Conforme previsto, a “Operação Fortaleza” foi finalizada nesta quarta-feira (1) com a realização de uma Operação Anfíbia na Praia Mansa, Região Metropolitana de Fortaleza (CE). O exercício conjunto entre a Marinha do Brasil, a Marine Nationale da França e o Armée de Terre (exército francês) reuniu autoridades e o público para assistir a uma demostração operativa, onde foi simulada uma situação tática, em que tropas embarcadas no Porta-Helicópteros Anfíbio (PHA) “Mistral” da Marine Nationale e no Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Araguari” da Marinha do Brasil, realizaram um desembarque a fim de fazer a evacuação e o acolhimento de civis.
O exercício foi marcado pela ação combinada dos militares de ambas as nações, inclusive com franceses desembarcando a partir dos Carros Lagarta Anfíbio (CLAnf) junto às tropas brasileiras. Para isso, foi essencial uma preparação prévia, como afirma o Capitão de Corveta (Fuzileiro Naval) Marcio Coelho Pires Filho. “Como a Marinha francesa não possui CLAnf, executamos, durante a fase de oficinas, uma familiarização combinada onde foram apresentadas as capacidades da viatura, procedimentos de segurança, métodos de embarque e desembarque e transferência de tropas em caso de emergência no mar”.
Operações combinadas como essa tem o intuito de reforçar a interoperabilidade das forças armadas envolvidas, como lembra o comandante do NPaOc “Araguari”, Capitão de Fragata James Acâmpora Bessa Pinto. “A Operação tem como propósito incrementar a capacitação dos militares e elevar o nível de interoperabilidade entre a Marinha do Brasil e a Marinha Nacional da França, com militares franceses embarcados no NPaOc ‘Araguari’ e militares brasileiros embarcados no PHA "Mistral", contribuindo para a troca de experiências e o intercâmbio de procedimentos e conhecimentos”.
A Operação foi aberta ao público e recebeu alunos do Colégio Cívico Militar Batalha do Riachuelo. Foi a primeira vez que muitos deles acompanharam de perto uma ação como essa, como foi o caso do aluno João Pedro Fernandes de Alencar, de 17 anos: “Fiquei bastante orgulhoso em ver a atuação da Marinha brasileira junto à Marinha francesa, gostaria que outras pessoas também pudessem ver como funciona etapa por etapa dessas operações”.
O exercício combinado é importante como forma de preparação para eventuais empregos conjuntos. Como disse o Comandante do PHA “Mistral”, Capitão de Mar e Guerra Alexis Muller, durante coletiva de Imprensa realizada no local, “foi a primeira vez que os CLAnf do Brasil entraram no PHA ‘Mistral’. Isso foi um desafio técnico e tático para nos preparar para um futuro que necessite de uma operação de evacuação de civis em qualquer lugar do mundo”.
A Operação Anfíbia teve início com uma infiltração de militares de operações especiais na praia. Em seguida, houve desembarque da tropa por meio de CLAnf e a montagem e operação de uma área de acolhimento. Para que isso fosse possível, desde o último sábado (28 de maio) foram realizadas diversas oficinas e treinamentos.
Fonte: Agência Marinha
Fotos: 1ºSG (MO) P Johson
Adaptação do Texto: GBN Defense
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