O programa estratégico de desenvolvimento do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) chega a sua terceira etapa, e segundo informações divulgadas pela Marinha do Brasil, está previsto o disparo de dois exemplares do primeiro míssil antinavio desenvolvido inteiramente pelo Brasil, o qual deverá ser integrado a nova classe de fragatas da Marinha do Brasil, a qual deverá inicialmente contar com quatro navios, a primeira fragata batizada "Tamandaré", a qual dá nome a nova classe, terá sua construção iniciada em setembro deste ano.
O projeto que conta com a participação de empresas nacionais como SIATT, OMNISYS, AVIBRAS e a Fundação EZUTE, compreende o desenvolvimento e fabricação no Brasil inicialmente de protótipos do MANSUP, míssil que deverá apresentar desempenho similar ao obtido pelo EXOCET MM40‑B1 e que deverá ser seu sucessor. Trata-se de um míssil de emprego naval do tipo Superfície-Superfície.
As três empresas contratadas para desenvolver a tecnologia deste importante armamento, projetado para realizar voos do tipo “sea skimming”, com a Fundação Ezute integrando o trabalho de diferentes fornecedores desde 2010. Esta terceira etapa do projeto consiste na produtação (transformação de protótipo em produto) e na qualificação do míssil, que compreende o conjunto de ensaios para comprovar o cumprimento dos requisitos do projeto previstos pela Marinha do Brasil.
Os esforços empreendidos pelas empresas envolvidas alcançaram a marca de 60% de produtação do Sistema de Guiamento, Navegação e Controle (SGNC) e cerca de 90% da telemetria (tecnologia que permite a medição remota e em tempo real dos parâmetros necessários para avaliar o funcionamento e o desempenho do míssil). O cronograma desta etapa, com previsão de ser concluída em 2025, segue avançando com a necessidade de contratações adicionais. No decorrer deste ano, estão planejados dois lançamentos para teste dos subsistemas já produtados e ensaios de qualificação, nos quais serão monitorados mais de 200 parâmetros do míssil em cada voo.
O MANSUP dispõe de tecnologia totalmente nacional, empregando as soluções encontradas pela indústria de defesa brasileira para o atendimento aos requisitos impostos pelas demandas da Marinha do Brasil. O conhecimento obtido no decorrer do projeto e o modelo de arquitetura adotado preveem que potenciais modernizações possam ser implementadas, com segurança, num período de dois anos.três protótipos do míssil serão testados até o início do processo industrial da versão brasileira.
GBN Defense - A informação começa aqui
Com informações da Marinha do Brasil via Assessora de Comunicação Social da DGMM
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