terça-feira, 31 de maio de 2022

"Operação Fortaleza" - Conheça o exercício conjunto entre Brasil e França no nordeste

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Teve início no último sábado (28) o exercício conjunto entre a Marinha do Brasil e a Marine Nationale da França e o Armée de Terre (exército) francês, visando a capacidade de interoperabilidade entre as forças de ambos países durante a passagem do navio de desembarque anfíbio francês "Mistral".


O exercício denominado “Operação Fortaleza”, se estenderá até o dia 1 de junho, tendo como cenário a região metropolitana de Fortaleza, com objetivos de estreitar os laços entre o Brasil e a França, visa incrementar a capacitação dos militares envolvidos e ampliar a segurança marítima no Atlântico Sul.


“O exercício nos permite elevar o nível de integração, uma vez que a preparação para uma Operação Anfíbia combinada - envolvendo meios brasileiros e franceses na projeção de poder, de caráter naval, do mar para a terra - exige um intenso intercâmbio de técnicas, táticas e procedimentos. É importante ressaltar que apesar do período de treinamento ser inferior a uma semana, o planejamento da operação está em desenvolvimento desde abril”, segundo o Capitão de Mar e Guerra (FN) Luís Felippe Valentini da Silva, Comandante da Tropa de Desembarque.


Outro ponto relevante desta manobra, é exercitar a capacidade expedicionária da Força de Fuzileiros Navais, acontecendo na sequência de outro grande exercício realizado em São José da Barra - MG, que demandou o deslocamento de meios e pessoal por mais de 600km de suas bases, agora a marcha foi bem maior, percorrendo mais de 2.500km entre o Rio de Janeiro (RJ) e Fortaleza (CE). Tal aptidão é de suma importância tendo em vista não apenas as dimensões continentais de nosso país, mas também os compromissos brasileiros na ONU, onde alcançamos a certificação Nível 3.

“A Operação Anfíbia, por natureza, é uma operação de grande complexidade, por envolver meios navais, Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf) e efetivos de fuzileiros navais”, lembra Valentini.


A chegada das viaturas CLAnf á Fortaleza chamou a atenção da população local, e ganhou destaque nas redes sociais, sendo muito positiva a presença da Marinha do Brasil através da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) em diversos pontos de nosso território, servindo também para manter a tropa pronta para operar onde e quando seja necessário.

Dentre as atividades previstas no exercício, constam diversas oficinas e treinamentos, os quais terão como objetivo a capacitação em sobrevivência, oficina de explosivos, obstáculos, patrulha urbana e tiro. 


O ápice do exercício ocorrerá no dia primeiro de junho, quando será realizada uma operação anfíbia na praia Mansa, a qual irá contar com emprego de navios e fuzileiros navais brasileiros e franceses, marcando o encerramento da "Operação Fortaleza".

Infelizmente o GBN Defense não pode embarcar nesta missão devido a questões logísticas de última hora, mas recebemos um rico material fotográfico e informações enviadas pela FFE e a Agência Marinha de Notícias. E você confere algumas imagens incríveis de nosso grande amigo 1SG (MO) P Johson.




O exercício conta com a participação de mais de 450 militares de ambas nações e os seguintes meios: Porta-Helicópteros Anfíbio (PHA) "Mistral" e Fragata "Courbet", da Marine National francesa, Navio-Patrulha Oceânico “Araguari” e viaturas anfíbias  CLAnf da Marinha do Brasil.


GBN Defense - A informação começa aqui

Com informações e imagens da Agência Marinha de Notícias

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domingo, 29 de maio de 2022

BRICS e a Nova Ordem Mundial

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Vivemos em um mundo interligado, nas áreas econômicas, culturais e até mesmo quando se trata da área militar. O mundo em que vivemos é uma realidade totalmente diferente daquela que nossos avós ou bisavós viveram, com um mundo hoje sendo globalizado e multipolarizado. 


Neste artigo destacaremos os papéis de um grupo não tão conhecido, mas que vem desempenhando um papel muito importante no cenário geopolítico e econômico mundial, o "BRICS", mas primeiro iremos colocar alguns pontos que antecedem a criação do mesmo.


Um pouco de história


A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um acontecimento terrível e cruel durante um período conturbado da nossa história, sendo o maior conflito que já tivemos em toda nossa existência. Milhões de pessoas morreram e muitos países foram afetados diretamente pela guerra, com grande destaque para Alemanha, URSS, EUA, Japão, Itália, França e Inglaterra. Estes países eram as potências daquele período, sendo eles os que mais estiveram ligados durante a guerra. Estes países em especial foram os mais afetados em termos de baixas e economia, com a URSS tendo perdido cerca de 27-30 milhões de militares e civis durante a guerra, um número altíssimo, sendo a URSS o país que mais perdeu sua população em geral pela guerra.


Logo após o fim do conflito em 1945, o mundo foi abalado por mais tensões, só que agora entre as duas maiores potências bélicas da época, sendo elas os EUA e a URSS. Com o término da Segunda Grande Guerra, o mundo se dividiu e foi iniciado um conflito conhecido como "Guerra Fria", onde o mundo foi dividido em duas ideologias distintas: o Capitalismo, apoiado pelos EUA, e o Socialismo, apoiado pela URSS. A Guerra Fria não foi uma guerra convencional onde os 2 lados se enfrentam diretamente, muito pelo contrário, a Guerra Fria foi travada principalmente por questões ideológicas, econômicas, culturais etc.



Com isso, os países tiveram que se decidir e escolher qual caminho seguir. Isso posto, a Europa juntamente com os Estados Unidos decidiram criar uma aliança militar com o intuito de barrar a URSS em caso de conflito. Esta aliança é chamada de Organização dos Tratados do Atlântico Norte (OTAN), criada em 4 de abril de 1949, com o andamento do Plano Marshall seguindo em frente (Plano Marshall foi a ajuda econômica dos americanos para alguns países Europeus ao final da segunda guerra).


Inicialmente a OTAN era composta por 12 países: EUA, Canadá, Dinamarca, Bélgica,França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Grã-Bretanha.


Como a Guerra Fria foi travada pelos 2 lados, a URSS não ficou atrás e criou a sua própria aliança militar e o seu plano para ajudar e reestruturar os países do Leste europeu, chamado de COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua). Já a aliança militar dos países aliados a União Soviética foi chamada de Pacto de Varsóvia, uma aliança apenas com os países do bloco comunista / socialista da URSS, criada em 14 de maio de 1955, composta inicialmente por Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia, Republica Democrática Alemã, Hungria, Polônia, Romênia e URSS.


