sexta-feira, 31 de março de 2023

Dois Black Hawk caem durante exercícios nos EUA deixando 9 mortos

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Dois helicópteros HH-60 pertencentes à 101ª Divisão Aerotransportada do Exército dos EUA, caíram durante uma missão de treinamento na noite da quarta-feira (29) no Kentucky. Segundo as informações o incidente ocorreu por volta das 21h35, no condado de Trigg perto da base militar de Fort Campbell. Os helicópteros eram da variante de evacuação médica (EVAM) e acredita-se que o acidente aconteceu enquanto eles voavam após um exercício de EVAM. As aeronaves caíram em um campo aberto em frente a uma área residencial, de modo que não foi registrada nenhuma vítima civil. 

Os Black Hawks que caíram faziam parte de um elemento aéreo composto por quatro helicópteros que participavam do exercício de treinamento, de acordo com o porta-voz da 101ª Divisão Aerotransportada, sargento. Josué Tverberg. Um helicóptero havia parado para reabastecer e outro estava à frente dos dois que caíram. Tudo indica para uma colisão entre os dois HH-60.



As autoridades confirmaram nove mortes, um porta-voz do Exército dos EUA disse que os dois helicópteros HH60 Black Hawk caíram durante uma "missão de treinamento de rotina". Questionado se os dois helicópteros colidiram, o porta-voz disse que "não pode confirmar os detalhes neste momento". O porta-voz acrescentou que o incidente está sob investigação e as causas serão divulgadas assim que mais informações estiverem disponíveis.

A 101ª Divisão Aerotransportada é uma famosa divisão do Exército dos EUA, tendo atuado de maneira decisiva em diversos conflitos onde foi desdobrada, sendo uma das principais divisões implantadas em zonas de conflito que haja envolvimento dos EUA.

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Romênia se prepara para operar os caças F-35

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A Romênia está se preparando para entrar para o "clube" de operadores do F-35 Lightning II, aeronave de 5ª geração desenvolvida no âmbito do programa Joint Strike Fighter (JSF), onde a norte americana Lockheed Martin venceu a concorrência, e hoje, após inúmeros atrasos, passa a figurar como um dos mais importantes caças da OTAN.

A Romênia enviará uma carta de solicitação oficial para os EUA, solicitando permissão para se tornar o novo cliente do caça F-35 na Europa.

Segundo fontes, a Romênia está consolidando seus planos de comprar o F-35 Lightning II, com informações de que o Departamento de Defesa enviará uma carta oficial de solicitação ao governo dos EUA antes do final de 2024.


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USAF comunica que não irá comprar o AGM-183A após baixo desempenho em testes

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Após fiasco durante programa de avaliações, a Força Aérea dos EUA (USAF), anunciou que não irá comprar o míssil hipersônico AGM-183A, desenvolvido pela norte americana Lockheed Martin.

Segundo comunicado, o AGM-183A da Lockheed Martin teria apresentado um desempenho abaixo do esperado na fase de testes, conforme justificativa dada por Andrew Hunter, chefe de compras da USAF.

No entanto, Andrew Hunter, anunciou que os dois últimos lançamentos de teste do míssil hipersônico AGM-183A serão conduzidos como parte do programa ARRW para coletar dados que ajudarão em futuros programas de desenvolvimento de armas hipersônicas.

“Embora a Força Aérea atualmente não pretenda adquirir o ARRW (AGM-183A), assim que o programa de prototipagem terminar, ela acredita que os benefícios são grandes ao concluir extensos voos de teste para coletar dados para auxiliar futuros programas de mísseis hipersônicos”, disse Hunter.


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Com agências de notícias 

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quinta-feira, 30 de março de 2023

Míssil de defesa aérea Aster 30 disparado com sucesso da fragata FREMM DA

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Na quarta-feira, 22 de março de 2023, a fragata multimissão Lorraine da Marinha Francesa aprimorada com capacidades de defesa aérea (FREMM DA) disparou com sucesso o míssil de defesa aérea Aster 30.

Esse tipo de disparo contra alvos representativos de ameaças atuais treina as tripulações para lidar com os cenários de alta intensidade que os encouraçados da Marinha provavelmente encontrarão durante as operações. Nesse caso, a tarefa era neutralizar uma ameaça aérea com trajetória complexa, em um cenário de escolta envolvendo um navio valioso sob ameaça de ataque de míssil.

Os mísseis Aster, que vêm em duas versões (Aster 15 com alcance de aproximadamente 30 km e Aster 30 com alcance de aproximadamente 100 km), são transportados por fragatas multimissão, fragatas de defesa aérea e pelo porta-aviões Charles de Gaulle . Também serão transportados pelas novas fragatas de defesa e intervenção. Os mísseis foram projetados especificamente para destruir aeronaves e mísseis de ataque.

Essa forma de treinamento contra ameaças de alto nível ajuda a consolidar o know-how exigido de uma Marinha de combate. Disparar munições complexas faz parte do espírito POLARIS e reflete o compromisso do Chefe do Estado-Maior da Marinha (CEMM) em tornar a guerra naval o foco principal de todas as atividades da Marinha.

As muitas lições táticas e técnicas aprendidas com esse disparo ajudarão a desenvolver as capacidades de combate da Marinha Francesa.

Embora o sistema de armas Aster 30 já tenha sido validado para a FREMM DA (após o disparo Aster 30 da Alsácia em 17 de novembro de 2021), este recente disparo de munições complexas ajuda a confirmar as capacidades militares do Lorraine com vista à sua entrada em serviço ativo.

