A Marinha do Brasil esta introduzindo sua nova classe de submarinos convencionais (S-BR), com o primeiro dos quatro submarinos da Classe Riachuelo, tendo sido entregue ao setor operativo em 21 de setembro de 2022, com o "S40 Riachuelo", navio que dá nome a classe, dando início a sua vida operacional na defesa da "Amazônia Azul". E com a introdução deste avançado meio de guerra submarina, temos seu "arpão", o torpedo pesado F21, denominado "Artémis" pela Marine Nationale da França, considerado um dos mais modernos torpedos em operação no mundo, com a Marinha do Brasil figurando como primeiro cliente de exportação desta poderosa arma, a qual está a bordo dos submarinos da classe Riachuelo, garantindo aos mesmos um respeitável poder dissuasório.
O F21 "Artémis" foi projetado para neutralizar ameaças representadas por navios e submarinos inimigos. Com um alcance e velocidade excepcionais, o F21 foi projetado para ser empregado tanto em águas profundas, como também em áreas costeiras muito ruidosas e com denso tráfego marítimo.
A capacidade computacional com que conta o torpedo, garante um alto de processamento em tempo real, contando com um avançado sistema de missão e características superiores aos demais torpedos de sua classe em operação no mundo hoje, sendo o mais recente e avançado desenvolvimento em torpedos a nível mundial.
O F21 possui um diâmetro de 533mm (padrão OTAN), apresentando o comprimento de 6 metros e o peso de 1.550 kg, capaz de atingir a velocidade de 50 nós e um alcance na faixa das 27 milhas náuticas (50km). Podendo ser empregado no ataque a alvos com disparo efetuado na cota compreendida entre 33ft e 1.630ft (10m - 500m), e o conjunto de suas características técnicas, entregam um amplo leque de possibilidades de emprego tático com excelente capacidade de identificação de alvos, nos mais complexos cenários de emprego desta arma.
O F21 é filoguiado, sistema que conta com um "cordão umbilical" (fibra óptica) ligando o torpedo ao submarino na primeira fase de corrida do torpedo até o alvo. Para isso conta com uma bobina de fibra óptica, que permite ao sistema a bordo do submarino controlar a trajetória do torpedo durante a primeira fase de ataque, então o cabo é rompido ao atingir determinada distância, e a partir deste momento o F21 passa a ser orientado na corrida final até seu alvo por um sistema sonar próprio.
O binômio "Classe Riachuelo" e torpedo F21, constitui-se uma combinação letal, que somado as características furtivas inerentes a arma submarina, representam um importante elemento dissuasório, uma ameaça aos intentos de qualquer força naval que ouse invadir nossas águas.
Por Angelo Nicolaci
GBN Defense - A informação começa aqui
Com informações obtidas da Naval Group
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