A turca Baykar, empresa com pioneiro histórico no desenvolvimento e produção de sistemas aéreos remotamente pilotados (SARP), e fabricante da aeronave não tripulada que ganhou fama por seu papel crítico em vários conflitos recentes, com o Bayraktar TB2 conquistando destaque em sua atuação em conflitos na Líbia, Síria, Karabakh e atualmente na Ucrânia, apresentou sua mais recente plataforma que promete estender as capacidades dos seus SARPs, que são considerados um dos mais eficientes sistemas em operações terrestres, para operações navais, trata-se da variante de emprego naval embarcada Bayraktar TB3, que foi apresentada oficialmente durante a Teknofest, principal evento de tecnologia e aviação da Turquia, que se iniciou nesta segunda-feira, 27 de março e acontece até o próximo dia 1 de abril no Aeroporto Ataturk, em Istambul.
A Baykar tem trabalhado há algum tempo no desenvolvimento do TB3, uma versão do TB2 com capacidade para operar a partir de pistas curtas, concebida para operar a partir do TCG "Anadolu", novo navio de assalto anfíbio multipropósito da Marinha Turca, que deve ser entregue ao Comando das Forças Navais Turcas em breve.
Os testes de voo para a nova ARP armada, o primeiro drone armado com asas dobráveis do mundo capaz de decolar e pousar de navios-aeródromo com pista curta como o TCG Anadolu, começarão em breve, com as expectativas de conclusão desta fase ainda este ano.
O Bayraktar TB3, conta com recursos de orientação além da linha de visão, controlado remotamente a longa distância, possibilitando a realização de variadas missões, que vão de reconhecimento e vigilância, coleta de inteligência e combate, sendo capaz de empregar mísseis contra objetivos de superfície.
A solução turca, é uma atraente opção para a Marinha do Brasil, que estuda a aquisição de um novo vetor remotamente pilotado, que possa operar a partir do NAM "Atlântico", conferindo a nossa Esquadra maior capacidade de projetar força.
A opção do Bayraktar TB3 oferece um efeito multiplicador no poder de dissuasão, realizando diferentes missões, e cobrindo uma lacuna existente no campo do poder aéreo embarcado.
Cabe aqui a comparação entre o TCG "Anadolu" e o NAM "Atlântico", possuem praticamente a mesma área de convoo, o que nos leva a apontar a solução turca, como uma opção viável a ser incorporado a Força Aeronaval, caso os estudos em andamento pela Marinha do Brasil e os recursos disponibilizados no orçamento da Força Naval, sejam favoráveis a adoção do Bayraktar TB3.
Indo ainda mais longe, seria muito interessante uma aquisição conjunta entre a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira (FAB), onde seria interessante contar com exemplares do Bayraktar TB2 operando no Brasil com a FAB, principalmente na vigilância de nossas fronteiras, o que iria contribuir para redução de custos operacionais e padronização logística de meios entre as forças.
por Angelo Nicolaci
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