A reação da tripulação da FREMM DA, que desconhecia os detalhes da trajetória do míssil, foi extremamente eficaz. Este treinamento destaca o realismo exigido no treinamento naval francês desde a POLARIS.

Disparos deste tipo são impossíveis sem o apoio e experiência da Agência Francesa de Aquisição de Defesa (DGA): DGA Maîtrise de l'information (preparação para disparo) e DGA Essais de mísseis – local de lançamento de Ile du Levant (implementação do alvo e segurança do disparo faixa).


Fonte MBDA

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CEO da Rheinmetall reuniu-se com Volodymyr Zelenskyy em Kiev

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realizou uma reunião com a delegação da empresa alemã  Rheinmetall, liderada pelo CEO Armin Papperger.

Saudando a delegação, o presidente da Ucrânia expressou sua gratidão à principal empresa de defesa alemã, bem como a todo o povo alemão, por sua ampla assistência e apoio à Ucrânia na luta contínua contra a agressão russa.

“Agradecemos esta importante ajuda em nossa luta pela liberdade e pelos valores democráticos”, enfatizou Volodymyr Zelensky.



Durante as negociações, o estado atual da cooperação com a empresa e as perspectivas de seu desenvolvimento foram discutidos em detalhes.

Volodymyr Zelensky enfatizou a necessidade de aprofundar e intensificar a parceria para atender às necessidades urgentes das forças de defesa da Ucrânia e fortalecer significativamente as capacidades de defesa de nosso país no futuro.


Fonte Governo Ucraniano

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Babcock recebe extensão de contrato da Skysiren

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A Babcock recebeu uma extensão de contrato de 12 meses para continuar a prover suporte à Skysiren, a implementação do Reino Unido do Serviço Integrado de Transmissão de Dados de Defesa dos EUA.

O Skysiren faz parte do programa Five Eyes do Reino Unido, que fornece às Forças Armadas do Reino Unido fontes de inteligência quase em tempo real em um único fluxo de dados de transmissão.

A Babcock instala o Skysiren e fornece suporte desde 2017. Esta extensão de 12 meses segue um contrato de 2022 extremamente produtivo para a equipe, envolvendo instalações no exterior e em várias plataformas marítimas do Reino Unido.

A Babcock também forneceu soluções Skysiren para as futuras plataformas Type 26 e Type 31. A fragata Type 23 tem o Skysiren instalado.

O Skysiren usa um processador de dados tático que filtra os dados do Integrated Broadcast Service por meio de perfis configuráveis. Isso inclui consciência situacional, identificação de combate e alertas de ameaças críticas para melhorar a capacidade de sobrevivência da plataforma e da força, além de contribuir para uma maior interoperabilidade com as forças da coalizão.

O Dr. Richard Drake, Diretor de Tecnologia da Babcock, disse: “Estamos muito satisfeitos por termos recebido esta extensão de contrato do Ministério da Defesa para continuar nosso apoio ao Skysiren, uma ferramenta de consciência situacional de importância vital para as Forças Armadas do Reino Unido. “A extensão do contrato reconhece o compromisso de nossa equipe qualificada com o programa e seu histórico de entrega de resultados, apoiando nosso cliente com suas necessidades em todo o mundo.”


Fonte Royal Navy e Babcock

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Egito se destaca pela eficiência e ritmo construtivo das MEKO A200EN

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O Egito tem demonstrado grande eficiência na construção de sua quarta fragata MEKO A200EN, a primeira construída localmente através da transferência de tecnologia e know-how da alemã  Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS). O processo de construção está alcançando um ritmo particularmente rápido nos estaleiros de Alexandria.

O contrato firmado entra a TKMS e o Egito visando a fornecer fragatas MEKO A200EN a Marinha do Egito, é um programas que tem se destacado pela sua evolução. O contrato assinado em setembro de 2018, entregou o primeiro navio em 38 meses, o "Al-Aziz", este construído na Alemanha.

Os testes da segunda fragata estão em andamento na Alemanha, e a terceira está em avançado estágio construtivo. O Egito encomendou inicialmente um total de quatro fragatas MEKO A200EN, com a adição posterior de mais dois navios do tipo, dos quais os três primeiros construídos na Alemanha e os demais no Egito. 

Originalmente o Egito planejava a aquisição de quatro fragatas A200EN, porém, após mudanças em seu programa de modernização das capacidades navais de sua Marinha, foi decidido pela construção de mais dois exemplares da MEKO A200EN, ao invés de obter outros dois exemplares da francesa Gowind 2500, das quais encomendou quatro navios, um construído na França e já entregue, a segunda construída na França em fase de conclusão, e outros dois navios sendo construídos localmente nos estaleiros de Alexandria.

As MEKO A200EN egípcias são fragatas multifuncionais balanceadas, e seu principal sistema de armas de defesa aérea é o MICA VL NG. Cada fragata será equipada com 32 mísseis.

Além disso, as fragatas egípcias MEKO A200EN serão armadas com 8 mísseis anti-navio Exocet MM40 Block 3c, enquanto como um MEKO típico, o navio na proa carrega um canhão de 127 mm, os navios egípcios contarão com radares Thales NS-110.

