A manobra que teve início no dia 28 de novembro, deverá ser concluída no dia 9 de dezembro, e esta edição em especial, Será marcada pela transferência do antigo Aeroporto de Furnas para Marinha do Brasil, instalações que serão de suma importância para o treinamento conjunto com Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav), onde esta sendo estabelecido o conceito de Base Aérea Expedicionária (BAE), uma importante capacidade que vem a somar as capacidades logísticas e de projeção da Força Anfíbia, garantindo apoio aéreo aproximado e a execução de um variado leque de missões contando com a capacidade aérea da Esquadra, como lançamento de paraquedistas, infiltração de tropas e Forças Especiais através das mais variadas técnicas, possibilitando uma melhor qualificação de nossas tropas.
A infraestrutura que possibilita a operação da BAE é estabelecida por um conjunto de Organizações Militares (OM's), como o Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais (BLogFuzNav), o Batalhão de Combate Aéreo (BtlCmbAe), o 2º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (Batalhão Humaitá) e o Destacamento Aéreo (DAe), uma demonstração plena da capacidade organizacional e operativa da FFE, integrando esforços de diversas OM's com propósito de levar a cabo toda e qualquer missão que seja incumbência da Força Expedicionária de nossa Marinha do Brasil.
Outro aspecto importante é a possibilidade de executar Salto Livre Operacional (SLOP) sobre massa d'água, algo que amplia a qualificação de operadores das forças especiais, os famosos Comandos Anfíbios do "Batalhão Tonelero", dando continuidade ao incremento do expertise em infiltração aérea e aquática, realizando adestramentos com técnicas de infiltração com apoio de meios aéreos, qualificações em variadas modalidades de mergulho. A continuidade na aplicação dos Elementos de Operações Especiais (ElmOpEsp) na estrutura do Grupamento de Operações Especiais (GOpEsp), que consiste em fazer o Batalhão trabalhar como Estado-Maior, detalhando ainda mais as demandas de operações especiais e tirando um pouco da preocupação do comandante do grupamento operativo de realizar a parte de preparação das operações especiais, deixando essa parte para o GOpEsp, e passando a se concentrar diretamente na execução da missão em si.
As instalações propiciam um vasto leque de cenários táticos, com a possibilidade de colocar em prática os mais complexos "Temas Táticos", desde cenários de conflito assimétrico, passando por missões humanitárias, até defesa de instalações estratégicas e cenários de maior intensidade e ameaças diversas.
A maior presença da Marinha do Brasil no "Mar de Minas", como é conhecida aquela região do Brasil, é de suma importância não só do ponto de vista de capacitação da tropa, mas no que diz respeito a segurança naquela região, sendo marcante o apoio a Delegacia Fluvial de Furnas, com a qual são realizados diversos adestramentos e qualificações no âmbito de suas atribuições enquanto autoridade fluvial, garantindo maior apoio as tarefas de salvaguardar a vida humana, à segurança da navegação e prevenção da poluição hídrica por parte de embarcações ou suas instalações de apoio.
Em breve traremos mais novidades desta importante manobra que fecha com chave de ouro o calendário de adestramentos de 2022 para o Comando da Força de Fuzileiros Navais (ComFFE), e aproveitamos para parabenizar o Almirante de Esquadra (FN) Carlos Chagas Vianna Braga, pelo excelente serviço a frente do Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra, sem esquecermos de dar um Bravo-Zulu a todos homens e mulheres que tornam a Força de Fuzileiros Navais ímpar em profissionalismo, capacidade e compromisso com a defesa da pátria e nossa nação.
Por: Angelo Nicolaci
Imagens: GBN Defense - Angelo Nicolaci
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