Vários países, incluindo Estados Unidos, Austrália, Canadá, Reino Unido, Itália e Finlândia, interromperam o financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em meio a alegações de envolvimento de funcionários nos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro do ano passado.
Os Estados Unidos foram os primeiros a suspender o financiamento, seguidos por Austrália e Canadá, após Israel afirmar que 12 funcionários da UNRWA estiveram envolvidos no ataque transfronteiriço. O Reino Unido, Itália e Finlândia se juntaram recentemente a essa decisão.
A UNRWA, criada para auxiliar os refugiados da guerra de 1948 na época da fundação de Israel, fornece serviços cruciais de educação, saúde e assistência aos palestinos em Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e Líbano. Cerca de dois terços dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza dependem dos serviços da agência, desempenhando um papel vital durante os conflitos na região.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido afirmou que suspendeu temporariamente o financiamento enquanto as acusações eram analisadas, condenando os ataques de 7 de outubro como "terrorismo hediondo". O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, também expressaram preocupação e suspenderam temporariamente o financiamento.
A UNRWA demitiu vários funcionários acusados por Israel de envolvimento no ataque, e o chefe da agência, Philippe Lazzarini, assegurou que qualquer funcionário envolvido em "atos de terror" será responsabilizado, inclusive por meio de processo criminal.
O chefe da ONU, António Guterres, comprometeu-se a conduzir uma revisão independente urgente e abrangente da UNRWA diante da crise. O Canadá, por sua vez, espera que a UNRWA aja imediatamente contra aqueles que estiverem envolvidos nos ataques terroristas do Hamas, enquanto outros países aguardam os resultados das investigações para decidir sobre a retomada do financiamento à agência.
A situação destaca a tensão geopolítica e a delicada questão humanitária na região, uma vez que a UNRWA desempenha um papel crucial na prestação de serviços essenciais para a população afetada por conflitos históricos.
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com informações da Reuters e DW
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