O Brasil na última semana realizou a cerimônia de batimento de quilha de sua primeira fragata da Classe Tamandaré, a qual também é um projeto desenvolvido pela Alemã TKMS, que tem introduzido importantes avanços na indústria naval brasileira, implementando avançados métodos construtivos e novas tecnologias.

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Ucrânia recebe primeiros Challenger II britânicos

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Na última segunda-feira (27), chegaram a Ucrânia os primeiros carros de combate (CC) Challenger 2 britânicos, juntamente com outros veículos blindados através do esforço ocidental de apoio á Ucrânia.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, publicou: “Hoje, eu tive a honra de testar a mais nova adição às nossas unidades blindadas, juntamente com o comandante das Tropas Aerotransportadas, o major-general Maksym ‘Mike’ Myrhorodskyi, e nossos paraquedistas”, disse Reznikov através do Facebook.


Segundo comunicou Reznikov, a Ucrânia recebeu além dos Challengers 2 enviados pelo Reino Unido, veículos VBCI Strykers e MRAP Cougars dos Estados Unidos, e Marders da Alemanha.

Reznikov citou que a chegada de tais equipamentos terão grande valor para as forças ucranianas repelir a invasão russa, e agradeceu os aliados pelo apoio contínuo.

A Alemanha e a Holanda enviaram conjuntamente obuses e munição, e estão preparando, juntamente com a Dinamarca, o enviar carros de combate (CC) Leopard 1 para apoiar a Ucrânia. 

A Alemanha também se comprometeu com envio de CC's Leopard 2, que devem chegar em breve na Ucrânia, assim como os EUA anunciaram recentemente a antecipação do envio de CC's M1A1 Abrams para Kiev, previsto para ser entregues a partir de setembro deste ano.


As tripulações ucranianas que irão operar o Challenger 2, participaram de um intenso programa de treinamento no Reino Unido, onde receberam instruções técnicas e táticas, além de um estágio operacional, onde praticaram a condução do carro de combate e a operação de seu sistema de armas. Segundo os instrutores britânicos, os ucranianos surpreenderam pela rapidez que assimilaram o conteúdo e a eficiência apresentada no campo de provas, estando aptos a operar de modo eficiente o peso pesado britânico.


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quarta-feira, 29 de março de 2023

Alemanha compra Panzerhaubitze 2000 para repor equipamentos enviados à Ucrânia

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Nesta quarta-feira, 29 de março, o Parlamento alemão aprovou o plano do Ministério Federal da Defesa para encomendar dez sistemas de artilharia Panzerhaubitze 2000 com opção para mais dezoito obuses do fabricante Krauss-Maffei Wegmann (KMW).

Segundo relatos não oficiais da mídia alemã, o contrato para a produção de um lote de dez Paznerhaubitze 2000 já foi assinado pela BAAINBw e KMW.

O custo total de compra dos dez Panzerhabutize 2000 é de 25 milhões de euros. Os obuses serão entregues às Forças Armadas Alemãs entre 2025 e 2026.

No entanto, este não é o fim da compra de sistemas de artilharia para as Forças Armadas Alemãs. O contrato inclui uma opção para dezoito sistemas de artilharia adicionais.

Além disso, o Ministério da Defesa alemão pretende gastar 184 milhões de euros em um total de sessenta sistemas de artilharia de 155 mm (incluindo os Panzerhubitze 2000 encomendados).

Em junho e setembro de 2022, a Alemanha doou à Ucrânia quatorze canhões Panzerhaubitze 2000, o que criou uma lacuna no equipamento de artilharia do Bundeswehr.

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PAC-3 MSE intercepta com sucesso míssil balístico de médio alcance em teste de voo

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Em um teste de voo em 23 de março de 2023, o PAC-3 Missile Segment Enhancement (MSE) da Lockheed Martin engajou e interceptou com sucesso um alvo avançado de míssil balístico de médio alcance (MRBM). O teste é o primeiro de uma série de testes de voo para validar as atualizações de software que serão implantadas em baterias de campo como parte do próximo lançamento do software Patriot.

“Atualizações de software como esta melhoram o desempenho contra ameaças em evolução e são essenciais para garantir que o PAC-3 MSE mantenha nossos clientes à frente de nossos adversários”, disse Brenda Davidson, vice-presidente de programas PAC-3 da Lockheed Martin Missiles and Fire Control. “Continuamos a investir em aprimoramentos do PAC-3 para permitir uma capacidade defensiva robusta para nossos clientes em todo o mundo.”

Uma evolução da Iniciativa de Redução de Custos (CRI) PAC-3 comprovada em batalha, o PAC-3 MSE possui um motor de foguete sólido de pulso duplo, proporcionando maior desempenho em altitude e alcance para se defender contra ameaças recebidas, incluindo mísseis balísticos táticos, mísseis de cruzeiro mísseis e aeronaves. O PAC-3 MSE continua a provar sua eficácia contra uma variedade de alvos avançados.

Fonte Governo dos EUA 


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Reino Unido encomenda Carl-Gustaf M4 da Saab

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A Saab recebeu um pedido do Ministério da Defesa do Reino Unido para o sistema de armas Carl-Gustaf M4, mira, munição e treinamento.

Este pedido dá continuidade ao relacionamento de longa data da Saab com o Reino Unido e segue o recente contrato do Reino Unido para a arma antitanque NLAW da Saab.

