A China vem se tornando cada vez mais assertiva e agressiva em sua política expansionista, e a região dos Oceanos Índico e Pacífico, frequentemente chamada de Indo-Pacífico, vem sendo um foco especialmente importante, já que a China depende fortemente destes oceanos para seu comércio internacional. Estima-se que o valor anual de bens e serviços que passam pelo Mar do Sul da China é de mais de 3,4 trilhões de dólares, o que pode representar mais de 20% do comércio mundial.
Vários países da região vêm se preocupando com esta expansão, como a Austrália. Em 2021, A Austrália, o Reino Unido e os EUA assinaram um acordo, formando a Aliança AUKUS, que inclui os três países, e cujo foco principal é aumentar a já considerável cooperação político-militar entre eles, com um foco especial no Indo-Pacífico.
Um dos primeiros resultados práticos do AUKUS foi o cancelamento, pela Austrália, dos acordos de desenvolvimento de submarinos junto à França, conforme explicamos neste artigo. Logo na sequência, a AUKUS começou a trabalhar para definir quais submarinos a Austrália utilizaria em lugar dos franceses.
No dia de ontem, 13/03/2023, houve anúncios conjuntos da solução:
O projeto SSNR do Reino Unido será rebatizado SSN-AUKUS (submarino estratégico de propulsão nuclear da AUKUS), e será produzido em conjunto pelo Reino Unido e Austrália; um nome possível para esta classe é Dreadnought
O primeiro submarino para a Austrália será construído em Adelaide
Os EUA vão rotacionar até quatro SSN da classe Virginia e o Reino Unido um SSN da Classe Astute em Perth "já em 2027"
No início dos anos 2030, a Austrália deve adquirir entre 3 e 5 SSN classe Virginia
O valor total do negócio envolvendo os submarinos pode passar de 200 bilhões de dólares americanos, o que mostra o quão ambiciosos são os planos da AUKUS.
Resta saber se os governos nos 3 países manterão o proposto!
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