Após um longo período de incertezas desde que suspendeu pela última vez do Arsenal de Marinha (AMRJ) em 4 de agosto de 2022, o casco do Ex-NAe São Paulo, navio-aeródromo que foi por muito tempo o maior navio da Marinha do Brasil, finalmente teve seu repouso final nesta sexta-feira (3).
A operação de alijamento do casco, por meio do afundamento planejado e controlado, ocorreu no final da tarde de hoje (3), estritamente conforme concebido, atentando para segurança da navegação e do meio ambiente, conforme nota que recebemos no fim desta tarde.
O casco do Ex-NAe São Paulo esteve no centro da polêmica envolvendo a destinação de navios que com resíduos tóxicos, tendo suspensa sua autorização para desmantelamento por estaleiro especializado deste tipo de embarcação na Turquia, foi alvo de polêmicas desencadeadas por ONGs ambientais, incentivadas por supostas denuncias, as quais sem comprovações da quantidade de amianto remanescente no casco, o que levou a exigência de uma nova inspeção, porém, devido ao péssimo estado em que se encontrava o casco, e a falta do cumprimento dos requisitos para que fosse autorizado a atracação em portos brasileiros pela empresa que arrematou o casco através do processo licitatório, o Ex-NAe São Paulo ficou por um longo período vagando pelo litoral do nordeste brasileiro, até que a detentora do casco renunciou ao mesmo devido aos altos custos envolvidos, levando a uma decisão pela Autoridade Marítima Brasileira de alijar o casco devido ao alto risco de naufrágio espontâneo.
Abaixo segue a nota que nos foi enviada pela Marinha do Brasil:
MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
NOTA OFICIAL
Brasília – DF.
Em 03 de fevereiro de 2023.
Em relação ao casco do ex-Navio Aeródromo “São Paulo”, diante dos fatos apresentados na Nota Oficial Conjunta do Ministério da Defesa, Advocacia-Geral da União e Marinha do Brasil, cabe informar que a operação de alijamento, por meio do afundamento planejado e controlado, ocorreu no final da tarde de hoje (03), estritamente conforme concebido.
O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro.
A área para a destinação final do casco, situada em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), a 350Km da costa e com profundidade aproximada de 5 mil metros, foi selecionada com base em estudos conduzidos pelo Centro de Hidrografia da Marinha e Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. As análises consideraram aspectos relativos à segurança da navegação e ao meio ambiente, com especial atenção para a mitigação de impactos à saúde pública, atividades de pesca e ecossistemas.
Por fim, a Marinha do Brasil presta legítima reverência ao ex-Navio Aeródromo “São Paulo”. Barco que abriga alma beligerante perpetuada na mente de homens e mulheres que guarneceram seus conveses, dignos servidores da Marinha Nacional Francesa e da Marinha do Brasil, sob a égide das tradições navais e de elevado espírito marinheiro.
Marinha do Brasil: Protegendo nossas riquezas, cuidando da nossa gente
A Marinha ou Aeronáutica não tinham capacidade de afundar o casco fazendo exercícios de combate?
ResponderExcluirQue conversa é esta? E os danos ambientais e aos cofres públicos, com toneladas de aço, ferro, etc que poderiam ser reaproveitados?
ResponderExcluirVerdade mas aqui é Brasil
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