Durante a Guerra Fria ocorreram muitas 'guerras por procuração', provocadas por países com interesses ideológicos e econômicos, com algumas guerras como a Guerra do Vietnã (1955-1975) que foi travada entre o Vietnã do Sul e EUA contra o Vietnã do Norte apoiado pela URSS e China. Nesta guerra, mais de 50.000 americanos foram mortos, com o lado comunista saindo vitorioso e vencendo o lado sul apoiado pelos EUA. Ocorreram diversos outros conflitos, que deixaremos para artigos futuros.



Os pontos mais marcantes da Guerra Fria foram a corrida armamentista, a corrida espacial e a crise dos mísseis.


1 - A corrida armamentista

Foi basicamente uma disputa entre EUA e URSS para ampliarem cada vez mais seus arsenais, tanto convencional, quanto nuclear, com ambos os países desenvolvendo milhares de equipamentos, de veículos a bombas nucleares com poder de destruição sem precedentes. 


2 - Corrida Espacial

A corrida espacial foi a disputa para ver qual das duas potências chegariam ao espaço primeiro, com os soviéticos lançando ao espaço em 1957 o primeiro satélite artificial do mundo, o Sputnik. Mas o ápice da Corrida Espacial foi a chegada do homem à Lua, feito esse realizado pelos americanos.


3 - Crise dos Mísseis

A Crise dos Mísseis talvez tenha sido o momento mais tenso de toda a Guerra Fria, pois foi nessa crise em que o mundo esteve à beira de uma guerra nuclear entre EUA e URSS.


Resumidamente, a Crise dos Mísseis foi um período de 13 dias em que a URSS implantou mísseis nucleares de médio alcance na pequena ilha de Cuba, com a autorização de Fidel Castro e Che Guevara (em retaliação à frustrada tentativa de invasão da Baía dos Porcos).


Durante esses 13 dias os Estados Unidos enviaram aviões espiões U-2 para missões de inteligência e espionagem, com um desses aviões tendo sido abatido por sistemas de defesa aérea cubanos, resultando na morte de seu piloto.


Após diversos dias de tensões, os EUA e a URSS chegaram a um acordo, com a União Soviética retirando os mísseis de Cuba e os Estados Unidos retirando mísseis da Turquia.


Com a Guerra Fria a todo vapor, o mundo entrou em uma bipolarização, com essa bipolarização tendo seu fim a partir de 1990, com o evento mais marcante tendo sido a queda do Muro de Berlim, que dividia a Alemanha entre o lado Ocidental e Oriental.



O próximo passo para o fim da Guerra Fria foi  a extinção da URSS, que faliu em 26 de dezembro de 1991.


Com o fim da URSS surgiu o termo "Multipolarização", ou seja, vários centros de poder e potências mundiais, com destaque para EUA, Alemanha e Japão. O poder na Multipolarização é medido pelo poder econômico dos países, como o PIB. Com a chegada da Multipolarização veio a Globalização, onde o mundo foi interligado com a grande expansão de mercados, serviços, capital etc. 


A Multipolaridade trouxe consigo uma Nova Ordem Mundial, com os EUA sendo o líder dessa nova ordem em termos culturais, econômicos e militares.


O mundo tornou-se um lugar interligado, com os países dependendo uns dos outros para suas economias aumentarem e se desenvolverem. Mas alguns países não estavam muito contentes com essa Nova Ordem Mundial, principalmente países que eram considerados menos industrializados, mais focados na exportação de commodities, entre eles o Brasil. 


Em 2001, o economista inglês Jim O'Neill, do Goldman Sachs, escreveu um artigo sobre países com grandes territórios e que vinham com um rápido crescimento econômico, visando uma transformação no cenário da economia global.


Jim O'Neill


Jim levou em consideração alguns indicadores muito importantes para a criação de seu artigo e seus estudos, como PIB, tamanho populacional e PIB per capita. Estes países eram Brasil, Rússia, Índia e China, com as letras iniciais dos nomes destes países dando origem ao termo BRIC.


O mundo inteiro nessa época já previa o enorme avanço chinês em várias áreas, principalmente na econômica, com sérios riscos para países de "primeiro mundo".


O descontentamento de países como China e Índia era grande quanto à exclusão em grupos exclusivos como o G8, onde se tinham convidado mais economias europeias, como a Itália e Alemanha, para as reuniões do grupo. 


A história do BRIC viria a mudar no ano de 2009 com a Cúpula de Ecaterimburgo, onde foram debatidas idéias de colaboração entre os membros do grupo e interação política, alcançando o nível de chefes de estado e governo.


Após 2009 ocorreu a II Cúpula dos BRIC, só que dessa vez em Brasília (BR), mas apenas em 2011 na III Cúpula que a África do Sul se juntou a iniciativa, dando assim o nome atual de "BRICS", com o "S" representando South Africa (África do Sul).


Em 2014 dois passos muito importantes foram concluídos para os BRICS: a criação do "Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS" (CRA) e a fundação do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), uma parceria desenvolvida entre os bancos centrais dos BRICS como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional para solucionar crises e instabilidades que poderiam ocorrer no futuro.



O CRA pode ser usado em caso de necessidade de liquidez em curto prazo. O NDB foi fundado com um capital autorizado de US$ 100 bilhões e capital inicial de US$ 50 bilhões, com as contribuições divididas igualmente entre os membros fundados (US$ 10 bilhões cada).


E no tempo atual, qual seria o peso dos BRICS no cenário global?


Todo grupo ou bloco econômico precisa ser avaliado em alguns indicadores, com os principais sendo população, PIB, PIB per capita e até mesmo capacidade militar. Tudo isso nos indica se esse grupo é poderoso e se pode realmente balançar o cenário mundial.


A OTAN, por exemplo, é uma aliança militar, composta por países que possuem um grande grau técnico e experiência em combates, contando também com o apoio mútuo de todos os membros.


Os BRICS não são uma aliança militar hoje, e dificilmente serão no futuro, mas tem grandes perspectivas para o crescimento de acordos em áreas como a tecnologia, ciência, energia e talvez defesa.


Os BRICS atualmente possuem um PIB de US$ 18 trilhões, de acordo com FMI e a ONU, representando assim uma fatia importante dos US$ 94 trilhões da economia mundial. Em termos de população, os BRICS possuem nada menos que 3 bilhões de pessoas nestes 5 países, ou seja, aproximadamente 48% da população mundial.


No quesito bélico não é diferente, com todos os membros sendo potências bélicas, com Rússia, China e Índia possuindo a tecnologia de armas nucleares e outras de destruição em massa, com o Brasil tendo 100% a tecnologia nuclear para a geração de energia, e no futuro próximo também para a propulsão nuclear do nosso primeiro submarino desta classe.



Mas por que o BRICS não pode se tornar uma aliança militar? 


O BRICS, diferentemente da OTAN, não é uma aliança militar, e na verdade está muito longe de ser.


O principal problema dos países do BRICS são as suas diferenças entre si, com a China e a Índia tendo conflitos e disputas fronteiriças há décadas; conflitos recentes na região de Ladakh, na fronteira entre esses dois países, resultaram em dezenas de mortes.


