Ucrânia compra radar GM200 para fortalecer defesa antiaérea

Sébastien Lecornu e seu homologo ucraniano visitaram as instalações da Thales em Limours (Essonne) na quarta-feira, 1º de fevereiro, para assinar o acordo para aquisição do radar de médio alcance GM200. Uma ferramenta essencial para resistir aos ataques aéreos russos.

Depois de ter firmado na terça-feira (31) o fornecimento de 12 novos obus-autopropulsado "Caesar" e a manutenção em condições operacionais do equipamento já fornecido pela França, Sébastien Lecornu, ministro das Forças Armadas, e Oleksii Reznikov, seu homólogo ucraniano, foram no dia seguinte, visitar as instalações da Thales em Limours, Essonne. Acompanhados de Patrice Caine, CEO da empresa, os dois ministros assinaram um acordo para a entrega de um sistema de defesa antiaérea para proteger a Ucrânia, incluindo um radar Ground Master 200 (GM200).

Sébastien Lecornu indicou que esta aquisição foi feita no âmbito do fundo de apoio, que destina 200 milhões de euros para a Ucrânia, aprovado pelos parlamentares no final de 2022. Como tal, “o GM200 irá diretamente da linha de montagem da fábrica para o exército ucraniano, não saindo do inventário do exército francês", especificou. A data prevista de entrega é maio de 2023.

Apoio à Defesa Aérea Ucraniana

Produzido pela Thales, este radar de médio alcance pode detectar e identificar aeronaves inimigas (drones, aeronaves de combate, helicópteros), bem como artilharia, morteiros ou foguetes, tudo em um raio de 250 km. “A detecção é a chave para identificar e neutralizar ameaças balísticas ou ligadas a drones (…) em particular para alertar e proteger as populações civis” , sublinha Sébastien Lecornu.

A Ucrânia é, de fato, regularmente vítima de ataques maciços perpetrados com mísseis russos. O último ataque em grande escala, ocorrido no final de janeiro, registrou 55 mísseis atingindo o país, incluindo 47 abatidos pelo exército ucraniano. Oleksii Reznikov lembra em particular que a infraestrutura civil é o alvo principal dos russos. “Se contássemos todos os alvos destruídos em solo ucraniano, os alvos militares e estratégicos seriam apenas 5-6%. Todo o resto seria infraestrutura civil” , diz ele. O ministro ucraniano disse, assim, estar tranquilo com a compra do GM200 que, segundo ele, “se tornará o senhor dos céus ucranianos”.