem serem detectados. Imagens das câmeras de segurança revelaram aproximadamente 10 operadores, alguns usando uniformes médicos, outros roupas civis e três com lenços na cabeça, armados com fuzis de assalto, percorrendo os corredores do hospital.
O alvo da operação, identificado pelas forças israelenses como Mohammad Walid Jalamna, membro do Hamas, foi encontrado paralisado na cama. Os outros dois , os irmãos Basel Al-Ghazzawi e Mohammad Al-Ghazzawi, eram ligados à Brigada Jenin e ao braço armado da Jihad Islâmica.
O diretor do hospital, Dr. Naji Nazzal, descreveu a ação como chocante. Ele afirmou que a equipe israelense entrou silenciosamente no hospital por volta das 5h30, dirigindo-se ao terceiro andar, onde atiraram nos homens enquanto dormiam.
Basil Ayman Al-Ghazzawi, um dos mortos, estava recebendo tratamento desde 25 de outubro devido a uma lesão na coluna que o deixou paralisado. A Jihad Islâmica, apoiada pelo Irã, afirmou que os irmãos Al-Ghazzawi eram membros de seu braço armado, enquanto o Hamas confirmou a afiliação de Jalamna à sua Brigada Al Qassam.
As autoridades israelenses acusaram os militantes de se esconderem em hospitais, alegando que a ação foi necessária para prevenir futuros ataques. O chefe militar de Israel, Herzi Halevi, destacou a determinação em evitar que hospitais se tornem locais de cobertura para o terrorismo.
Esta operação, ocorrida em meio a uma escalada de violência na Cisjordânia desde outubro de 2023, destaca a complexidade e as ramificações envolvidas nos conflitos na região. O Ministério da Saúde palestino confirmou as mortes, pedindo à ONU proteção para os centros de saúde.
GBN Defense - A informação começa aqui
com Reuters
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