Pousaram no "Cavour" os dois primeiros F-35B entregues à Marinha Italiana

Pousaram no navio-aeródromo (NAe) italiano "Cavour" os dois primeiros F-35B entregues à Marina Militare Italiana (4-01 e 4-02), versão de decolagem curta e pouso vertical (STOVL - Short Take-Off and Vertical Landing), escrevendo uma importante página na história das forças armadas italianas e os quase 110 anos de história da Aviação Naval e a ininterrupta interoperabilidade de 30 anos, entre homens e mulheres da Marinha e do componente aéreo do USMC.

Durante a cerimônia realizada no último dia 29 de novembro, na Base Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais de Beaufort (Carolina do Sul - EUA), contou com a presença do Comandante da Aeronáutica da Marina Militare, Contra-Almirante Marco Casapieri e dos Comandantes do Marine Aircraft Group (MAG) 31 e do Esquadrão de Treinamento VMFAT-501, marcou a conclusão de inúmeras atividades, que duraram 5 anos, realizadas que permitiram formar o primeiro número significativo de pilotos e técnicos destinados a operar a aeronave F-35B pela Itália.

O sucesso do voo de transferência de Beaufort para o "Cavour", incluindo uma escala técnica no aeroporto das Lajes (arquipélago dos Açores), resultou de uma estreita cooperação e coordenação conjunta entre a Marinha e a Aeronáutica. O voo transatlântico foi de fato apoiado por uma aeronave KC-767A da 14ª Ala da Força Aérea Italiana, que respondeu às necessidades de transporte logístico e reabastecimento em voo (realizou mais de 20 reabastecimentos), ainda participaram um C-130J da 46ª Brigada Aérea de Pisa e um P-72A da 41ª Ala de Sigonella que assegurou as atividades de Busca e Salvamento (SAR) durante a rota de translado.

Durante as fases que antecederam o pouso na nau capitânia da Marinha Italiana, ocorrido no dia 16 de dezembro, os dois F-35B foram escoltados por uma formação de aeronaves AV-8B+, atestando o importante processo de transição em curso entre os meios aéreos de 4ª e 5ª geração que a Marinha está transicionando.

Com o retorno das duas aeronaves dos EUA e com a entrega iminente da quarta aeronave à Marinha, a Aviação Naval Italiana segue no caminho rumo à conquista prevista para 2024, de obter a Capacidade Operacional Inicial (IOC) no emprego de aeronaves de  5a geração a bordo do "Cavour", o que representa a expressão máxima da capacidade expedicionária marítima, que significa ter capacidade de projetar, autonomamente, o instrumento militar em áreas muito distantes para proteger os interesses italianos e a segurança coletiva da OTAN.