As Forças Armadas chinesas estão enviando uma clara mensagem de força à Coreia do Sul, ao posicionar mísseis antinavio na Península de Shandong, uma região estratégica conhecida como a "Crimeia do Mar Amarelo", controlando toda a costa ocidental sul-coreana. Uma brigada de defesa costeira do Exército de Libertação Chinês conduziu recentemente um exercício de mísseis de cruzeiro antinavio YJ-62, segundo informações reveladas por analistas de Inteligência de Fonte Aberta (OSINT).
O exercício, realizado na cidade portuária de Haiyang, a aproximadamente 500 km a oeste de Seul, foi documentado em imagens pela China Central Television (CCTV). As imagens mostram a 333ª Brigada de Defesa Costeira em exercícios, utilizando quatro lançadores 8×8 WS2400 TEL, cada um equipado com três mísseis YJ-62.
Especialistas avaliam que é a primeira vez que os mísseis YJ-62 são implantados no Norte, sendo anteriormente observados em unidades do Leste e Sul. O míssil, com um alcance máximo de 500 km (algumas fontes indicam 600 km), é classificado como um míssil antinavio de longo alcance, com uma ogiva de 450 quilos capaz de destruir navios de até 3.000 toneladas, incluindo destróieres de 5.000 a 7.000 toneladas.
A China apresentou poucas atividades públicas de suas tropas no Mar Amarelo até agora, embora a 333ª Brigada de Defesa Costeira esteja estacionada na Península de Shandong em tempos de paz. Essa movimentação ocorre em meio às crescentes tensões na região, especialmente após a Coreia do Norte ter disparado tiros de artilharia contra uma ilha sul-coreana no início do ano, em resposta a alegações sobre fornecimento de mísseis balísticos à Rússia por parte do regime comunista em Pyongyang.
Com mais de 70 anos desde a assinatura de um cessar-fogo entre as duas Coreias, especialistas não excluem a possibilidade de um reinício dos combates em 2024. A medida adotada pela China na Península de Shandong levanta preocupações sobre uma possível cooperação militar com a Coreia do Norte, estabelecendo uma zona naval de bloqueio no Mar Amarelo. Em meio a essa tensão, especula-se que a Rússia também possa implantar sistemas semelhantes para proteger suas costas orientais no Mar do Japão.
A situação militar na região permanece delicada, e a movimentação estratégica da China representa mais um capítulo nas complexas relações geopolíticas do Extremo Oriente. Observadores internacionais estão atentos aos desdobramentos, enquanto líderes globais buscam soluções diplomáticas para evitar escaladas e promover a estabilidade na região.
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