Taiwan relatou novamente aeronaves e navios de guerra chineses ao redor da ilha nesta quinta-feira (30), incluindo aeronaves cruzando a sensível linha central do Estreito de Taiwan, enquanto Pequim mantém suas atividades militares antes das eleições de janeiro em Taiwan.
Taiwan governada democraticamente, que a China reivindica como seu próprio território, queixou-se nos últimos quatro anos de patrulhas e exercícios militares chineses regulares perto da ilha.
No início de 2024, Taiwan realiza eleições presidenciais e parlamentares em 13 de janeiro e a campanha já está em alta. As relações com a China são um importante ponto de discórdia.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que desde a manhã desta quinta-feira (30) detectou caças J-10 e J-16, bem como helicópteros transportados em navios operando no centro de Taiwan e no sudoeste da ilha.
Onze dessas aeronaves cruzaram a linha do Estreito de Taiwan, ou áreas próximas, trabalhando com navios de guerra chineses para realizar “patrulhas conjuntas de prontidão para combate”, acrescentou o ministério.
A linha do estreito já serviu como uma barreira não oficial entre os dois lados, mas agora os aviões chineses sobrevoam regularmente.
Taiwan enviou suas próprias forças para monitorar, disse o ministério.
Este mês, Taiwan relatou pelo menos três outras missões semelhantes em grande escala da força aérea chinesa, sobre as quais Pequim não comentou.
A China afirma que as suas atividades perto de Taiwan visam prevenir o “conluio” entre os separatistas de Taiwan e os Estados Unidos e proteger a integridade territorial da China.
O governo de Taiwan, que repetidamente ofereceu negociações com a China, rejeita as reivindicações de soberania de Pequim e diz que apenas o povo da ilha pode decidir o seu futuro.
Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista, no poder, que Pequim denunciou como separatista, é o favorito para ser o próximo presidente de Taiwan, de acordo com pesquisas de opinião.
O principal partido da oposição de Taiwan, o Kuomintang, tradicionalmente apoia laços estreitos com Pequim e prometeu reabrir o diálogo com a China se vencer as eleições.
Fonte Reuters
tradução e adaptação Angelo Nicolaci
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