A Türkiye tem interesse na aquisição de até 40 aeronaves Eurofighter Typhoon. Os quais estariam sendo negociados com o Reino Unido.
Segundo a declaração do Ministro da Defesa turco, Yaşar Güler: “Queremos comprar o Eurofighter, é uma aeronave muito eficaz, apesar da objeção da Alemanha. A Inglaterra e a Espanha dizem que vão resolver o problema”, concluiu em sua declaração.
O Eurofighter Typhoon emerge como uma alternativa para complementar as capacidades de defesa da Türkiye, onde se estima que a aquisição de 40 novas aeronaves Eurofighter Typhoon, substituiria parte do seu inventário, que hoje é composto por aeronaves F-16 e F-4 Phantom.
Quando questionado se essas aeronaves de combate nas mãos das Forças Armadas Turcas atendem aos requisitos turcos, Güler disse: “Os nossos F-16 e F-4 são suficientes no momento para cumprir as tarefas que realizarmos. Mas é claro que estamos buscando renovar nossas capacidades. Inicialmente solicitamos o F-35, mas surgiram alguns problemas com o F-35". A Türkiye também estuda outras alternativas. “Para modernizar nossos F-16, compraremos 40 F-16 Block 70 Vipers novos e modernizaremos 79 deles nós mesmos na TAI.” ele respondeu.
A Türkiye também desenvolve soluções próprias, com dois programas de desenvolvimento para aeronaves avançadas em andamento, as quais incorporam um alto nível de nacionalização de componentes e tecnologias, inclusive um deles tem uma relevante participação da empresa brasileira especialista em engenharia de aeroestruturas, a AKAER, que atuou no desenvolvimento da primeira aeronave a jato desenvolvida e construída no país, o TAI Hürjet.
“Temos dois aviões que são os principais para nós.” Güler disse: “Um deles é Hürjet. Este também será nossa aeronave de treinamento, além de ser uma aeronave de combate. Nosso principal alvo é o desenvolvimento de nossa aeronave de 5ª geração, o Kaan. Esperamos que faça seu primeiro vôo no final deste ano." E continuando, citou os esforços turcos de trabalho no próprio motor. “Forneceremos um motor doméstico em 2028 e ele voará com motor próprio em 2032, o mais tardar”. disse.
A barreira alemã a aquisição do Eurofighter
A Alemanha tem se oposto a venda do Eurofighter aos turcos, assim como recentemente se opôs ao negócio envolvendo a venda do Eurofighter Typhoon para Arábia Saudita, que também pretendia adquirir a aeronave junto ao Reino Unido.
A objeção da Alemanha a venda do Eurofighter Typhoon, tem sido uma barreira para que novas vendas da aeronave sejam concretizadas, uma vez que diversos peças componentes da aeronave desenvolvida pelo consórcio europeu são fornecidas pela Alemanha.
Typhoon um salto para Türkiye?
O Eurofighter Typhoon, apesar da idade de seu projeto, ainda é uma das mais avançadas aeronaves do mercado internacional, contando com sistemas avançados e incorpora um moderno radar AESA, tecnologia com a qual o inventário da Força Aérea Turca ainda não conta, e se for concretizado o acordo, seria a primeira aeronave do inventário turco a dispor de radares AESA.
Apesar dos F-16 Block 70 que a Turquia tem negociado com os EUA também contarem com radares AESA, a previsão inicial de entrega das aeronaves e kits de modernização, só entregariam o primeiro exemplar operacional, após o proposto pelo Reino Unido em sua proposta de fornecimento do Typhoon.
A Türkiye iniciou recentemente atividades de testes para o Radar MURAD AESA, desenvolvido pela turca Aselsan, que está em desenvolvimento para ser empregado por suas aeronaves remotamente pilotadas, e que não devem tardar a ser integrados as aeronaves tripuladas.
O Typhoon e sua gênese multinacional
O projeto Typhoon foi iniciado com a parceria de vários países europeus, a fim de atender ais requisitos para uma aeronave de caça de nova geração para os membros europeus da OTAN.
Inicialmente o consórcio foi formado pelo Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha, porém, após algumas discordâncias durante o desenvolvimento do programa, a França decidiu desenvolver sua própria aeronave, surgindo então o Dassault Rafale.
O desenvolvimento do novo caça europeu avançou mesmo sem contar com os franceses, dando origem ao EF-2000 Eurofighter. Os direitos de propriedade do projeto ficaram divididos da seguinte forma: 33% Reino Unido, 33% Alemanha, 21% Itália e 13% Espanha.
Representando o Reino Unido no consórcio, está a britânica BAE Systems, enquanto a Airbus Defence & Space representa a Alemanha e a Espanha, enquanto a Leonardo representa a Itália. No âmbito do projeto, foi criada uma cadeia logística muito sólida nestes países.
Até o momento, mais de 550 caças Eurofighter Typhoon foram entregues com sucesso para 7 países. Hoje os Eurofighters Typhoon operam com is seguintes países: Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha, Áustria, Omã e Arábia Saudita.
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Com agências de notícias
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