O Brasil e a Rússia são grandes exportadores de commodities, com China e Índia sendo grandes importadores, mas que exportam muita tecnologia, nisso cada membro do BRICS obtém vantagens de lados opostos.


Outro ponto crítico são os governos autoritários de Rússia e China, vistos como grandes opositores dos Direitos Humanos e da democracia, com o Brasil e Índia sendo democracias mais vibrantes no papel.


É importante lembrar que Rússia e China são membros permanentes do exclusivo Conselho de Segurança da ONU, composto por 5 membros permanentes - EUA, China, Rússia, França e Reino Unido - e 10 membros temporários, que são escolhidos através da Assembleia Geral para um mandato de 2 anos. A Rússia já expressou seu apoio para a adesão do Brasil como um membro permanente do Conselho de Segurança, mas seria necessário uma reforma nas cartas da ONU, mudança essa que só é feita através de uma Assembléia Geral.



Por esses motivos o BRICS não pode se tornar uma aliança militar (pelo menos não enquanto tiver 2 potências nucleares disputando territórios e se enfrentando), a diferença entre os membros são grandes e muito claras. 


Apesar destes desafios, os membros continuam dialogando e mantendo uma ordem dentro do bloco. 


A mudança no cenário econômico mundial


A NOM (sigla para Nova Ordem Mundial), vem sendo um dos maiores debates no meio geopolítico atual, com grandes mudanças podendo ocorrer no curto, médio e longo prazo, com essas mudanças começando a ocorrer com a subida da China como potência hegemônica global.


Diversos estudos apontam que até 2050 a China terá ultrapassado os EUA em todas as áreas da hegemonia global, com a economia chinesa superando a americana por uma ampla margem.


Outra mudança que poderá ocorrer é a substituição do dólar como principal moeda de reserva, com a moeda mais cotada para essa mudança sendo o Yuan chinês.



O sistema monetário internacional vem sendo liderado pelo dólar desde o fim da Segunda Guerra Mundial mas, após algumas décadas, outros países em desenvolvimento buscaram alternativas para ganhar maior autonomia em relação à moeda americana, resultando no surgimento do Euro em 1999.


O Euro atualmente é uma das moedas mais valorizadas de todo o mundo, utilizado por 19 países da União Europeia como sua moeda principal, com ênfase para França, Alemanha e Itália.


Alguns países da Europa optaram pela não utilização do Euro, como é o caso da Polônia e da Hungria, deixando claro que já se criaram alternativas em relação ao dólar como a principal moeda de reserva.


A China vem se tornando nos últimos anos um player cada vez mais importante no teatro monetário internacional, aplicando cada vez mais a sua moeda como forma de pagamento em diversos países, com destaque para países africanos que já negociam e pagam dívidas de grandes quantias em Yuan.


Recentemente, o Banco Central Brasileiro (BC) aumentou a participação do Yuan em suas reservas de moedas estrangeiras, aumentando para 4,99%, com os ativos em dólar caindo cerca de 5,69%, mas mantendo-se como nossa principal moeda de reserva, com sua participação representando mais de 80% de nossas reservas, seguindo pelo Euro, que também houve queda.


Vale ressaltar que mudanças como essas não são e nunca serão da noite para o dia, com todas essas informações sendo estudos, não dizendo ao certo se irá ou não ocorrer de fato. 


Outro ponto muito importante de se colocar é o crescente aumento do número de usuários do sistema de pagamentos eletrônicos chinês (Unionpay), sendo o maior sistema com número de usuários no mundo, ultrapassando até Visa e Mastercard.



Com o início da Guerra na Ucrânia, foram impostas à Rússia diversas sanções, entre elas a expulsão da Rússia do SWIFT, com a China sendo a solução, pelo menos no curto prazo, para esse problema com o UnionPay. 


Muitos analistas observam a expulsão da Rússia do SWIFT como uma péssima estratégia de longo prazo, forçando os russos a adotar o sistema chinês, aumentando ainda mais seu número de usuários e, consequentemente, criando uma alternativa para países que estão sob sanções dos EUA e Europa ou descontentes com o SWIFT por outros motivos.


Como será e quais objetivos terá esta "NOM"?


O mundo sempre passa por mudanças e nenhum império se mantém no poder para sempre.


A hegemonia americana vem caindo cada vez mais, enquanto países como a China e Índia crescem e aumentam sua influência pelo mundo.


No dia 30 de março de 2022 o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, deu uma entrevista à emissora RT onde disse que os BRICS serão o "pilar" de uma nova ordem mundial, liderada pela China e Rússia, mas com a participação de países emergentes.


Um sinal claro que indica que outros países estão olhando com bons olhos para o BRICS é o recente anuncio de que Árabia Saudita e Argentina demonstraram interesse em se tornarem membros plenos do bloco, de acordo com o Ministro Relações Exteriores da Federação Russa, Sergey Lavrov, em entrevista à RT Arabic. 


Sergey Lavrov, Ministro Relações Exteriores da Federação Russa


Em 2021, o Egito passou a fazer parte do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), marcando um importante avanço no processo de expansão global dos BRICS, que já admitiu a entrada de Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Uruguai. 


Com a possível adesão da Árabia Saudita ao bloco que será discutida na próxima Cúpula dos BRICS, a organização poderá passar a ter um representante no Oriente Médio. 


Algumas informações podem passar despercebidas pelo público, mas como já indicado acima as intenções de alguns países, a questão geográfica é muito importante, com os BRICS marcando uma presença em quase todos os continentes e polos importantes do mundo, com o Brasil representando a Ámerica (talvez com Argentina no futuro), a Rússia representando o lado na Ásia-Central, Índia e China representam a Ásia e o Extremo-Oriente, e por último a África do Sul, com a influência na África. 


O objetivo dessa mudança de poder seria para ampliar o direito internacional e no enfrentamento a sanções que são aplicadas por países ocidentais.


Com o início da invasão russa à Ucrânia, o Ocidente, em especial EUA e UE aplicaram diversas sanções em empresas russas e pessoas importantes normalmente ligadas ao governo de Putin, com a área energética sendo uma das poucas em que os Europeus não aplicaram sanções, como foi o caso da Alemanha, que depende muito das importações de gás russo para seus cidadãos.


O Nord Stream 2, ainda em construção, é um importante gasoduto que interliga a Rússia à Europa


Uma informação pouco relatada é que os países do BRICS são os maiores exportadores do mundo em praticamente todas as áreas de commodities, com a Rússia, África do Sul e Brasil exportando grãos, carnes, fertilizantes e matéria prima para quase todos países do mundo, garantindo o abastecimento global. 


China e Índia são enormes exportadores de itens tecnológicos, mão de obra, medicamentos, etc.


