segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Mísseis ar-superfície ocidentais para aeronaves MiG-29 e Su-27 da Ucrânia?


No atual cenário do conflito da Ucrânia, é bem provável o uso dos mísseis de cruzeiro SLAM-ER ou SOM, bem como mísseis antitanque Brimstone contra a Rússia utilizando como plataformas aeronaves de origem russa operadas pela Ucrânia.

Depois que foi relatado por fontes do Pentágono a integração dos mísseis anti-radar AGM-88 HARM nos caças da Ucrânia, o que era considerado impossível, surgiram novas negociações sobre a integração de outras armas as aeronaves ucranianas.

Há um vasto leque de possibilidades de integração de mísseis ar-ar ocidentais que podem ser empregados sem a necessidade de complexas modificações aos sistemas de armas dos caças MiG-29 e Su-27 da Ucrânia, o que já especula-se já esta sendo feito, e o mesmo também se dá  com relação aos armamentos ar - terra, seguindo o que já foi feito com os mísseis AGM-88 HARM.


O fato é que quando se trata de mísseis ar-terra, as armas de longo alcance são obviamente o aspecto mais importante. Ou seja, mísseis de cruzeiro que podem ser disparados por aeronaves MiG-29, Su-27 ou Su-24M, claro que cada tipo possui suas limitações no envelope de voo, com características de peso e tamanho devendo ser adequadas as capacidades dos pilones da aeronave.

SLAM-ER

O AGM-84K SLAM-ER, é um forte candidato a ser empregado no teatro ucraniano, desenvolvido a partir do famoso "Harpoon", trara-se de uma variante radicalmente avançada e modificada do AGM-84, sendo a variante "K", ou "SLAM-ER", desenvolvida especificamente para ataque contra alvos terrestres.


Ele oferece alta precisão, capaz de infligir danos consideráveis em diversos tipos de alvos. Sua alta precisão é possível devido a um sistema de guiagem inercial e de satélite, bem como outros sistemas e  sensores de imagem térmica. O raio de ação do míssil chega aos 270 km, contando com uma cabeça de guerra de 360 ​​kg. 

O SLAM-ER é apontado como um provável míssil ar-terra a estrear na Ucrânia, sendo um armamento de grande precisão, e que tem uma generosa quantidade nos estoques usado da USAF e USN. Porém, algumas de suas características de furtividade e tecnologias avançadas, podem impedir que o mesmo seja enviado a Ucrânia, apesar de ser uma ótima oportunidade de atestar sua capacidade de transpor com facilidade as defesas russas e causar grandes danos as forças invasoras.

Outro ponto que levanta dúvidas sobre a possibilidade de emprego deste míssil, seria justamente a capacidade de integrar o sistema de comunicação do míssil aos sistemas de armas das aeronaves ucranianas. Porém, segundo algumas fontes, existe a possibilidade de inserir os dados sobre o alvo em sua memória ainda no solo, o que facilitaria e muito o emprego deste com os meios aéreos disponíveis, contudo, tal opção deixa dúvidas sobre a precisão que o mesmo pode alcançar neste modo, além de perder a capacidade de reorientar o míssil durante a fase de voo 

Roketsan SOM

O míssil ar-terra turco SOM, desenvolvido pela  TÜBİTAK SAGE, fabricado e comercializado pela Roketsan, é um míssil de cruzeiro avançado, considerado semelhante em capacidades ao norte americano SLAM-ER. Contando com quatro variantes desenvolvidas, sendo a de maior alcance o SOM-J com alcance oficial de até 275 km, enquanto as demais variantes possuem alcance de 250km. Este míssil carrega uma cabeça de guerra com 230 kg, e possui sistema de orientação semelhantes ao SLAM-ER, incluindo uma cabeça de imagem térmica.



De acordo com as especificações, esse míssil pode ser empregado por um vasto leque de aeronaves, dentre eles os Mig-29 e Su-25, com o Azerbaijão tendo adquirido um lote destes mísseis em 2018 para suas aeronaves, o que nos dá a certeza de que seja possível integra-los as aeronaves ucranianas.

Levando em conta a cooperação ativa da Ucrânia com a Turquia na esfera de defesa, é um cenário bastante realista que tais mísseis venham a ter participação ativa no conflito contra a invasão russa.

Mas não apenas os mísseis de cruzeiro devem ser considerados na questão de equipar as aeronaves da Ucrânia. Os mísseis antitanque britânicos Brimstone, que já estão à disposição das Forças Armadas da Ucrânia, também serão úteis. E a possibilidade de lançá-los a partir de um lançador terrestre já foi comprovada.

A cabeça de radar com busca ativa procura independentemente o alvo e, além disso, vários mísseis lançados podem redistribuir independentemente seus alvos em voo para evitar vários danos ao mesmo objetivo.

A aplicação desses mísseis a partir de aeronaves de ataque Su-25, provavelmente, também pode ser implementada de acordo com o princípio de ir para a área de lançamento necessária, depois disso os mísseis procurarão alvos de forma autônoma.

O que podemos ter certeza, é que assim como o conflito na Síria, a Ucrânia servira de palco para avaliações em situação de emprego real de diversos armamentos e soluções de defesa ocidentais.


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Com agências de notícias 

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