A Austrália acusou os militares chineses de utilizarem pulsos de sonar de maneira "insegura e pouco profissional", resultando em ferimentos a mergulhadores australianos que estavam trabalhando submersos.
Conforme relatado pelo ministro da Defesa australiano, Richard Marles, o incidente ocorreu em águas internacionais, próximo à costa do Japão, no dia 14 de novembro.
Durante a operação para remover redes de pesca das pás da hélice da fragata australiana HMAS Toowoomba, um navio de guerra chinês aproximou-se. Nesse momento, os militares chineses estavam utilizando pulsos sonares, representando um risco para os mergulhadores em profundidade.
Marles informou que os mergulhadores foram obrigados a interromper o trabalho e emergir, mas os ferimentos não puderam ser evitados. Embora os ferimentos tenham sido considerados relativamente pequenos, o ministro destacou que tal conduta por parte dos militares chineses é inaceitável.
"A Austrália espera que os militares de todos os países, incluindo a China, ajam de maneira profissional e considerem os requisitos de segurança", afirmou Richard Marles.
O incidente ocorreu na zona econômica exclusiva do Japão, onde o HMAS Toowoomba estava operando como parte da implementação de sanções da ONU, embora detalhes adicionais não tenham sido fornecidos pelo ministro.
Em comunicado, o Departamento de Defesa australiano destacou que a tripulação da fragata HMAS Toowoomba comunicou as operações de mergulho pelos canais apropriados, o que indicaria que o navio de guerra chinês estava ciente da presença dos mergulhadores.
Até o momento, a China não se pronunciou sobre a declaração do Ministério da Defesa australiano.
O Diving Medical Advisory Council, sediado em Londres, alerta que o uso de pulsos de sonar pode ocasionar "tonturas, perda auditiva e outras lesões" aos mergulhadores subaquáticos.
Fonte BBC
Tradução e Adaptação Angelo Nicolaci
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