Nesta quarta-feira (31), o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, anunciou que a União Europeia não alcançará seu objetivo inicial de entregar um milhão de projéteis de 155mm para obuses de artilharia à Ucrânia dentro do prazo de um ano. Até o momento, apenas 52% da meta foi atingida, com 524 mil obuses entregues, revelou Borrell em uma coletiva de imprensa após uma reunião informal dos ministros da defesa da UE em Bruxelas.
Borrell defendeu os esforços da UE, chamando-os de "trabalho em andamento". No entanto, reconheceu que as dificuldades persistem, estabelecendo uma nova meta de mais de um milhão de munições até o final de 2024, com 630 mil em produção, de acordo com dados dos estados membros da UE.
Os estados membros comprometeram-se em março de 2023, a fornecer um milhão de projéteis de 155 mm para a Ucrânia até março de 2024, como resposta a uma possível invasão russa. No entanto, a entrega desses projéteis de obuses tem enfrentado desafios ao longo do último ano.
O Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, já havia alertado em novembro do ano passado que a meta não seria alcançada. A União Europeia tem enfrentado dificuldades em cumprir o prazo de entrega, com novos compromissos bloqueados nos últimos meses enquanto o bloco busca reforçar suas capacidades de produção de armas.
Diante dessa situação, a UE solicitou aos 27 Estados-membros um inventário detalhado da ajuda militar concedida à Ucrânia. Josep Borrell destacou a importância de esclarecer a situação, considerando a entrega de cerca de 300 mil projéteis até o momento.
A admissão de Borrell ocorre em um momento crucial, quando o chanceler alemão, Olaf Scholz, faz um apelo para que outros estados membros da UE forneçam maior apoio militar à Ucrânia. Scholz argumenta que o apoio militar não pode depender exclusivamente da Alemanha, que já contribuiu significativamente. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou a Alemanha a utilizar sua influência econômica e diplomática para mobilizar os parceiros europeus em apoio à Ucrânia, em uma entrevista à televisão pública alemã ARD. O desafio agora é garantir o suporte necessário à Ucrânia enquanto a situação geopolítica continua a evoluir.
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