“Nosso forte relacionamento com o Exército Britânico é construído com base no fornecimento de recursos comprovados que os ajudam a enfrentar as ameaças que enfrentam e o Carl-Gustaf M4, como o NLAW, está em uma posição privilegiada para fazer isso. Este sistema de armas, sem dúvida, desempenhará um papel fundamental nas operações de infantaria para o cliente britânico, assim como para muitos países ao redor do mundo”, disse Dean Rosenfield, diretor administrativo do grupo Saab UK.

O Carl-Gustaf é um sistema de armas portátil e multifuncional que permite que soldados desmontados lidem efetivamente com vários desafios no campo de batalha moderno. Adaptável e flexível, está em constante evolução para satisfazer as futuras necessidades do usuário e oferece uma gama de munições de calibre 84 mm para uma ampla gama de finalidades.

O Diretor de Futuros do Exército Britânico, Major General James Bowder, disse:

“A aquisição do Carl-Gustaf M4 fornecerá uma capacidade versátil, potente e comprovada para nossas forças de combate corpo a corpo; derrotará uma série de ameaças no campo de batalha moderno, aumentando ainda mais nossa letalidade”

O Carl-Gustaf foi adotado pela primeira vez pelo Exército Britânico no final da década de 1960 em sua variante M2, referido no Reino Unido como Mark 2, como uma capacidade antitanque de infantaria. Até o momento, a Saab vendeu o Carl-Gustaf M4 para 11 países da OTAN.

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Reino Unido e Suécia assinam acordo sobre obuses autopropulsados ​​Archer e falam sobre fortalecimento da OTAN e apoio a Ucrânia

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Os ministros da defesa do Reino Unido e da Suécia assinaram uma carta de intenções relativa a um novo contrato para entregar 14 obuses autopropulsados ​​Archer ao Exército Britânico.

"O Reino Unido continuará a apoiar fortemente a rápida adesão da Suécia à OTAN", segundo disse o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, "trabalharemos juntos para garantir que a Ucrânia receba o apoio de que necessita", completou após discussões durante a reunião entre ministros da defesa.

O secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, deu as boas-vindas a seu homólogo Pål Jonson durante uma visita ao Ministério da Defesa do Reino Unido hoje (29), que incluiu a assinatura de uma carta de intenções relativa a um novo contrato para entregar 14 obuses autopropulsados ​​Archer de construção sueca ao exército britânico, além de destacar uma potencial colaboração futura entre o Reino Unido e a Suécia.

Durante a reunião, o Secretário de Defesa reafirmou ainda o compromisso do Reino Unido em apoiar a Suécia ao longo de seu processo de adesão à OTAN.

“A Suécia forneceu ajuda militar vital e apoio integral à Ucrânia e aos nossos aliados por meio da Força Expedicionária Conjunta”, disse Ben Wallece. “O Reino Unido continuará a dar todo o nosso apoio à adesão da Suécia à OTAN, fortalecendo o norte da Europa e os Bálticos contra a agressão russa e expandindo os desafios de segurança na região.”

“As relações suecas com o Reino Unido serão fortalecidas com o acordo sobre cooperação em artilharia assinado hoje. A liderança britânica quando se trata de apoiar a Ucrânia é uma inspiração para todos nós e tanto a Suécia quanto o Reino Unido continuarão a apoiar a Ucrânia até que a vitória seja alcançada”, disse o ministro da Defesa sueco, Pål Jonson. “Agradeço ao Reino Unido pela rápida ratificação e pelo apoio ao nosso pedido de adesão à OTAN. O Reino Unido demonstrou apoio político contínuo, mas também presença militar em nossa vizinhança – tanto bilateralmente quanto por meio do JEF – fundamental para nossa segurança durante o período de adesão.”

O relacionamento de defesa do Reino Unido e da Suécia é impulsionado pela adesão ao JEF e ao Northern Group, bem como pelo Acordo de Solidariedade Mútua Reino Unido-Suécia de maio de 2022 , relacionado ao compartilhamento de inteligência e treinamento e operações conjuntas.

Isso foi apoiado por exercícios conjuntos de aeronaves Typhoon da Força Aérea Real e a Força Aérea Sueca, bem como por visitas de navios da Marinha Real, com o HMS Defender e o HMS Portland visitando portos suecos no verão passado, e uma visita do HMS Mersey no início deste mês. Uma nova visita ao porto será realizada pelo HMS Albion este ano.

Esta primavera também verá o Exército unir forças com a Marinha Real e a RAF para o Exercício Aurora. Ao lado de embarcações, comandos e Typhoons da RAF, soldados do 1º Batalhão do Regimento de Mércia treinarão com tropas suecas e finlandesas, operando como parte de um grupo de batalha finlandês na Suécia.

A indústria sueca também forneceu apoio importante em meio ao programa do Reino Unido de fornecer ajuda militar à Ucrânia, com centenas de armas antitanque NLAW – projetadas pela empresa sueca Saab – doadas pelo Reino Unido para reforçar a capacidade da Ucrânia. O Reino Unido também anunciou hoje um contrato de quase £ 5 milhões para reabastecer as munições concedidas à Ucrânia com rifles sem recuo Carl-Gustaf M4 produzidos pela Saab.

A compra da Archer também permite que o Reino Unido apoie a Ucrânia por meio da doação de obuses autopropulsados ​​AS90, substituindo-os até que a Plataforma Móvel de Incêndios de longo prazo seja entregue no final desta década como parte do programa de modernização do Future Soldier.

