A Polônia começou uma movimentação com mais de 1.000 soldados para o leste do país neste sábado (8), disse o ministro da Defesa, em meio à crescente preocupação no país membro da OTAN de que a presença de combatentes do Grupo Wagner na Bielo-Rússia poderia aumentar a tensão na sua fronteira.
A decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de oferecer aos combatentes mercenários do grupo Wagner de Yevgeny Prigozhin a opção de se mudarem para a Bielo-Rússia gerou temores entre os membros orientais da OTAN de que sua presença causará maior instabilidade na região.
"Mais de 1.000 soldados e quase 200 viaturas das 12ª e 17ª Brigadas Mecanizadas estão começando a se mover para o leste do país", escreveu Mariusz Blaszczak no Twitter.
"Esta é uma demonstração da nossa disponibilidade para responder às tentativas de desestabilização perto da fronteira do nosso país."
No domingo passado, a Polônia disse que enviaria 500 policiais para reforçar a segurança em sua fronteira com a Bielo-Rússia.
A Polônia viu um aumento no número de migrantes tentando cruzar a fronteira com a Bielo-Rússia nas últimas semanas. Segundo a Guarda de Fronteira, mais de 200 pessoas tentaram atravessar ilegalmente na sexta-feira (7), incluindo cidadãos de Marrocos, Índia e Etiópia.
A Polônia acusou a Bielo-Rússia de criar artificialmente uma crise migratória na fronteira desde 2021, trazendo pessoas do Oriente Médio e da África e tentando empurrá-las para o outro lado da fronteira.
Um comandante sênior do Wagner Group teria dito no sábado (8) que os soldados do grupo estavam se preparando a mudança para a Bielo-Rússia.
Fonte Reuters
Tradução e Adaptação: Angelo Nicolaci
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