domingo, 16 de outubro de 2022

Boeing KC-46 segue sem solução para problemas com RVS


A Boeing segue buscando soluções para seu problemático avião-tanque KC-46 Pegasus, que continua sem poder operar com segurança sua sonda de reabastecimento, segundo a USAF (Força Aérea dos EUA), o novo Remote Vision System (RVS) 2.0, sistema usado para operar a sonda de reabastecimento do KC-46, não estará disponível até outubro de 2025.

Desde 2019 temos acompanhado a saga da USAF para conseguir alcançar a capacidade plena para operar suas novas aeronaves tanque Boeing KC-46, a qual apresentou inúmeros problemas em seu desenvolvimento, sendo entregue com graves deficiências ao setor operativo da USAF, obrigando a frota a ser submetida a diversas atualizações, sendo restrita de realizar reabastecimento com sua sonda devido a problemas com RVS.


O programa que esta atrasado, representando uma grave perda na capacidade expedicionária da USAF, agora terá um atraso adicional de 19 meses em relação ao plano anterior acordado entre a Força Aérea dos EUA e a Boeing, que fabrica a fuselagem e o RVS.

A crise econômica desencadeada pela pandemia do COVID-19, veio a agravar ainda mais a situação do programa, mesmo o problema do RVS tendo sido identificado muito antes desta crise mundial, conforme já publicamos diversas vezes aqui no GBN Defense ("KC-46 coloca em risco capacidade de REVO da USAF" ,"Boeing KC-46: Operadores do "Boom" contornam falha de software").

Mesmo estando em operação, o KC-46 segue deficiente, com os problemas no sistema de reabastecimento não tendo sido sanados. 

O principal problema esta no sistema RVS, devido a configuração não convencional adotada pelo KC-46, a qual é complexa, colocando o operador da sonda posicionado a frente da aeronave e operando o tubo rígido e telescópico de reabastecimento através de imagens proporcionadas por meio de uma série de câmeras localizadas ao redor da aeronave. Essa "inovação", não permite que o operador da sonda possa realizar os procedimentos sem o RVS, uma vez que diferente do método "tradicional", onde o operador pode operar a lança simplesmente olhando por uma janela localizada na cauda da aeronave.

A solução conhecida como RVS 2.0 e inclui uma série de atualizações nos hardware, telas e sistema operacional, corrigindo os problemas identificados no sistema "inovador" da Boeing.


O novo RVS 2.0, será incorporado em toda frota de KC-46, o que resultará na necessidade de um grande programa de atualização para as aeronaves já em operação. Porém, conforme ja anunciou a USAF, isso não deve ocorrer antes de 2025, podendo ainda sofrer com novos atrasos.

Esse recente anúncio, aumenta a carga sobre a vetusta frota de aviões-tanque da USAF, a qual já encontrasse em avançado estágio de obsolescência, com muitas células já tendo atingido o limite de suas vidas úteis, os KC-135 deverão ser "sugados" ao máximo de sua disponibilidade operacional, o que já tem impactado as capacidades da USAF.


GBN Defense - A informação começa aqui

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