O Reino Unido está empenhado em fornecer as capacidades de que a Ucrânia necessita, incluindo artilharia, defesa aérea e veículos blindados, e em conduzir mais doações internacionais e garantir uma paz duradoura. O Reino Unido forneceu £ 2,3 bilhões em apoio militar à Ucrânia em 2022 e já se comprometeu a manter esse nível de apoio militar até 2023.

Fonte Governo Britânico 

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F-35I "Adir" participam pela primeira vez da RED FLAG

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Pela primeira vez os caças F-35I "Adir" de Israel participaram do exercício Red Flag, um dos mais importantes exercícios aéreos dos EUA, que ocorreu em Nevada entre os dias 12 e 24 de março.

A participação de Israel no exercício desperta atenção pelo momento de tensão que o Oriente Médio se encontra, com as relações entre Israel e o Irã passando por turbulências, principalmente com os temores do desenvolvimento de armamento nuclear por Teerã. Essa é a segunda grande manobra militar realizada pelos EUA com a participação de Israel, tendo se destacado a operação "Juniper Oak", maior exercício conjunto realizado entre forças dos dois países até hoje, que ocorreu em janeiro. É notório o estreitamento nos laços entre EUA e Israel nos últimos meses, o que para alguns é um recado bem claro à Teerã.

Durante esta edição do Red Flag, cerca de 100 aeronaves, das quais sete F-35I "Adir" israelenses, participaram dos exercícios a partir da Base Aérea de Nellis, em Nevada. 

Os participantes do exercício confrontaram defesas aéreas simuladas, bem como alvos estáticos e móveis. Houve “uma ampla gama de exercícios de treinamento, incluindo cenários aéreos de longo alcance, obtenção de superioridade aérea na região, ataques aéreos conjuntos, defesa de área, interceptação de aeronaves inimigas, voos de baixa altitude e voos em áreas abundantes com antiaéreas equipamento”, de acordo com um comunicado das Forças de Defesa de Israel.

Os F-35I "Adir" participaram especificamente de exercícios envolvendo a supressão de defesas aéreas e treinaram para neutralizar ameaças simuladas, em especial sistemas de defesa de origem soviética ou russa, como o sistema de mísseis S-200 operado pela Síria.

Israel participou de 11 edições do Red Flag desde 1978, e desde 2016 não participava do exercício, quando recebeu seus primeiros F-35I, que receberam batismo de fogo em 2018.


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Guerra na Ucrânia - Soldados ucranianos empregam antigos mísseis antitanque RBS-56 BILL !!!

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O conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem se arrastado por mais de um ano, e neste período, os ucranianos receberam diversos sistemas de armas das mais diversas origens, apresentando uma variedade de materiais e meios doados, o que podemos comparar a um saldão de "ponta de estoque", com vários países despejando seus estoques de armas, muitas das quais fora de uso em suas forças armadas, nos esforços de guerra ucranianos.

Dentre os curiosos meios que surgiram nos campos de batalha ucranianos, alguns soldados foram vistos empregando vetustos misseis antitanque Bofors RBS-56 BILL, sistema guiado por fio desenvolvido no final dos ano 80, considerado um míssil antitanque de 2ª geração, o qual já se encontra fora de uso praticamente no mundo inteiro, inclusive tendo sido adotado pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.

O RBS-56 BILL pesa cerca de 27kg, dos quais o míssil pesa 10,5kg, oferecendo alcance máximo de 2,2 km, com uma ogiva Tandem HEAT e guiagem por fio, apesar da idade e limitações de emprego, o sistema ainda é capaz de tirar de operação um variado leque de viaturas blindadas russas.

Até o momento há relatos de emprego pela Ucrânia de diversos sistemas antitanque, dentre eles os famosos Javelin, NLAW e AT-4, além de empregar o Panzerfaust 3, M141 SMAW-D, M72 ECLAW/LAW, Carl-Gustav, MILAN 2, APILAS e Alcotán-100.


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TCG "Anadolu" será entregue oficialmente no próximo dia 8 de abril

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No próximo dia 8 de abril, será realizada a cerimônia de incorporação do navio de assalto anfíbio turco, TCG "Anadolu", que será entregue oficialmente ao setor operativo do Comando das Forças Navais da Turquia. 

O TCG "Anadolu" foi construído no âmbito do programa estratégico da Turquia, prevendo conceber um moderno Navio Anfíbio de Assalto Multipropósito, incorporando novas capacidades de projeção de força pelo mar e pelo ar. 

O TCG "Anadolu" poderá transportar os veículos de combate e apoio necessários para emprego em áreas de crise, capaz de embarcar um batalhão anfíbio, desenvolvendo operações de desembarque com diversos meios e viaturas de desembarque, além de aeronaves de asas-rotativas e VTOL da OTAN, como o Osprey. O navio pode realizar operações aéreas e anfíbias a qualquer hora e sob condições adversas.

O convoo do "Anadolu" foi desenvolvido visando a possibilidade de operar com aeronaves F-35B, contando com uma "Sky-Jump" que possibilitaria a decolagem  destas aeronaves em plena capacidade, porém, com os embargos sofridos pela Turquia após adquirir sistemas de defesa aérea russos, o país foi excluído do programa JSF. 

O navio irá operar com modernos SARP-C, como os Baykar Bayraktar TB3 e Kizilelma, ambos em fase avançada de desenvolvimento, que entregarão uma ampla capacidade de ISR e ataque.

