sábado, 26 de novembro de 2022

UANFEX 2022 - Confira conosco



A Marinha do Brasil realizou na última semana, entre os dias 21 e 24 de novembro, a Operação UANFEX-2022, e o GBN Defense foi até a Ilha da Marambaia, no Rio de Janeiro, para acompanhar este importante exercício, no qual participaram mais de 800 militares, o NDM "Bahia", o NApOc "Purus" e diversas embarcações de desembarque de material e viaturas, além de 10 CLAnf e aeronaves SH-16 Seahawk do EsqdHS-1 "Guerreiro" e UH-15 "Super Cougar" do EsqdHU-2 "Pegasus".


Nosso editor partiu rumo ao Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE), onde iniciou seu deslocamento até o teatro de operações, no caso o Centro de Avaliação da Ilha da Marambaia (CADIM), o que demandou algumas horas de estrada e posteriormente o embarque no píer de Itacuruçá rumo a Ilha da Marambaia. Após o pernoite, nas primeiras horas da manhã, as mídias convidadas, se dirigiram a praia, onde acompanharam toda operação de desembarque anfíbio.


Para compreender melhor o exercício, é preciso entender o "Tema Tático" no qual estava ocorrendo a operação. Nesta edição, o exercício tinha como cenário uma crise humanitária, em que o país hipotético sofre com instabilidade política, onde existe a atuação de grupos armados hostis a missão humanitária da ONU, que ainda não estava completamente estabelecida e necessitava de apoio.


Um dos fatores interessantes deste exercício, é que, diferente do ocorrido em outras edições, neste o cenário só foi transmitido aos participantes quando a Força Naval já se encontrava com pessoal e meios embarcados e navegando em alto-mar, simulando bem próximo a realidade um acionamento da Força Naval para responder a uma situação emergencial que demanda uma pronta resposta.


Neste contexto, os envolvidos no exercício tem que realizar no período de 24 horas o planejamento e execução da operação anfíbia, afim de primariamente realizar o assalto anfíbio, onde as tropas desembarcam no ponto previamente estabelecido no planejamento da missão, avançando até a hipotética base humanitária, onde no primeiro momento é dada importância em estabelecer a segurança do perímetro e posteriormente ampliar a estrutura da base humanitária afim de estabelecer uma infraestrutura segura e organizada para prestar atendimento a população flagelada.


Para isso, a Força Naval empregou diversos meios da Força de Fuzileiros, contando com a capacidade de projeção entregue pelas viaturas CLAnf, o poder de fogo conferido pelos CC SK-105A2S e a bateria de obuseiros Light Gun de 105mm, no suporte a capacidade de atendimento médico, a Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM) montou uma estrutura de atendimento humanitário, ampliando a capacidade inicial da base humanitária reforçada pela Força de Pronta Resposta brasileira com a montagem de uma Unidade Avançada de Trauma (UAT).


Foi possível conferir uma série de capacidades empregadas durante a UANFEX 2022, como o Posto de Comando da Força de Desembarque, contando com uma moderna estrutura de comando e controle, a qual tem uma ampla capacidade de coleta e transmissão de informações, possibilitando uma maior consciência situacional ao contingente envolvido na missão, contando com meios modernos e inovações, como é o caso do drone Mk3 com 7km autonomia e payload 2kg.


Uma aeronave SH-16 do EsqdHS-1 demonstrou sua capacidade de movimentação de cargas e equipamentos, movimentando uma peça de artilharia (Light Gun 105mm) a partir do NDM "Bahia", a um ponto estabelecido na Ilha da Marambaia. Esta foi a primeira vez desde a chegada dos Seahawks ao Brasil, que a aeronave realizou este tipo de missão, a qual foi realizada com extrema perícia e precisão pela tripulação do "Guerreiro 36", atestando sua capacidade e preparo.


A artilharia e a infantaria também demonstraram suas capacidades, com os obuseiros realizando tiro real contra um alvo hipotético com técnica de tiro vertical, e a infantaria demonstrando progressão no terreno sob fogo intenso.


Este foi o último exercício envolvendo o Conjugado Anfíbio ( Esquadra e Força de Fuzileiros), sendo o penúltimo adestramento do calendário da Força de Fuzileiros da Esquadra, a qual inicia no próximo dia 28 de novembro a "Operação Furnas", exercício que também marcará a transferência do Aeroporto de São José da Barra (MG) pertencente a Furnas, à Marinha do Brasil, sendo uma importante infraestrutura para se realizar exercícios envolvendo o emprego de uma Base Aérea Expedicionária.


A UANFEX tendo como teatro de operações o CADIM, possibilita o emprego de munição real com praticamente todo arsenal disponível a Força de Fuzileiros, exceto o sistema Astros, sendo isso um dos pontos importantes deste exercício segundo Almirante de Esquadra (FN) Armando, Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, "A possibilidade que temos de realizar exercícios do tipo projeção anfíbia, um exercício com uma magnitude menor, é importante porque os problemas que acontecem são reais e terão de ser resolvidos durante a sua execução. É um ganho muito grande toda a vez que o Fuzileiro Naval vem do navio para a terra. É um conjugado anfíbio que é a nossa razão de ser!”

Nosso editor, Angelo Nicolaci, agradece e parabeniza todos envolvidos neste importante exercício, no qual mais uma vez foi possível ver o alto nível de preparo e profissionalismo destes homens e mulheres que dedicam suas vidas a defesa de nossa soberania, estando prontos para atuar, onde e quando seja necessário, levando consigo o compromisso do Brasil com a manutenção da paz e o apoio humanitário onde seja preciso. 


Um "Bravo- Zulu" e um Viva a Marinha invicta de Tamandaré!!!.



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