Segundo declarações do governo russo nesta sexta-feira (30), o Wagner Group continuará a operar em países africanos se seus governos optarem por manter os contratos com o grupo militar privado.
"O futuro dos acordos entre os países africanos e a PMC Wagner Group depende, acima de tudo, dos governos dos países envolvidos", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, a repórteres na sexta-feira (30).
Seus comentários vêm no momento em que o Kremlin se move para dissolver o grupo Wagner, entregando seu equipamento militar ao exército regular e oferecendo o exílio aos mercenários que participaram do motim fracassado de Yevgeny Prigozhin no fim de semana passado.
O Wagner Group foi durante anos visto como uma extensão armada da influência de Moscou na África, mas suas operações no exterior foram questionadas pela revolta de Prigozhin.
A Wagner Group e o próprio Prigozhin já haviam sofrido sanções ocidentais por causa de seu papel desestabilizador em vários países africanos.
O órgão de direitos humanos da ONU informou no mês passado que forças estrangeiras – identificadas pelos Estados Unidos como Wagner – estiveram envolvidas em um massacre de pelo menos 500 pessoas na cidade de Moura, no centro do Mali, em março de 2022.
Lavrov disse que, embora alguns consultores militares russos tenham sido enviados para a República Centro-Africana a pedido das autoridades locais, a presença da Wagner Group na região está além da jurisdição de Moscou.
"Quanto ao Wagner, que também trabalhou lá e em vários outros países africanos, esse acordo foi feito diretamente entre os respectivos governos e o Wagner Group", acrescentou.
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Com agências de notícias
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