No último dia 15 de dezembro, o governo japonês anunciou uma atualização significativa nas regras de exportação de defesa, permitindo que mísseis Patriot de fabricação japonesa sejam exportados para os Estados Unidos. Esses mísseis, produzidos sob licença pela Mitsubishi Heavy Industries no Japão, serão posteriormente enviados para outros países pelos EUA.
O Conselho de Segurança Nacional do Japão deu o primeiro passo ao aprovar o envio desses mísseis para os Estados Unidos no início deste ano, após uma solicitação de Washington devido ao esgotamento de seus estoques. A medida visa reabastecer os inventários dos EUA com os mísseis Patriot de fabricação japonesa, permitindo que Washington continue a equipar a Ucrânia e outros países.
Conforme as novas diretrizes, o Japão permitirá que os países beneficiários transfiram esses equipamentos para terceiros, desde que haja aprovação prévia. No entanto, essa transferência não será permitida para países ativamente envolvidos em conflitos armados, como Ucrânia e Israel. Isso não permitirá, por exemplo, o envio direto de mísseis Patriot para Kiev, mas fornecerá à Ucrânia mais flexibilidade para continuar a receber armas de fabricação americana.
O Japão, em conformidade com as exigências da OTAN, analisará a aprovação da transferência dos mísseis Patriot pelos Estados Unidos para outros países. A decisão final será tomada no próximo ano, desenvolvendo um cronograma alinhado com as necessidades específicas dos EUA e de outras partes envolvidas.
A expectativa é que esses mísseis Patriot, fabricados pelas empresas norte-americanas Lockheed Martin e RTX (anteriormente Raytheon Technologies), possam ser enviados para países como a Polônia, que reforçou seu arsenal em resposta à guerra na Ucrânia. O Japão busca aumentar suas contribuições para a segurança global, fortalecendo a cooperação com os Estados Unidos e a OTAN diante dos crescentes desafios na Ásia Oriental.
Os mísseis Patriot, conhecidos como Patriot Advanced Capability-2 (PAC-2), possuem um alcance superior a 100 quilômetros, enquanto os PAC-3 têm um alcance menor, mas operam em altitudes mais elevadas e com maior precisão, sendo projetados para interceptar mísseis balísticos.
O Japão estima que a exportação desses mísseis pode atingir cerca de 500 milhões de ienes (aproximadamente 3,49 milhões de dólares) cada. Além do aspecto estratégico, o país também visa aumentar os lucros das empresas japonesas por meio do aumento das exportações licenciadas.
Vale ressaltar que, embora essas exportações sejam cruciais para atender às demandas externas, o Japão está atento a garantir que o envio desses mísseis não comprometa suas próprias medidas de dissuasão, especialmente em relação à ameaça potencial de lançamentos de mísseis balísticos pela Coreia do Norte.
GBN Defense - A informação começa aqui
com agências de notícias
0 comentários:
Postar um comentário