Embargo alemão à venda do Typhoon empurra Arábia Saudita em direção ao Rafale

A Arábia Saudita está atualmente avaliando a possibilidade de adquirir 54 caças franceses Dassault Rafale. Segundo informações do jornal "La Tribune", cujas fontes permaneceram anônimas, o país do Golfo solicitou que a Dassault apresentasse uma proposta para um possível acordo até 10 de novembro. Vale ressaltar que a Arábia Saudita nunca fez encomendas de aeronaves militares francesas anteriormente.

No entanto, a Dassault Aviation está adotando uma abordagem cautelosa em relação a essa possível venda, devido à longa história da Força Aérea Real Saudita em operar aeronaves F-15 da Boeing e aeronaves Eurofighter da BAE Systems, juntamente com seus parceiros alemães. A Arábia Saudita, de fato, planejava adquirir novos caças Eurofighter Typhoon, complementando e substituindo os que já estavam em seu inventário. Originalmente, estava em andamento um projeto de 5 bilhões de libras com o Reino Unido para essa finalidade. No entanto, esse projeto foi impactado pela decisão alemã de embargar a venda.

Devido a esse embargo, o Reino Unido não pode mais vender o Typhoon à Arábia Saudita. A principal razão pela qual a Arábia Saudita está considerando o Rafale é a indisponibilidade do Typhoon devido ao embargo alemão e a impossibilidade de adquirir novas aeronaves F-15 devido às tensões nas relações com os Estados Unidos.

É importante mencionar que, de acordo com os planos atuais, a produção do Eurofighter na Alemanha se encerrará em 2030, com a entrega da última aeronave Tranche 4 para a Luftwaffe, no âmbito do contrato totalizando 38 caças. Atualmente, existe um hiato de dez anos sem novas encomendas na indústria de aviação militar alemã, pois a primeira declaração de capacidade operacional do caça SCAF/FCAS de próxima geração, desenvolvido em colaboração com a França e a Espanha, está programada para meados de 2040.

Diante desse cenário, a Airbus expressa sérias preocupações sobre o futuro da construção de caças militares na Alemanha, as possíveis perdas de empregos e o declínio geral na indústria de aviação. Portanto, a empresa insta o Ministério da Defesa alemão a tomar uma decisão urgente sobre o Eurofighter, a fim de evitar as consequências adversas mencionadas.

GBN Defense

Com agências de notícias