O mundo multipolar é isso, todos países interligados entre si, gerando uma dependência mútua, pois tanto EUA, como China e Rússia dependem um dos outros para o mundo girar.


Fontes


TASS: TASS.com


Ipea: https://www.ipea.gov.br/forumbrics/pt-BR/conheca-os-brics.html


NDB: https://www.ndb.int/dpO


Livro "BRICS" de Oliver Stuenkel: https://www.oliverstuenkel.com/thematic/bric/


Texto de Kauê Saviano Fiuza*, 'estagiário' do GBN Defense e do Canal Militarizando

*Kauê Saviano Fiuza é estudante, passou a estudar assuntos militares com seus 12 anos, tendo foco em politica, geopolitica e militarismo mundial. Escreve com maior ênfase sobre as forças armadas brasileiras e sobre veiculos, tendo grande paixão por história e geografia.


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"Guerreiro" (EsqdHS-1) completa 57 anos de atividades, conheça um pouco de sua história.

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No último sábado (28), o 1º Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino (EsqdHS-1) "Guerreiro", completou 57 anos de muitas atividades e uma rica história. O EsqdHS-1 "Guerreiro" possui uma capacidade ímpar dentre os meios aéreos com os quais dispõe nossa Esquadra. Operando o moderno SH-16 SeaHawk, um dos mais versáteis meios de asas rotativas, capaz não só de executar sua missão primária de Guerra Antissubmarina (ASW), mas também de lançar ataque a meios de superfície (ASuW), dentre outras missões.

Como tudo começou

A criação do Esquadrão HS-1 veio à reboque do contraditório Decreto nº 55.627 de 26 de janeiro de 1965, o qual tirava da Marinha do Brasil o direito de operar aeronaves de asa-fixa, restrição que perdurou até 1998, resultando na criação de algumas lacunas nas capacidades de nossa Força Aeronaval e que aos poucos vem sendo gradativamente suprimidas. 

No dia 28 de maio de 1965, através do Aviso nº 0830, o Exmo. Sr. Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra PAULO BOSISIO, determinou a ativação imediata do 1º. Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino (EsqdHS-1). 

Curiosamente, as primeiras aeronaves do esquadrão foram os Sikorsky SH-34J, transferidos pela Força Aérea Brasileira, oriundos do 2º/1º Grupo de Aviação Embarcada (2º/1º GAE), recebendo na Marinha do Brasil a designação de SH-1, carinhosamente apelidados de "Baleia", totalizando seis aeronaves (N-3001,N-3002,N-3003,N-3004,N-3005 e N-3006). A tripulação do EsqdHS-1 recebeu instrução e foi qualificada para operação da "nova" aeronave na Base Aérea de Santa Cruz, sendo instruídos pelo pessoal do 2º/1º GAE. Após concluir o período de instruções e certificações, a nova Organização Militar (OM) em julho daquele mesmo ano transladou suas aeronaves para seu novo "ninho" na recém criada BAeNSPA, também conhecida como "Macega", apelidado dado a base devido as extensas áreas de mata que circundavam então a nova Base.

Sikorsky SH-34J, denominados SH-1 pela MB, apelidados carinhosamente de "Baleia"

Em 1967 o EsqdHS-1 realizou com SH-1 N-3001 o primeiro lançamento aéreo de torpedo pela Marinha do Brasil, um importante marco que elevou a Força Aeronaval a um novo patamar de capacidade operativa com emprego de armamentos aerotransportados. 

O EsqdHS-1 passou a contar com maior capacidade com a chegada dos robustos Sikorsky SH-3D Sea King, os quais tiveram os primeiros quatro exemplares desembarcando aqui em 29 de abril de 1970, dando maior flexibilidade ao esquadrão, que agora contava com os "vetutos" SH-1 (SH-34J) e o majestoso SH-3D Sea King. 


A chegada dos novos meios também trouxe a capacidade de operar noturno com maior segurança, representando um importante ganho no leque do NAeL Minas Gerais, os quais receberam identificação N-3007, N-3008, N-3009 e N-3010, as quais posteriormente foram adicionados mais duas aeronaves, sendo N-3011 e N-3012.

Após quase nove anos de serviço, e acumulando um histórico de operação marcado por uma série de limitações operacionais, inúmeros incidentes e alguns acidentes graves, foi decidido então em 1974 desativar as aeronaves SH-34J, com EsqdHS-1 passando contar apenas com suas seis aeronaves SH-3D Sea King, as quais veriam em 1984 a chegada de quatro novas aeronave de origem italiana SH-3A Sea King (N-3013 à N-3016), estas com moderna aviônica e capacidade de empregar o temível míssil ar-superfície francês AM39 "Exocet", ao passo que as seis aeronaves SH-3D de origem norte americana foram enviadas à Agusta na Itália para passar por um extenso programa de modernização, sendo elevadas ao padrão das quatro ultimas células recebidas, recebendo a nova designação SH-3A.


A frota de "Sea King" do "Esquadrão Guerreiro" viria a aumentar em 13 de maio de 1996, quando foram recebidas via FMS seis aeronaves Sea King dos estoques norte americanos, estas aeronaves possuíam uma arquitetura de aviônica e sensores diferente do SH-3A modernizado na Itália, contando com sensores e um sonar mais moderno, levando os mesmos a ser designados como SH-3B Sea King (N-3017 à N-3019 e N-3029 à N-3031, esse "salto" do N-3019 para N-3029, se deve ao fato das nove primeiras aeronaves AH-11 Lynx do EsqdHA-1 terem recebido a identificação N-3020 à N-3028).


Uma história de pioneirismo e feitos

O Esquadrão HS-1 possui uma rica história de conquistas e feitos memoráveis, tendo o pioneirismo em seu DNA e a garra que define um "Guerreiro", contando com uma invejável folha de serviço, tendo realizado inúmeras missões, várias vezes protagonizaram resgates no mar, salvando inúmeras vidas. 

O "Esquadrão Guerreiro" também possui um vasto número de prêmios e menções honrosas. Dentre as diversas citações meritórias já recebidas, o HS-1 realizou em alto mar, a 150 milhas de Vitória, um salvamento noturno sob condições adversas, resgatando com sucesso duas vidas no dia 8 de janeiro 1989, sendo laureado por este feito pela Sikorsky Helicopter, a qual agraciou o Esquadrão HS-1 com Diploma e Distintivo "Sikorsky Helicopter Rescue Award - For skill and courage while participating in a lifesaving mission with a Sikorsky Helicopter". 

O Esquadrão foi também consagrado por duas vezes consecutivas nos anos de 1994, 1995 e novamente em 1998 com o "Prêmio Contato CNTM", outorgado pelo Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo (ComCoNTraM), que é destinado às unidades aéreas da Marinha do Brasil que mais contribuem para o controle do tráfego marítimo no país, lembrando que neste ano, o navio russo "Yantar" foi abordado no dia 17 de fevereiro por uma aeronave SH-16 do HS-1, a qual realizou esclarecimento visual e contato com navio que se encontrava em situação suspeita à 75 NM da Boca da Barra no Rio de Janeiro. 

