Na última quinta-feira (23), a Marinha do Brasil (MB) desencadeou o exercício "INCURSEX-2023", uma demonstração impressionante de habilidades táticas e estratégicas na Ilha da Marambaia, situada na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro. Este evento, que contou com a participação de meios navais e militares da Força de Fuzileiros da Esquadra, teve como objetivo principal aprimorar a capacidade de conquistar objetivos em território hostil, destacando a importância da infiltração de meios e tropas, e sua posterior retirada planejada.
O treinamento simulou um conflito territorial entre duas nações, exacerbado por questões étnicas e a disputa por terras agricultáveis, recursos hídricos e o controle estratégico de um porto vital. A ameaça iminente de mísseis levou os países a se confrontarem através de incursões anfíbias, com o desembarque estratégico de tropas visando neutralizar as instalações inimigas.
O Capitão de Corveta (Fuzileiro Naval) Igor Piumbim, Oficial de Operações da Força de Incursão, enfatizou que o exercício visa "trabalhar o conceito de projeção de poder naval sobre terra, voltado para o contínuo aprimoramento do conjugado anfíbio, elemento essencial à capacidade expedicionária da Marinha".
A Importância da "INCURSEX"
A "INCURSEX" mobilizou aproximadamente 150 militares em atividades que proporcionaram uma solução fictícia para um problema militar complexo. Essa operação de guerra naval de elevada complexidade, conhecida como Incursão Anfíbia, destaca-se por sua rápida penetração ou ocupação temporária de um objetivo em região litorânea hostil, seguida por uma retirada planejada.
O treinamento não apenas elevou o grau de aprestamento, mas também aprimorou a capacidade de comando e controle para ação nos diversos níveis. A versatilidade e flexibilidade da Força de Fuzileiros da Esquadra são reforçadas por esse tipo de operação, preparando a Marinha para missões que vão além do campo de batalha convencional, como as Operações de Garantia da Lei e da Ordem.
O Papel Estratégico do NAM "Atlântico"
Durante a "INCURSEX", operou como plataforma para a incursão anfíbia, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) "Atlântico", proporcionando o Movimento Navio-Terra para a Praia da Armação desempenhando um papel crucial. Militares, utilizando Carros Lagarta Anfíbio, interiorizaram no terreno e assumiram posições de bloqueio, apoiando a Ação no Objetivo realizada por um Grupo de Comandos Anfíbios. Fogos de artilharia sobre o reforço inimigo garantiram a segurança da tropa.
O Comandante do NAM "Atlântico", Capitão de Mar e Guerra Eugênio Huguenin, destacou a importância e a flexibilidade do navio, ressaltando sua capacidade de ser empregado em diversas tarefas. Além de seu papel militar, o "Atlântico" demonstrou seu valor em ações de ajuda humanitária, transportando viaturas para desobstrução de ruas e disponibilizando hospitais de campanha em momentos de emergência.
Conclusão: Preparo Estratégico para Desafios Futuros
Em resumo, o exercício "INCURSEX-2023" não apenas evidenciou as capacidades da Marinha do Brasil em operações anfíbias, mas também ressaltou a importância do NAM "Atlântico" como uma peça estratégica fundamental. Esses treinamentos não só mantêm a prontidão das unidades para diversas operações, mas também preparam a Marinha para desafios futuros, sejam eles de natureza militar ou humanitária. A versatilidade demonstrada nesse exercício destaca a dedicação da Marinha em estar sempre pronta para proteger e servir, independentemente das circunstâncias.
Por Angelo Nicolaci
com informações e imagens da Agência Marinha de Notícias
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