domingo, 1 de maio de 2022

MANSUP - Marinha do Brasil avança para terceira etapa de desenvolvimento com previsão de disparos este ano



O programa estratégico de desenvolvimento do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) chega a sua terceira etapa, e segundo informações divulgadas pela Marinha do Brasil, está previsto o disparo de dois exemplares do primeiro míssil antinavio desenvolvido inteiramente pelo Brasil, o qual deverá ser integrado a nova classe de fragatas da Marinha do Brasil, a qual deverá inicialmente contar com quatro navios, a primeira fragata batizada "Tamandaré", a qual dá nome a nova classe, terá sua construção iniciada em setembro deste ano. 



O projeto que conta com a participação de empresas nacionais como SIATT, OMNISYS, AVIBRAS e a Fundação EZUTE, compreende o desenvolvimento e fabricação no Brasil inicialmente de protótipos do MANSUP, míssil que deverá apresentar desempenho similar ao obtido pelo EXOCET MM40‑B1 e que deverá ser seu sucessor. Trata-se de um míssil de emprego naval do tipo Superfície-Superfície.

As três empresas contratadas para desenvolver a tecnologia deste importante armamento, projetado para realizar voos do tipo “sea skimming”, com a Fundação Ezute integrando o trabalho de diferentes fornecedores desde 2010. Esta terceira etapa do projeto consiste na produtação (transformação de protótipo em produto) e na qualificação do míssil, que compreende o conjunto de ensaios para comprovar o cumprimento dos requisitos do projeto previstos pela Marinha do Brasil.



Os esforços empreendidos pelas empresas envolvidas alcançaram a marca de 60% de produtação do Sistema de Guiamento, Navegação e Controle (SGNC) e cerca de 90% da telemetria (tecnologia que permite a medição remota e em tempo real dos parâmetros necessários para avaliar o funcionamento e o desempenho do míssil). O cronograma desta etapa, com previsão de ser concluída em 2025, segue avançando com a necessidade de contratações adicionais. No decorrer deste ano, estão planejados dois lançamentos para teste dos subsistemas já produtados e ensaios de qualificação, nos quais serão monitorados mais de 200 parâmetros do míssil em cada voo. 


O MANSUP dispõe de tecnologia totalmente nacional, empregando as soluções encontradas pela indústria de defesa brasileira para o atendimento aos requisitos impostos pelas demandas da Marinha do Brasil. O conhecimento obtido no decorrer do projeto e o modelo de arquitetura adotado preveem que potenciais modernizações possam ser implementadas, com segurança, num período de dois anos.três protótipos do míssil serão testados até o início do processo industrial da versão brasileira.




Como basicamente funciona o MANSUP?

Basicamente os sensores do navio detectam e identificam a ameaça, o sistema então alimenta o míssil com as informações de posição angular e a distância angular do alvo. A partir daí o míssil com as informações do alvo é disparado, nessa primeira fase de voo ele é guiado através de um sistema inercial, o qual usa o radar altímetro para determinar seu padrão de voo, este voará em perfil muito baixo, denominado “sea skimming”, o que dificulta sua detecção pelos sistemas de defesa do alvo, já na fase final do voo, quando o míssil entra na zona estimada do alvo, é ativado o sistema de busca radar que efetivamente detecta a posição exata do alvo e guia o míssil até o objetivo na corrida final, com isso minimizando a capacidade do inimigo de detectar a aproximação do míssil, o que reduz a ameaça de contramedidas.

Em 2019 durante a LAAD, Rogério Salvador, um dos sócios fundadores da SIATT, concedeu uma esclarecedora entrevista ao GBN Defense, e vale a pena conferir essa conversa que trouxe bastante conhecimento sobre o MANSUP e os desafios representados a nossa Base Industrial de Defesa, basta clicar a seguir: "MANSUP - Conhecendo melhor este importante projeto brasileiro".




GBN Defense - A informação começa aqui

Com informações da Marinha do Brasil via Assessora de Comunicação Social da DGMM

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