Em abril de 1995, o HS-1 foi agraciado com a "Menção Honrosa para Unidades de Helicópteros" da Revista Aérea do Chile, pelo sucesso obtido durante uma operação de resgate no mar em maio de 1994. O Esquadrão recebeu em 1987 e 1995 o "Troféu de Segurança de Aviação" do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha (SIPAerM).

Em breve publicaremos matérias abordando mais detalhadamente os mais relevantes feitos do HS-1 ao longo desses 55 anos de história.


A "Majestade dos Mares" da lugar ao "Falcão dos Mares"


Em agosto de 2012 o Esquadrão se despediu do valente SH-3A/B Sea King, os quais foram substituídos por outra obra-prima da Sikorsky, passando a contar com o Sikorsky S-70B SeaHawk, designados SH-16 SeaHawk no Marinha do Brasil, sendo considerada uma das mais capazes aeronaves do tipo, inclusive superando em vários aspectos a variante mais moderna do tipo, o MH-16R. Inicialmente foram quatro aeronaves (N-3032 à N-3035) e posteriormente recebeu mais duas unidades (N-3036 e N-3037), estas seis aeronaves foram adquiridas novas de fábrica, e representam um enorme ganho em capacidade operacional, possuindo um vasto leque de possibilidade de emprego.

Esquadrão HS-1 destacado no PHM Atlântico na Aspirantex-2020 foto:GBN Defense


Bravo-Zulu

Ao longo desses 57 anos de muito trabalho, é uma honra poder acompanhar o trabalho desses militares que dão alma ao nosso "Guerreiro", nosso editor, Angelo Nicolaci, sempre que passa pela nossa "Macega", visita nossos esquadrões, e tem orgulho de adentrar os hangares do EsqdHS-1 e ver todo profissionalismo e empenho de nossos militares desta Organização Militar (OM), em manter-se sempre prontos para responder ao chamado de nossa pátria. Conforme ocorreu no início deste ano com a tragédia em Petrópolis, prontamente enviando uma de suas aeronaves afim de apoiar as operações de resgate.


Diante de tanta história e tradição, quero render uma justa homenagem aos "Guerreiros" de ontem e os "Guerreiros" de hoje, e parabenizo ao seu Comandante, Capitão-de-Fragata Marcelo Maffei Martins Ramos, e toda sua tripulação pelos grandes feitos do nosso 1º Esquadrão de Helicópteros Antissubmarinos ( Esquadrão HS-1 "Guerreiro"), pelo glorioso passado, escrevendo com pioneirismo, sacrifício e trabalho árduo sua valorosa história, sempre fiéis ao seu lema "AD ASTRA PER ASPERA", do latim "É árduo o caminho para os astros". 

Um Bravo-Zulu a toda essa família HS-1 "Guerreiros".


por: Angelo Nicolaci


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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Boeing e NASA concluem o primeiro voo teste da Starliner à Estação Espacial

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 A nave espacial CST-100 Starliner da Boeing pousou no campo de mísseis White Sands do Exército dos Estados Unidos no Novo México às 17h49, horário local. O retorno seguro à Terra encerra com sucesso o voo teste não tripulado para a Estação Espacial, que foi realizado para comprovar a qualidade e o desempenho do sistema de transporte antes de iniciar os voos tripulados.

 

“Realizamos um excelente voo teste de um sistema complexo, com o qual aprendemos muito ao longo de toda a jornada”, disse Mark Nappi, vice-presidente e gerente do programa Starliner da Boeing. “Quero agradecer aos colegas de equipe da NASA e da Boeing pela dedicação ao programa Starliner.”
 

O teste de voo concluído teve início em 19 de maio com o lançamento da Starliner a partir do foguete Atlas V da United Launch Alliance, da Estação de Cabo Canaveral, na Flórida. Entre as capacidades que a nave espacial Starliner demonstrou, destacamos:

  • O desempenho de ponta a ponta do foguete Atlas V e da nave espacial Starliner desde o lançamento, subida, entrada em órbita, entrada na atmosfera e pouso;
  • O software autônomo da Starliner e a operação em órbita de seu sistema aviônico, sistema de acoplamento, sistemas de comunicação/telemetria, sistemas de controle ambiental, painéis solares, sistemas de energia elétrica e
    sistemas de propulsão;
  • Capacidade de manter o controle da atitude de acoplamento, receber comandos da tripulação da estação espacial e comandar avanços e recuos durante a aproximação final da estação;
  • Carregamento da bateria, abertura e fechamento da escotilha, estabelecimento da ventilação conjunta com a estação, transferência de arquivos e transferência de carga.

Quando a Starliner completar seu próximo voo, a Boeing terá cumprido a meta da NASA de ter dois veículos comerciais para transportar astronautas de forma segura, confiável e sustentável para a estação a partir de solo americano.
 

“Com a conclusão do OFT-2, analisaremos as lições aprendidas e continuaremos trabalhando na preparação para o voo teste tripulado e certificação da NASA”, acrescentou Nappi.
 


A Boeing é uma empresa aeroespacial líder global responsável pelo desenvolvimento e fabricação de aeronaves comerciais, produtos de defesa e sistemas espaciais para clientes de mais de 150 países. Também é prestadora de serviços de manutenção e considerada uma das principais exportadoras dos Estados Unidos. A Boeing usa sua base de fornecedores globais para promover oportunidades econômicas, sustentabilidade e impacto nas comunidades. Sua equipe diversificada está comprometida com inovações no futuro e seus valores base de segurança, qualidade e integridade. Verifique as oportunidades de carreiras na Boeing neste link.


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No seu maior lançamento de satélites até o momento, a ICEYE coloca simultaneamente em órbita cinco satélites, sendo dois brasileiros

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A ICEYE, líder global em monitoramento persistente através de imagens radar e perita em soluções referentes a inundações e catástrofes naturais, lançou com sucesso cinco novos satélites SAR, dois dos quais serão operados pela Força Aérea Brasileira. Todos foram lançados na missão Falcon 9 de lançamento compartilhado de pequenos satélites via EXOLAUNCH da SpaceX, a partir de Cabo Canaveral, na Flórida. A comunicação com cada satélite já foi estabelecida com sucesso. Desde 2018, a ICEYE e a ICEYE US já colocaram em órbita 21 satélites, incluindo tanto missões comerciais quanto para clientes específicos.

