Diante da crise entre a Polônia e a Ucrânia, devido as sanções mantidas por Varsóvia a importação e trânsito de cereais ucranianos pelo pais vizinho, a Polônia anunciou que iria suspender a ajuda militar à Ucrânia.
A crise instalada desde que Varsóvia anunciou que manteria o embargo a importação e o trânsito de cereais ucranianos em território polonês, chegou a um ponto de ruptura entre Varsóvia e Kiev, os quais mantinham um estreito laço, com a Polônia apoiando a vizinha Ucrânia contra a invasão da Rússia desde o primeiro dia do conflito.
A Polônia tem sido um aliado fundamental e um dos principais fornecedores de armas a Kiev desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. A Polônia também acolheu quase 2 milhões de refugiados ucranianos que deixaram o vizinho desde o inicio da invasão russa.
Após uma série de desentendimentos entre os governos polonês e ucraniano, os embarques de armamento para a Ucrânia esta sendo interrompidos.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, disse numa declaração na última quarta-feira (20), que o seu país decidiu dar prioridade à sua própria defesa e que os envios de armas para a Ucrânia seriam suspensos.
Até agora, a Polônia enviou mais de 300 carros de combate, vários sistemas de artilharia, sistemas de defesa aérea, mísseis ar-ar, aeronaves de reconhecimento não tripuladas, sistemas portáteis de defesa aérea, munições, morteiros e muito mais. mais de 40 mil capacetes para a Ucrânia. A decisão de suspender a ajuda militar, foi tomada após o discurso de Volodymyr Zelenskiy na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
No seu discurso, Zelenskiy acusou alguns grupos na Europa de permitirem que a questão da exportação de cereais beneficiasse a Rússia.
A manutenção das sanções contra os cereais, tem sido uma medida protecionista aos produtores poloneses, que viram o produto ucraniano invadir o mercado com preços extremamente baixos. Além da Polônia, Hungria e Eslováquia anunciaram que manterão o embargo aos cereais ucranianos, mesmo após a suspensão da medida anunciada pela União Européia (UE), a qual foi lançada em maio, afim de defender a economia da Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Eslováquia, onde era proibido a importação nesses países, de cereais da Ucrânia, porém, o trânsito era livre.
Com agências de notícias
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