A cidade de Zvolen na Eslováquia, tem sido palco de uma grande exercício militar da OTAN iniciado nesta terça-feira (21), onde diversos meios e militares norte americanos, alemães, franceses, italianos e de outras nacionalidades, tem realizado manobras próximo a fronteira com a Ucrânia, no que parece ser mais uma demonstração de força da OTAN para Moscou.
O exercício simula um conflito onde as forças da Otan atuam em diversos cenários, desde guerra urbana, passando passando pelo confronto entre forças blindadas e operações de apoio aéreo aproximado, contando com um variado número de aeronaves de asas rotativas, com helicópteros de transporte e ataque, sistemas aéreos remotamente pilotados (SARP) estão sendo amplamente empregados no exercício, além de viaturas blindadas de transporte de tropas e MBT's, o exercício também emprega artilharia de foguetes, simulando barragem de fogo e saturação de área, entre outras situações comuns em conflitos de média e alta intensidade, no que parece ser um recado bem claro à Rússia, que recentemente recebeu a visita do presidente da China, Xi Jinping, que esteve reunido com Vladimir Putin no que demonstra ser um estreitamento de laços entre as duas nações.
A corrida armamentista do leste europeu
Com a invasão russa à Ucrânia, que já completou mais de um ano, países da região que um dia fizeram parte do "Pacto de Varsóvia", tem realizado uma verdadeira corrida armamentista para obter meios capazes de contrapor a ameaça de uma invasão russa. Países como Polônia e Eslováquia, estão entre os mais ávidos por obter novos meios de origem ocidental, e tem despejado milhões de dólares em apoio aos esforços de guerra da Ucrânia, enviando todo tipo de equipamentos e suprimentos de seus estoques afim de garantir que os ucranianos possam conter o avanço russo.
O apoio militar aos ucranianos é visto por alguns analistas como fator de risco, o qual pode desencadear na escalada do conflito para outras regiões do leste europeu, o que em nossa leitura do atual cenário, seria pouco provável e estrategicamente um suicídio para Rússia, que tem enfrentando grandes desafios logísticos e limitações em sua indústria de defesa para repor as perdas sofridas no campo de batalha.
A Polônia e a Eslováquia tem promovido um amplo programa de modernização de suas defesas, se valendo das linhas de crédito ofertadas pelos EUA e seus aliados em troca do apoio militar continuado aos ucranianos, com o envio de sistemas e munições de seus estoques para a resistência a invasão russa. Com isso, estes países tem se livrado dos obsoletos meios da era soviética e de quebra obtendo em condições vantajosas meios modernos e de origem ocidental, assim se tornando plenamente independentes da indústria de defesa russa, até então principal fornecedor de material e peças de reposição dos meios de origem soviética herdados pelos países que outrora fizeram parte da URSS.
por Angelo Nicolaci
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