No desenrolar do acordo entre Argentina e Noruega para a aquisição das aeronaves Lockheed P-3 Orion, um impasse financeiro trouxe repercussões à tão aguardada entrega. O contrato firmado previa o primeiro pagamento até o dia 17 de outubro, condição não cumprida pelo governo argentino, conforme apontado por autoridades norueguesas.
Assim, as "novas" aeronaves, vitais para as operações de vigilância marítima e missões de busca e salvamento, foi retida na base aérea dos EUA no Arizona. Ali, as aeronaves desativadas da Real Força Aérea Norueguesa passaram por extensas atualizações, uma etapa prévia à entrega, demandando um investimento aproximado de 51,7 milhões de dólares.
Os benefícios da aquisição de três aeronaves na versão P-3C e uma P-3N para a Marinha Argentina são indiscutíveis. Tais unidades representariam um avanço substancial em relação aos P-3B atualmente operados pelo Comando de Aviação Naval, proporcionando melhorias significativas, incluindo a instalação de novos sistemas de computação especializados em missões de guerra antissubmarina.
No entanto, diante do impasse financeiro, as autoridades norueguesas mantiveram as aeronaves retidas, dificultando a concretização desse avanço estratégico para a Argentina. Esta situação, além de adiar a efetiva modernização das capacidades de vigilância, busca e resgate, também suscita questionamentos sobre a gestão administrativa dos compromissos internacionais por parte das autoridades argentinas.
A expectativa, uma vez resolvida a pendência financeira, é de que as aeronaves aguardadas, como a P-3C recentemente avistada no Arizona, possam finalmente ser transferidas para a Base Aérea Naval Almirante Zar, em Trelew na província de Chubut. Além das quatro unidades previstas, há a possibilidade de inclusão de um quinto Orion após adequações, atualmente operado pela FAdeA.
O desfecho desta situação emaranhada entre questões financeiras e estratégicas permanece uma incógnita, enquanto as expectativas se mantêm altas para que a resolução dessa questão permita o avanço esperado na capacidade de operações aéreas da Argentina.
O atraso no pagamento, resultando na retenção das unidades norueguesas, evidencia possíveis limitações orçamentárias ou dificuldades na alocação de recursos para cumprir o acordo firmado em outubro.
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