A escalada dos confrontos no Mar Vermelho entre navios de guerra americanos e ataques de drones e mísseis Houthi tem suscitado preocupações no Pentágono. O foco não se restringe apenas à ameaça imposta às forças navais dos EUA, mas também ao custo exorbitante para manter a segurança das embarcações.
Segundo relatos de um funcionário do Departamento de Defesa dos EUA, nos últimos dois meses, os navios da US Navy (Marinha dos EUA) derrubaram 38 drones e dezenas de mísseis na região, respondendo aos ataques intensificados dos Houthis a navios mercantes que trafegam pela região. No último sábado (16), o USS Carney Destroyer abateu 14 drones kamikaze. Além dos navios americanos, navios das marinhas francesa e britânica também estão ativamente envolvidas na situação.
Os líderes Houthi afirmam que os ataques são uma demonstração de apoio à Palestina, alvo de ataques por parte de Israel, e prometem continuar até que as operações em Gaza cessem.
A crescente preocupação reside no custo associado à defesa naval. Enquanto cada míssil utilizado para neutralizar os drones Houthi pode chegar a custar 2,1 milhões de dólares, os drones de ataque empregados pelos Houthis são estimados entre 2 mil e 10 mil dólares.
Especialistas e ex-funcionários do Departamento de Defesa instam a busca por alternativas de defesa aérea de menor custo. Mick Mulroy, ex-funcionário do Departamento de Defesa e oficial da CIA, ressalta a necessidade urgente de encontrar sistemas mais eficazes em relação ao custo para enfrentar tais ameaças.
Embora funcionários do Departamento de Defesa não tenham confirmado publicamente as armas utilizadas ou a distância dos drones interceptados por questões de segurança, especialistas apontam para o uso do míssil de defesa aérea SM-2, com preço unitário de 2,1 milhões de dólares, como a escolha mais provável.
Questiona-se por que não são adotadas opções de defesa de curto alcance e menor custo, como o uso de canhões antiaéreos. No entanto, tais alternativas são limitadas em alcance, sendo eficazes apenas a distâncias menores, aumentando o risco para as embarcações.
A preocupação com o número de munições disponíveis também é levantada, considerando que cada navio possui um número limitado de lançadores de mísseis. Apesar disso, com múltiplos destróieres na região, a disponibilidade de munição provavelmente não se tornará um problema imediato.
Como resposta aos recentes eventos, o secretário de Defesa dos EUA, Austin, anunciou a criação da Operação Prosperity Guardian, uma força-tarefa naval envolvendo nove nações aliadas para conter os ataques no Mar Vermelho. Embora 19 países tenham se mostrado dispostos a participar, apenas nove confirmaram o envio de navios para a região, incluindo França, Reino Unido, Itália e Índia.
A situação no Mar Vermelho continua a exigir atenção e ação coordenada para mitigar os riscos às embarcações e garantir a segurança das rotas marítimas vitais para o transporte internacional de energia e petróleo.
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com informações de agências de notícias
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