Dentre as capacidades de emprego em cenário de apoio humanitário e missões de paz, o navio terá instalações hospitalares com capacidade mínima de 30 leitos, incluindo centro cirúrgico, equipamento de raios-x, unidades de tratamento dentário, salas de cuidados intensivos, que garantem a capacidade de operar como Navio Hospital.

O "Anadolu" cumpriu todo cronograma de certificações e testes de mar, obtendo a aceitação pela Marinha da Turquia, e agora esta sendo preparado para cerimonia oficial de entrega ao setor operativo, marcando um importante ganho em projeção do poder naval turco.


Características:

  • 231 metros de comprimento e 32 metros de largura (Boca).
  • Deslocamento 27.436 toneladas.
  • Velocidade máxima 20,5 nós e velocidade de cruzeiro 16 nós.
  • Raio de ação 9.000 milhas náuticas em plena carga em velocidade de cruzeiro.
  • Doca alagável; 4 LCM (Mechanized Landing Crafts)
  • Convés de veículos;
  • Capacidade de embarcar 13 MBTs
  • 27 veículos blindados de assalto anfíbio-ZAHA
  • 6 Veículos Blindados de Transporte de Pessoal-ZPT
  • 33 Viaturas médias
  • Incluindo 15 reboques
  • Capaz de operar com 10 helicópteros ou 50 SARP-C do tipo TB3.
  • O navio terá capacidade para 1.223 tripulantes.
  • Haverá uma instalação hospitalar completa e 2 salas de cirurgia a bordo.


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KF-21 Boramae realiza disparo de mísseis e com seu canhão Gatling de 20mm

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A Coréia do Sul registrou outro importante marco no desenvolvimento de seu novo caça, o KF-21 Boramae, desenvolvido KAI localmente, integra diversas inovações projetadas pela indústria sul-coreana, uma aposta que muitos questionaram se vingaria, hoje esta cumprindo mais uma etapa dos testes de certificação, superando as expectativas internacionais, muito a frente de outras aeronaves em desenvolvimento, como o russo Su-57, este uma dúbia aposta.

O KF-21 Boramae se enquadra no que classificam com uma aeronave de 4G++, que apresenta características furtivas, com RCS muito baixo comparado a outras aeronaves não classificadas como de 5ª geração. Seu desenvolvimento esta programado para cumprir duas fases distintas, onde na primeira fase, compreendida entre 2015 a 2026, o desenvolvimento da aeronave se concentra nas  capacidades de combate ar-ar, enquanto na segunda fase, serão desenvolvidas as capacidades ar-superfície, completando assim o desenvolvimento do novo caça, que deverá entrar em operação a partir de 2026, com a previsão de se introduzir 120 caças KF-21 Boramae à Força Aérea da Coreia do Sul até 2032.

Nesta terça-feira (28), o "Boramae" realizou uma série de avaliações do sistema de armas em voo, incluindo o lançamento de mísseis ar-ar e do sistema de armas interno, foi a primeira vez que a aeronave efetuou disparos reais com suas armas.

Durante os testes, um míssil Meteor foi disparado a partir da baia de armas sob a fuselagem do KF-21, conseguindo realizar o disparo com segurança. Da mesma forma, os testes de tiro real com mísseis a partir dos pilones das asas também foram  realizados com sucesso.

Ainda na ocasião o Canhão Gatling de 20 mm da aeronave efetuou disparo contínuo durante o voo, no qual todos os sistemas avaliados funcionaram perfeitamente e sem causar nenhum dano à aeronave, segundo nota emitida pelo DAPA.

Até o momento, o KF21 conta com quatro protótipos, os quais estão sendo submetidos a rigorosos testes e avaliações, porém, ainda devem se juntar ao programa de certificação da aeronave, mais dois protótipos, os quais devem ser entregues para avaliações até o meado deste ano.

O KF-21 Boramae se destaca como a mais avançada aeronave em desenvolvimento na ásia, apresentando potencial de exportação, com a Indonésia sendo um dos parceiros no desenvolvimento da aeronave.


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Leonardo M-346 - versões, capacidades e viabilidade na FAB

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O Brasil já demonstra interesse no Leonardo M-346 Master faz tempo, mas qual é o potencial da aeronave para a FAB?


Algo que fica muito evidente nas guerras do passado e do presente - e que certamente continuará desta forma no futuro - é a importância do treinamento adequado dos militares. Inúmeras batalhas e guerras foram determinadas pelo treinamento.

Além da adequação para a função de treinamento, é desejável que o treinador tenha capacidade de combate. O uso de treinadores em combate não é algo novo nem incomum. Citando apenas alguns exemplos, os Fouga Magister israelenses foram fundamentais na Guerra dos Seis Dias, assim como os ST (Super Tucano) colombianos e afegãos combateram em missões COIN (contra insurgentes), e os ST brasileiros são fundamentais no combate ao narcotráfico.

O Brasil fabrica um dos melhores treinadores a hélice do mundo, o Super Tucano, mas ele não é capaz de atender a todas as necessidades de treinamento de uma FAB (Força Aérea Brasileira) que se prepara para um futuro altamente competitivo. 

É pensando nisso que a Força procura um treinador a jato, e de preferência um que seja excelente não apenas no treinamento, mas também em combate.

É aí que entra o Leonardo M-346 Master, um dos melhores treinadores a jato do mundo, que oferece excelentes capacidades de treinamento e de combate a custos bastante vantajosos. Não é pra menos que ele já conquistou diversos clientes, inclusive a exigente IAF (Força Aérea Israelense).


