A tensões diplomáticas aumentaram após a recente declaração da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa, Maria Zaharova, em Moscou. A Romênia, juntamente com a Polônia e a Eslováquia, foi mencionada como um possível alvo para mísseis russos, caso os caças F-16 Fighting Falcon doados à Ucrânia realizem missões a partir dos aeroportos desses países.
Zaharova especificou que os F-16 doados à Ucrânia poderiam operar a partir da Romênia, Polônia ou Eslováquia, e advertiu que esses estados membros da OTAN seriam considerados alvos legítimos para mísseis russos. Esta ameaça surge no contexto de uma intensificação das hostilidades desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
A Romênia desempenha um papel significativo no programa "F-16 para a Ucrânia", já que os pilotos ucranianos irão treinar no centro de treinamento de F-16 no país. A Ucrânia está prestes a receber cerca de 70 aeronaves F-16, com contribuições significativas da Holanda, Dinamarca e Noruega. No entanto, a recente ameaça russa levanta preocupações sobre a segurança dos países envolvidos no programa.
É importante destacar que, até o momento, não há discussões no Ocidente sobre o uso dos F-16 ucranianos em território dos estados membros da OTAN. A escalada retórica por parte da Rússia, incluindo ameaças nucleares, é uma estratégia que tem sido constantemente empregada desde o início do conflito.
Apesar das ameaças, um conflito direto entre a Rússia e estados membros da OTAN significaria arrastar a Aliança do Atlântico Norte para a guerra, uma perspectiva que, dada a superioridade militar, econômica e industrial da OTAN sobre a Federação Russa, pode não ser do interesse russo.
A situação permanece tensa, e os próximos passos no desenvolvimento desses eventos dependerão das negociações diplomáticas em andamento e das ações subsequentes de todas as partes envolvidas.
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