Dois dos satélites lançados foram fornecidos diretamente para o Governo brasileiro, e serão operados pela FAB em suporte aos objetivos ambientais e de segurança nacional, sendo de emprego dual, ou seja, civil e militar. Devido ao tempo prevalente no Brasil, com até oito meses de céus nublados por ano, os satélites SAR, que podem “ver” o solo durante a noite ou através de nuvens, têm uma vantagem importante na coleta de informações para possibilitar ações subsequentes. Devido ao seu uso civil e militar, as imagens coletadas pelos satélites serão úteis para uma série de instituições, como Ministério da Defesa, Comandos da Aeronáutica, Marinha e Exército, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Ministério da Infraestrutura, Ministério da Justiça, Ministério das Minas e Energia, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal etc.

A constelação de satélites da ICEYE é projetada para prover aos clientes imageamento confiável e contínuo, com rápida detecção e acompanhamento de mudanças na superfície da Terra, independentemente da hora ou das condições meteorológicas. Essa capacidade é vital para emprego governamental e comercial em vários setores, incluindo seguros, resposta e recuperação por ocasião de catástrofes naturais, segurança nacional, defesa, socorro humanitário e monitoramento de mudanças climáticas.

A empresa considera que existe uma tendência mundial por parte dos governos para aproveitar e integrar totalmente as tecnologias de sensoriamento remoto em suas arquiteturas de coletas de informações. O Brasil vai se beneficiar muito da capacidade dos radares de “verem” o solo independentemente da hora e das condições meteorológicas. Através do estudo das mudanças na superfície terrestre observadas através da comparação de imagens sucessivas de uma determinada área, será possível a obtenção, em curto espaço de tempo, de informações que possibilitem o rápido acionamento da melhor resposta para cada situação específica.

“Em poucos anos, a equipe da ICEYE já lançou 21 pequenos satélites de imageamento radar, o que é uma notável feito”, declarou Rafal Modrzewski, CEO e cofundador da ICEYE. “O mundo precisa mais do que nunca dessas fontes de dados verdadeiros e objetivos. Com esse lançamento, teremos expandido o desempenho e a capacidade de fornecer suporte adicional aos nossos clientes e ao crescimento dos nossos mercados verticais, atuais e emergentes.”

“Queremos trazer o Brasil para o protagonismo que ele merece e democratizar o uso do espaço.  Vemos na região um grande potencial intelectual com diversas possiblidades de desenvolvimento de novas tecnologias. Temos total interesse em nos estabelecer no país e torná-lo um Hub para a América Latina”, comenta Ana Paula Cordeiro, diretora regional da ICEYE para América Latina para o desenvolvimento de negócios e vendas.

Ainda esse ano, a ICEYE planeja adicionar até cinco novos satélites à sua constelação, incluindo mais satélites fabricados pela ICEYE US.

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quinta-feira, 26 de maio de 2022

FAB lança os primeiros satélites do Projeto Lessonia - 1

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A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, nesta quarta-feira (25/05), às 15h25, o lançamento dos primeiros satéütes do Projeto Lessonia - 1. Os dois satélites de sensoriamento remoto radar (SRR), denominados Carcará I e Carcará II, serão lançados por meio do foguete Falcon 9, da SpaceX, no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral nos Estados Unidos.


A ação foi acompanhada a partir do Centro de Operações Espaciais (COPE). em Brasüia (DF), com transmissão. ao vivo, pelo canal oficial da SpaceX no Youtube.

O Projeto Lessonia consiste na aquisição de uma constelação de satélites de órbita baixa, de emprego dual, para atender às necessidades operacionais das Forças Armadas, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), bem como de agências govemamentais.

O sistema de imageamento do Projeto Lessonia utiliza um Sensor Ativo de Detecção capaz de gerar imagens de altíssima resolução, que podem ser obtidas a qualquer hora do dia ou da noite,independentemente das condições meteorológicas, pois o sinal emitido atravessa as nuvens. Desta forma, é possivel o monitoramento continuado de áreas de interesse do Brasil.

As imagens captadas serão utilizadas em apoio ao combate ao tráfico de drogas e mineração ilegaLl, atualização de produtos cartográficos, determinação da navegabilidade dos rios, visualização de queimadas, monitoramento de desastres naturais. vigilância da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e apoio às operações de vigilância e controle das fronteiras, entre outras capacidades.

O Projeto Lessonia integra o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE). Executado pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), ele disponibiliza produtos duais (civil e militar) a serem utilizados de forma integrada em benefício de toda a sociedade brasileira.

Buscando cumprir plenamente o programa estratégico de sistemas espaciais. no futuro, também está prevista a implantação de um conjunto de satélites, de fabricação nacional, para obtenção de imagens óticas. Ele complementará a capacidade do Ministério da Defesa de imagear o território nacional, atendendo, assim, a todas as demandas governamentais.

Características dos satélites:

Volume: 1m³

Peso: 100 kg

Painéis Solares: 5

Potência: 300W

Com imformações do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Operação Furnas 2022 - O GBN esteve no "Mar de Minas" e acompanhou cada detalhe do maior exercício já realizado em MG

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Neste mês de maio, o Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE) realizou um grande exercício de adestramento de suas tropas, com foco nas capacidades expedicionárias e o emprego de seus grupamentos operativos em ambiente ribeirinho, com a maior manobra do tipo já realizada no estado de Minas Gerais, com a terceira edição da “Operação Furnas”, que ocorreu entre os dias 12 e 18 de maio na cidade de São José da Barra – MG, e mais uma vez o GBN Defense esteve a bordo para acompanhar de perto o desenvolvimento desta manobra, em mais uma missão realizada pelo nosso editor Angelo Nicolaci, que traz para você leitor sobre as atividades de nossas tropas e a novidades que foram implementadas neste exercício.


A missão começou logo cedo, as 7hrs da manhã do dia 12 de maio, com nossa chegada a bordo do 3º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais, o “Batalhão Paissandu”, de onde partimos rumo ao teatro de operações, cruzando mais de 600km de estradas até a localidade mineira de São José da Barra, foram mais de 16 horas de trajeto, ombreando as tropas que participaram da Adest-OpRib Furnas 2022, ou “Operação Furnas 2022”.

O contingente exato envolvido no adestramento, chegou ao número de 709 militares, com a participação de grupamentos operativos oriundos de 13 Organizações Militares (OM), reunindo Operações Especiais (ComAnf), Batalhão de Combate Aéreo, Força Aeronaval e a Infantaria, que em conjunto desempenharam as mais variadas atividades propostas pelo Tema Tático que deu as diretivas ao exercício de adestramento em operações ribeirinhas. Nas palavras do CMG (FN) Max Guilherme de Andrade e Silva (Comandante do GruCon-FFE), “O Comando e Controle para juntar essas unidades e fazer com que essas engrenagens funcionassem de maneira sinérgica, foi o maior desafio para nós”...


