Guerra na Ucrânia - A batalha dos "Tanques": Armata deve entrar em combate

 

Segundo veiculado pelas mídias russas , Moscou está preparando terreno para operar pela primeira vez com o T-14 Armata na linha de frente, aoesar de já estar participando na invasão a Ucrânia desde abril na retaguarda de regiões controladas pelos russos. Esta notícia levanta muita curiosidade sobre qual será o real desempenho em combate do mais moderno carro de combate russo, contra uma verdadeira "seleção" de gigantes da indústria de defesa ocidental, onde é provável que vejamos o confronto com viaturas consagradas, como o norte americano M1 Abrams, o alemão Leopard 2 e o britânico Challenger 2.

De acordo com as informações, as tropas russas estão recebendo treinamento no Donbass para operar o moderno blindado, que deverá em breve ver ação real de combate, um cenário muito diferente do que encontrou nos testes realizados no teatro de operações sírio, onde não haviam carros de combate, mísseis anticarro e outros artefatos modernos em posse da força oponente, muito diferente do cenário que se desenvolve na Ucrânia, onde temos relatos de pesadas perdas a cavalaria blindada russa, não faltando imagens de blindados sendo abatidos como "patos no laguinho", com repetidas cenas de torres sendo arremessadas após a viatura ser atingida por armamentos anticarro, o famoso "pula pirata".

O Armata na Ucrânia

O T-14 Armara, possui um peso de 55 toneladas, possuindo 15 toneladas a menos que o M1 Abrams, que possui 70 toneladas, o que pode significar maior agilidade no campo de batalhas, porém, como todos sabemos, não adianta ter o melhor equipamento e não possuir uma doutrina de emprego adequada, que explore plenamente as características dos meios de forma a se obter real vantagem, fora um ponto crucial, o treinamento e espírito da tripulação.

O blindado russo conta com diversas inovações, que vão desde o conceito do emprego de torre não tripulada e automatizada, garantindo maior chance de sobrevivência aos tripulantes, que ficam acomodados no casco do blindado,  a equipamentos e sistemas avançados, como o sistema de mira com visão térmica, que é capaz de detectar e destruir alvos a uma distância de cinco quilômetros durante o dia e até três quilômetros e meio à noite, e um moderno sistema tático de comunicação. Um dos destaques, fica por conta do canhão 2A82-1M de 125mm, que conta com munições 9M119 Refleks capazes de perfurar até 900 milímetros de blindagem.

Para operar no teatro de operações ucraniano, o Armata esta sendo dotado de reforços na sua blindagem lateral, ampliando sua capacidade de sobrevivência a ataques por modernos sistemas anticarro disponíveis em abundância para as tropas ucranianas.

Com toda certeza, o ocidente observa ansiosamente e com atenção o desempenho do Armata na Ucrânia, o que irá sem sombra de dúvidas, influenciar nos programas ocidentais de desenvolvimento dos carros de combate da nova geração. Além de ser interessante ver o real desempenho dos atuais blindados ocidentais contra o moderno blindado russo.

Outro fator interessante, será observar o desempenho das tripulações ucranianas, que receberam um período curto de adestramento e operam sistemas modernos e de conceito completamente diferente do que estão acostumados a operar. No lado russo, também poderemos ter uma noção do nível de suas tripulações.

Uma coisa é certa, veremos recorrentes imagens de vitórias de ambos os lados do tabuleiro, pois diferente do jogo de "Super Trunfo", no mundo real, até o mais avançado sistema de armas pode ser derrotado, pois nunca se encontra no campo de batalhas todas as condições ideais de emprego e cenários favoráveis. Logo teremos imagens de Leopard, Abrams, Challenger e Armata ardendo em solo ucraniano. Afinal, há muitas décadas o mundo não assistia uma "Guerra de Tanques" nas proporções vistas hoje na Ucrânia.

Por Angelo Nicolaci

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