Com cerca de 332 mil habitantes, Santarém é o principal centro financeiro, comercial e cultural do oeste do Pará. Sua Região Metropolitana é o segundo maior aglomerado urbano do estado. A rede hidrográfica formada pelos rios Amazonas, Tapajós, Arapiuns, Curuá-Una, Moju e Mojuí desempenha importante papel na economia local. Por via fluvial, Santarém está a 880 quilômetros de Belém (PA) e a 756 quilômetros de Manaus (AM).
O Porto da cidade, inaugurado em 1974, tem vocação para operar com granéis sólidos, principalmente soja e milho. A soja é exportada para China, Reino Unido, Holanda, França, Espanha, Itália e, em menores volumes, para Arábia Saudita, Alemanha, Egito e Argélia. Já o milho segue para países como Argélia, Egito e República Dominicana.
Considerando o caráter estratégico da região, a Marinha do Brasil (MB) desenvolve, entre 6 e 21 de novembro, em Santarém, a Operação “Ribeirex”. Os exercícios envolvem 850 militares, operando em nove navios, dois Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, duas aeronaves e lanchas de combate do Comando do 4º Distrito Naval, sediado em Belém, e do Comando do 9º Distrito Naval, sediado em Manaus.
A operação simula a retomada de uma área ao longo do rio Amazonas, ocupada por uma organização paramilitar de um país fictício. Os militares envolvidos têm a missão de localizar e neutralizar as bases inimigas e promover o controle do tráfego fluvial na região do conflito. “Com essa Operação a Marinha do Brasil reforça o seu compromisso com a defesa da Amazônia e o cuidado com a nossa gente, em especial, com as comunidades ribeirinhas”, afirma o Vice-Almirante Antônio Capistrano de Freitas Filho, Comandante do 4º Distrito Naval.
Atendimentos médico-odontológicos para ribeirinhos
Médicos e cirurgiões-dentistas do Corpo de Saúde da Marinha, envolvidos na Operação “Ribeirex”, atenderam 609 moradores de comunidades ribeirinhas, ao longo do rio Amazonas, em Santarém, e na Comunidade de Guajará, no município de Óbidos. Foram realizados 5.034 procedimentos e entregues mais de 11 mil medicamentos, gratuitamente, à população.
Meios navais e aeronavais engajados na “Ribeirex”
Do Comando do 4º Distrito Naval:
Navio-Auxiliar (NA) “Pará”: incorporado à MB em 19 de janeiro de 2005, o NA “Pará” é subordinado ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte e atua nos rios da Amazônia, a partir da Base Naval de Val de Cães, em Belém. O navio é equipado para a realização de atendimentos em saúde – com sala de mamografia, centro de triagem, centro de testes rápidos, consultório médico e odontológico, sala de exames de imagem e farmácia para distribuição gratuita de medicamentos.
Navio-Patrulha “Bracuí”: foi incorporado à MB em 8 de abril de 1998. É equipado com um canhão Bofors Mk 3 de 40mm e duas metralhadoras.
Navio-Patrulha “Bocaina”: incorporado à Marinha do Brasil em 10 de julho de 1998, o “Bocaina” é equipado com um canhão de 40 mm e duas metralhadoras.
Navio-Patrulha “Pampeiro”: incorporado em 16 de junho de 1971, é equipado com três metralhadoras .50 pol. (12.7mm), em um reparo singelo e um geminado; e um morteiro de 81mm, acoplado ao reparo de .50 da proa.
Aeronave UH-15 Super Cougar: helicóptero multimissão empregado em tarefas de apoio de operações especiais, operações terrestres de caráter naval, além de atividades benignas e de emprego limitado da força, tais como evacuação aeromédica, busca e salvamento, logística e combate a incêndios.
Do Comando do 9º Distrito Naval:
Navio de Assistência Hospitalar “Oswaldo Cruz”: construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, foi incorporado à Força em 29 de maio de 1984. Possui dois ambulatórios, dois gabinetes odontológicos, laboratório, farmácia, sala de raio X, duas enfermarias e sala de cirurgia.
Navio de Assistência Hospitalar “Soares de Meirelles”: possui consultórios médicos, odontológicos, farmácia, sala de vacinação, sala de raio-X, centro cirúrgico, enfermaria e laboratório de análises clínicas.
Navio-Patrulha Fluvial “Roraima”, “Rondônia” e “Amapá: os Navios-Patrulha da classe “Roraima” realizam patrulhas fluviais na Bacia Amazônica, operações em rios e ações de apoio às populações ribeirinhas, aumentando a presença da Marinha nas fronteiras e na fiscalização dos rios.
Duas aeronaves UH-12 Esquilo: esses helicópteros cumprem missões de esclarecimento visual; apoio aerotático; apoio às operações especiais; transferência de pessoal ou carga (pick-up); reabastecimento vertical de carga (vertrep); evacuação aeromédica; busca e salvamento; inspeção naval; transporte de pessoal e material; espotagem de tiro; observação de tiro torpédico; calibragem de radares; e combate a incêndio com equipamento "bambi bucket".
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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