Toda manobra de adestramento realizada pela nossa Marinha do Brasil, começa pelo menos um ano antes das tropas e meios efetivamente serem deslocados para zona de exercícios, tendo como ponto de partida a elaboração do contexto no qual as atividades serão desenvolvidas e os objetivos a serem alcançados, sendo o “Tema Tático”, o ponto chave do exercício, e este é elaborado com apoio do Comando de Desenvolvimento Doutrinário (CDD). Para elaboração do Tema Tático, é necessário que o Comando estabeleça os marcos a serem alcançados pelos envolvidos no adestramento, e como ponto de partida são estabelecidos os requisitos, objetivos e proficiência que pretende-se alcançar com o exercício, daí o Comando de Desenvolvimento Doutrinário (CDD) em coordenação com o Grupo de Controle da Força De Fuzileiros da Esquadra (GruCon-FFE), montam o cenário sob o qual serão desenvolvidas todas as atividades, assim é estabelecido o Tema Tático, o qual irá direcionar todas as ações no terreno balizadas pelos requisitos de adestramento que a FFE pretende alcançar.


Apesar de toda complexidade que está envolvida em uma manobra desta magnitude, tirar do papel tudo que foi estabelecido pelo CDD e o GruCon-FFE, para colocar em prática, não é um desafio para nossa Força de Fuzileiros da Esquadra, a qual é por vocação expedicionária, contando com uma grande capacidade de pronta resposta, composta por grupamentos operativos que tem por característica a mobilidade e capacidade de pronto emprego onde e quando se faça necessário, apoiados por uma capacidade logística eficiente provida pelo Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais (BtlLogFuzNav), o qual o GBN Defense conhece muito bem e já acompanhou importantes atividades deste que é o ponto chave da capacidade expedicionária de nossa Força de Fuzileiros. A estrutura que conta com o Componente de Comando, Componente Terrestre, Componente de Combate Aéreo e Componente de Apoio ao Serviço de Combate, uma estrutura que conforme já citamos, tem como base a capacidade de pronto emprego, capacidade expedicionária e a capacidade anfíbia, formando o conjugado anfíbio que torna possível a mobilização e realização de inúmeras tarefas com as mais variadas complexidades dentro um variado leque de cenários que podem ser desenvolvidos, e a musculatura desta capacidade é repetidamente exercitada em diversas manobras e adestramentos realizados ao longo do ano, seguindo sempre o que reza o “Tema Tático” afim de alcançar os objetivos estabelecidos para qualificação da tropa.


A escolha de Furnas como localidade das atividades desenvolvidas pelo Adest-OpRib Furnas 2022, se deve as inúmeras possibilidades de emprego que o cenário propicia, possuindo uma massa d’água quatro vezes maior que a Baía de Guanabara, região conhecida como “Mar de Minas”, com uma importante similaridade ao cenário encontrado nas regiões ribeirinhas do Brasil, torna viável a realização de um vasto número de atividades inerentes as operações fluviais e ribeirinhas, aprestando as tropas e facilitando a qualificação em diversas modalidades, como foi o caso da prática de Salto Livre Operacional (SLOP) sobre massa d’água, exercício que não era desenvolvido há um longo período devido as características deste tipo de atividade, que realizado sobre o mar, leva ao desgaste prematuro dos equipamentos envolvidos nesta atividade, algo que não ocorre quando esta atividade é feita em água doce.


O cenário de Furnas também propiciou a consolidação de uma nova doutrina de emprego, com o conceito da Base Aérea Expedicionária tomando forma na prática, onde foi aproveitado a estrutura do aeródromo de Furnas, desativado desde julho de 2011, o local conta com uma pista de 1.700m de comprimento por 30m de largura, um pequeno hangar e uma torre desativada, os quais foram ocupados inicialmente pelas forças especiais, que simularam uma tomada do local, estabelecendo a posição e garantindo a segurança do perímetro para que as equipes do Batalhão de Combate Aéreo (BtlCmbAe), que tem entre suas atribuições a montagem e operação da Base Aérea Expedicionária, mobiliassem o local e tornassem possíveis operações aéreas a partir daquele local e o controle aéreo da zona de interesse abrangida pelo exercício Furnas 2022.


O trabalho do BtlCmbAe não é fácil, o qual enfrenta inúmeros desafios para cumprir seu papel e prover instalações e a segurança do voo, conforme nos contou seu comandante, o CMG (FN) Wagner Grund Marinho, que destacou os desafios logísticos que envolvem por exemplo, transportar e alocar o combustível para as aeronaves, trasladar todo material e o pessoal necessário para montar e operar a BAE, e isso inclui também o pessoal de controle das aeronaves e de controle de voo, assim como toda logística de sustentação ao voo: abastecimento e manutenção de aeronaves, orientação em solo. Outro desafio envolve a capacitação do pessoal que irá operar a BAE, neste quesito são selecionados e enviados um grupo de militares para realizar cursos de capacitação em controle de voo junto a FAB e outras instituições, para garantir maior eficiência e segurança ao se desdobrar meios aéreos em qualquer ponto do território nacional e mesmo no exterior se assim for exigido. Após o BtlCmbAe dar o pronto nas instalações e ativar a BAE, e á hora da chegada dos meios aéreos destacados, os quais são incumbidos de prestar apoio aéreo aproximado, apoiar a infiltração de forças especiais, transporte de tropas, reconhecimento e ataque a supostas posições inimigas.


O Destacamento Aéreo presente na “Operação Furnas 2022”, foi composto por duas aeronaves UH-15 “Super Cougar” do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-2 “Pégasus”), uma aeronave UH-12 “Esquilo” do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-1 “Águia”), que realizaram as mais variadas missões tanto de dia, como de noite.


Neste conceito ficou marcante a grande capacidade de se desdobrar e operar em segurança meios aéreos em zonas de interesse da Força Naval, uma importante amostra da sinergia entre o Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav) e o Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE), através da operação de unidades aéreas e apoio as operações terrestres e ribeirinhas, bem como a proteção oferecida pelo contingente terrestre as operações aéreas (como por exemplo, a operação de mísseis superfície-ar MSA Mistral na defesa aérea das instalações).

A partir da Base Aérea Expedicionária (BAE) também foram lançadas operações de reconhecimento com aeronaves remotamente pilotadas (ARP), as quais realizavam missões de esclarecimento e monitoramento do teatro de operações, no qual durante um dos cenários desenvolvidos, localizou e acompanhou o movimento de “forças inimigas” possibilitando uma pronta resposta a ameaça, apoiando a cadeia de comando e controle tanto nas ações progressivas como defensivas, sendo um importante ativo as operações do componente terrestre e forças especiais, uma importante capacidade no moderno campo de batalhas do século XXI.