ORIGEM DO LEONARDO M-346 MASTER

Com a queda da URSS no início dos anos 1990, a Rússia passou a buscar os países ocidentais para diversos acordos nas áreas civil e militar. Um dos resultados destas parcerias com a Itália foi o surgimento de dois treinadores a jato baseados em um design comum: o Yakovlev Yak-130 para a Rússia e países alinhados, e o Leonardo M-346 Master para a Itália e países alinhados. Ambos podem cumprir não só a missão de treinador básico, mas também de LIFT (Treinamento Avançado e Conversão à Primeira Linha de Pilotos de Caça), com o M-346 também tendo variantes de caça leve e ataque leve. Não nos deteremos muito na história do projeto, mas ao invés disso recomendamos a leitura do excelente artigo do Prof. Luiz Reis sobre o assunto, o qual usaremos frequentemente neste texto.

O Yakovlev Yak-130 é bem semelhante, por fora, ao M-346, o que remete à origem comum dos dois projetos

Na Itália, o Master substituiu o MB-339, que por sua vez era uma evolução do vetusto MB-326, que o Brasil fabricou sob licença e usou por muitos anos, o saudoso EMB-326 Xavante. Quando o Xavante foi aposentado sem um substituto, abriu-se uma lacuna operacional na FAB, algo que vem sendo relatado por fontes consultadas pelo GBN Defense, portanto não é surpresa que estas mesmas fontes argumentem que o Master seria uma aquisição importante para a Força.

O saudoso Aermacchi / Embraer EMB-326 Xavante deixou uma lacuna quando foi aposentado sem um substituto

Além de melhorar o treinamento dos pilotos e permitir que mantenham sua proficiência em jatos a um custo menor que voar nos caças de primeira linha, o Master poderia cumprir o espectro inferior das missões, ou seja, aquelas que não exijam o Gripen, muito mais capaz que quaisquer versões do Master mas também muito mais caro. Esta combinação ‘high-low’ acontece em várias Forças Aéreas, e permite um bom custo-benefício sem perda de capacidade.

Escrevemos alguns artigos no GBN sobre o uso de LIFT pela FAB (Força Aérea Brasileira), bem como artigos sobre o Master e o interesse da FAB na aeronave, o que foi demonstrado pela visita do então Comandante da FAB, o Brigadeiro Baptista Jr.

Aqui vamos atualizar as informações contidas nestes artigos e também falar sobre como seria o emprego do M-346 pela FAB, embora não haja, no momento, nenhuma requisição oficial neste sentido.


CARACTERÍSTICAS DO LEONARDO M-346 MASTER

O Master é um treinador a jato bimotor e transônico, com muitas variantes, inclusive algumas bastante ‘personalizadas’, como o Lavi israelense.

M-346 Lavi. Observe-se o radome preto, que abriga um radar

 As principais variantes do M-346 são:

M-346FT (Fighter Trainer)

Variante multifuncional capaz de alternar entre treinos e operações de combate. Os novos recursos incluem um novo sistema tático de datalink e capacidade de armamento diferente, mas não incluem mudanças físicas no hardware. Está equipado com 5 hardpoints; os dois hard points internos das asas e o hard point do centerline são 'molhados', podendo levar 'drop tanks' (tanques de combustível descartáveis) de 630 litros (≈500 kg).

M-346FT. Observe-se a ausência de hard points nas pontas das asas, a ausência de radome e o pod Litening no centerline, o que permite que a aeronave use armas guiadas a laser, como as Paveway. Embora a sonda para REVO (reabastecimento em voo) não esteja presente, ela é removível e pode ser instalada facilmente quando necessário

 M-346FA (Fighter Attack)

Variante Multirole capaz de combates ar-ar e ar-superfície, com uma carga útil de duas toneladas sobre sete hardpoints (os mesmos do FT e mais dois nas pontas das asas), radar Grifo-346 avançado, contramedidas e novos recursos, incluindo revestimentos de absorção de cobertura radar e asa ampliada.

M-346FA. Observe-se os hard points nas pontas das asas e o radome preto. A sonda para REVO não está presente mas pode ser instalada facilmente quando necessário

O Master também pode ser equipado com uma sonda para REVO (reabastecimento em voo). Mesmo sem REVO, ele tem um bom alcance de travessia, superior a 2.500 km.

Master italiano sendo reabastecido em voo 

O Master tem dimensões e pesos comparáveis ao AMX, embora as cargas de armas e combustível sejam menores:

Fichas técnicas do AMX e do M-346

ARMAS E SENSORES

O Master pode ser equipado com diversas armas e pods

Uma característica fundamental do M-346 é o sistema de treinamento tático incorporado (ETTS). O ETTS é capaz de emular vários equipamentos, como radar, pods de alvos, armas e sistemas de guerra eletrônica; além disso, o ETTS pode interagir com várias munições e outros equipamentos sendo transportados a bordo. O sistema pode atuar em modo autônomo, no qual dados simulados e informações de cenário são carregados antes da decolagem, ou em uma rede, durante os quais dados são recebidos e acionados em tempo real de estações de monitoramento terrestre através do link de dados da aeronave. Para fins de avaliação e análise pós-missão, os dados acumulados, como o vídeo do monitor opcional montado no capacete, podem ser extraídos e revisados. A Leonardo também oferece um Sistema Integrado de Treinamento (ITS), combinando o M-346 com um sistema de treinamento em terra como parte de um programa mais amplo para pilotos qualificados.

Simulador do Master

Embora o Master possa atingir uma velocidade máxima transônica de Mach 1,2, a capacidade supersônica é secundária - esta velocidade não pode ser atingida transportando armas. Ou seja, para todos os efeitos práticos, o Master é uma aeronave subsônica, o que não é um problema sério - o AMX é subsônico e vem servindo muito bem à FAB já faz três décadas. O Xavante também era subsônico e teve uma longa e brilhante carreira na FAB.

Mais importantes, entretanto, são os 5 hard points para armas - quatro sob as asas e um no centerline; a versão FA tem mais dois, nas pontas das asas.

O Master é compatível com diversas PGM (armas guiadas de precisão, ‘armas inteligentes’) e armas ‘burras’, tanto para fins de treinamento como para missões de ataque ou caça leve, e também pods de reconhecimento e designação de alvos. Ao contrário de AMX e Gripen, o Master não leva armas internamente, mas pode ser equipado com pods de metralhadoras ou de canhões.

O Master pode levar bombas guiadas, não guiadas e mísseis, e ainda pode ser reabastecido em voo 

Entre os vários sistemas compatíveis, o Master já está homologado para usar alguns que o Brasil vai operar com o Gripen, como o míssil IRIS-T, a bomba guiada Lizard, o pod de reconhecimento RecceLite, e o LDP (pod de designação de alvos com laser) Litening. O Brasil não precisaria gastar com a integração e homologação destes sistemas.

A versão FT, embora menos capaz que a FA, também é menos cara de adquirir e operar. Na FAB, o FA poderia substituir o A-1, e o FT seria usado como treinador avançado, para a transição entre o Super Tucano e o Gripen. A principal vantagem do FA é o radar, que o habilita a usar diversas armas (e também aumenta os custos), mas o FT já é capaz de usar armas, especialmente para missões de ataque em tempo bom durante o dia.

Falando no radar - a FAB já usa radares da Leonardo, o Grifo no F-5M e o Raven do Gripen, portanto seria relativamente simples adotar outro radar da empresa. Embora o Grifo-346 seja um radar muito mais simples e menos capaz que o Raven, também é menor e mais leve, e sua performance ainda é adequada para várias missões.

Radar Grifo-346 

Os italianos, conforme mencionado acima, são muito abertos à integração de diversas armas, e a Leonardo tem ampla experiência no ramo. Um fator que poderia ser uma vantagem decisiva do Master frente à concorrência seria a ‘personalização’ do Master para os padrões brasileiros, já que adotamos padrões nacionais de IFF (identificação amigo ou inimigo) e data link (enlace de dados, comunicações criptografadas), além de algumas armas nacionais; é pouco provável que os EUA autorizem a integração de tais sistemas em aeronaves feitas com sua participação, como o KAI FA-50 e o Saab / Boeing T-7.

O Master pode levar armas de diversas nacionalidades, como a JDAM americana (na asa) e a TEBER turca (no chão)

Outra ‘personalização’ que seria interessante para o Brasil é o melhorar ainda mais o já excelente cockpit do Master, para o mesmo padrão do Gripen, incluindo WAD (display de área ampla), HMS (miras montadas no capacete) e NVG (óculos de visão noturna). A instalação de tais sistemas ajudaria não apenas no treinamento dos pilotos como também aumentaria consideravelmente a capacidade operacional da aeronave, habilitando-a inclusive a realizar missões noturnas e com tempo adverso. 

O modreno 'glass cockpit' do Master é dominado por telas multifuncionais 

Uma capacidade importante para o Brasil, dado o nosso extenso litoral, seria dotar o Master com ASCM (mísseis de cruzeiro antinavio), como versões aerotransportadas do MANSUP (Míssil Antinavio de Superfície), atualmente em desenvolvimento na versão mar-mar. Versões lançadas a partir de aeronaves seriam uma opção importante para auxiliar nossas FFAA na defesa da Amazônia Azul, e o Master poderia seguir o modelo do Super Étendard, levando um míssil sob uma das asas e um drop tank na outra.

O Master pode levar mísseis antinavio, como o Marte da Leonardo, mas no Brasil o ideal seria uma versão aerotransportada do MANSUP 
CONCLUSÃO

Nesta breve análise pode-se observar que o M-346 seria uma excelente aquisição para a FAB, não só melhorando ainda mais o nível de preparo de nossos pilotos, como também auxiliando no cumprimento de missões de combate a um custo reduzido e sem perder a eficiência.

Conforme apontamos em outros artigos, boa parte das dificuldades da Rússia na invasão da Ucrânia vem do fato de que seus pilotos não voam o bastante. Isto se deve a muitos fatores, entre eles o elevado custo de operação dos caças de ponta, e boa parte desta lacuna pode ser preenchida com os pilotos voando nos M-346 para manter o nível de proficiência. O M-346 pode, inclusive, lançar PGM, permitindo formar ainda melhor os pilotos de caça.

Embora, no momento, o Brasil esteja em paz, não podemos nos iludir - a segurança da nação recai sobre os ombros das valorosas Forças Armadas, e estas devem estar sempre preparadas a cumprir suas missões.

Concluímos este artigo com a frase imortal do grande Ruy Barbosa:

O Exército pode passar cem anos sem ser usado, mas não pode passar um minuto sem estar preparado.


*Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel)

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