Já na localidade conhecida como “Prainha”, a Força de Fuzileiros da Esquadra realizou um grande número de oficinas e atividades de adestramento e qualificação dos envolvidos nesta edição da “Operação Furnas 2022”, onde conversamos com Comandante do 3º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais, “Batalhão Paissandu”, o CMG (FN) Casquilho, que nos contou um pouco sobre a atuação do seu batalhão neste adestramento de operações ribeirinhas, o qual deslocou um contingente de cerca de 200 militares para o adestramento. Entre os desafios em ambiente ribeirinho, ele destacou que o próprio ambiente operacional é um desafio, com a predominância de rios, e o ambiente aquático é desafiador para se manter um alto nível operacional das tropas, pois exige muito dos militares que operam neste ambiente.


Nós acompanhamos diversas oficinas promovidas para capacitação da infantaria, dentre elas conhecemos um pouco sobre as características da “Natação Utilitária” e as técnicas de transposição que são em geral empregadas pelas tropas no ambiente ribeirinho, como  por exemplo, a técnica “Espinha de Peixe”, esta possibilita que as tropas transporte através de rios, lagos ou qualquer corpo d’água seu equipamento por longas distâncias, já a técnica “Pelota” também empregada em transposição de longas distâncias, utiliza matérias encontrados na região, como galhos, bambus, troncos e mesmos folhas, que são empregados para aumentar a flutuabilidade de materiais mais pesados transportados pelos militares, já a técnica de “Cabo Submerso” é utilizada para transposição de distâncias mais curtas, auxiliando o militar a atravessar com maior velocidade e segurança, sendo a “Natação Utilitária” de extrema importância na qualificação do militar que opera no ambiente ribeirinho, permitindo ao militar se deslocar bem no ambiente aquático, e nos batalhões e unidades são muito empregados os adestramentos de “natação utilitária” para numa situação como essa o militar precisa estar pronto para nadar com seu equipamento e a vestimenta, o que dificulta bastante.


Também foram realizadas oficinas de Patrulha Fluvial e Desembarque Ribeirinho, duas práticas fundamentais para o emprego de tropas neste ambiente operacional, o preparo começa ainda nos batalhões de infantaria, culminando em manobras como a “Operação Furnas”, ocasião em que se recebe instrução em campo, abordando pontos importantes, como orientação, onde os militares se qualificam a fazer a partir de uma embarcação a orientação no terreno utilizando de pontos notáveis. Os militares do Batalhão Paissandu participaram de várias oficinas e qualificações, como Escola de Embarcações de Transporte de Tropas (ETT), onde receberam instruções sobre as particularidades de operar e manutenir esse meio, conhecendo suas limitações e pontos fortes, técnicas de desembarque ribeirinho, nesta foram simulados assaltos ribeirinhos e resposta a emboscadas, Escola de Embarcações de Desembarque Pneumáticas (EDPN) esse curso ministrado por militares do Batalhão Tonelero (ComAnf), a própria natação utilitária que já foi citada anteriormente, técnicas de infiltração por meio aéreo com técnica de rapel e helocasting, tudo isso para capacitar ao máximo as tropas de maneira a alcançar o máximo de eficiência em operações no ambiente ribeirinho, concluindo a prontificação do Batalhão Paissandu como Força de Emprego Rápido da Força de Fuzileiros da Esquadra.


Ainda na “Prainha” ocorreram variados exercícios e oficinas voltados a qualificação de operadores das forças especiais, os famosos Comandos Anfíbios do Batalhão Tonelero, dentre os objetivos do exercício, estavam o incremento do expertise em infiltração aérea e aquática, principalmente noturna, para alcançar este objetivo foram realizados  adestramentos com técnicas de infiltração através com apoio de meios aéreos, com técnicas de “Rapel”, “Helocasting” e “Tetheared Duck”, onde praticaram primeiro a luz do dia e depois de capacitados, os operadores realizaram a qualificação noturna, atingindo um dos objetivos previstos. Foram objetos de qualificações variadas modalidades de mergulho com equipes de mergulhadores. Outro importante objetivo elencado foi a aplicação dos Elementos de Operações Especiais (ElmOpEsp) na estrutura do Grupamento de Operações Especiais (GOpEsp), que consistiu em fazer o Batalhão trabalhar como Estado-Maior, detalhando ainda mais as demandas de operações especiais e tirando um pouco da preocupação do comandante de grupamento operativo de realizar a parte de preparação das operações especiais, deixando essa parte para o GOpEsp e passando a se concentrar diretamente na execução da missão em si.


Foram realizadas diversas ações de comandos, onde vários cenários foram simulados, desde a tomada de posições inimigas, passando pelo controle de acesso a áreas de interesse, bem como ações de reconhecimento, infiltração através de salto livre operacional com apoio tanto de aeronaves como o UH-15 “Super Cougar” como UH-12 “Esquilo”. O comandante do Batalhão Tonelero, CMG (FN) Aristone, nos recebeu em suas instalações e apresentou um pouco sobre as atividades realizadas e as inovações implementadas neste exercício.




A “Operação Furnas 2022” também representou um importante ganho ao preparo das tripulações que operam o Carro sobre Largarta Anfíbio (CLAnf) do Batalhão de Viaturas Anfíbias (BtlVtrAnf), os quais tiveram a oportunidade de operar no ambiente ribeirinho, que apresenta desafios e características completamente diferentes do que se encontra nas operações de desembarque anfíbio comumente realizadas na costa, realizando o movimento navio-terra abicando em praias e avançando sobre terra. Neste novo cenário, as tripulações tiveram de lidar com obstáculos comuns as operações fluviais, as características dos barrancos nas encostas de rios e lagos, além da flutuabilidade e demais características ribeirinhas.


O CLAnf é um meio que oferece a tropa capacidade de transposição de obstáculos e proteção aos seus ocupantes, além de garantir poder de fogo durante o assalto ribeirinho dentre outras qualidades, e conversamos com o Tenente De Oliveira, que nos contou um pouco mais sobre a atuação do CLAnf neste ambiente operacional, e será publicado em nosso próximo artigo.


As tropas também foram adestradas em conjunto com a Delegacia Fluvial de Furnas, com a realização de oficinas sobre Visita e Inspeção de embarcações, recebendo instruções sobre as técnicas de abordagem e revista de embarcações, assim como procedimentos em caso de desacato ou resistência por parte dos ocupantes da embarcação a ser abordada pelo Grupo de Visita e Inspeção (GVI) que pode resultar no emprego do Grupo de Presa (GP), este entrando em ação caso seja necessário conduzir a embarcação e sua tripulação as autoridades no porto.

O Ápice da “Operação Furnas 2022”, ocorreu no dia 16 de maio, quando foi realizada a Demonstração Operativa (DemOp), ocasião na qual fora apresentado as autoridades civis e militares presentes, como também a população local, uma simulação que demonstrou o emprego prático de tudo que foi realizado durante a manobra, contando até mesmo com duas passagens de aeronaves AF-1 Skyhawk do Esquadrão VF-1 “Falcão”, que simularam duas surtidas de ataque e apoio aéreo aproximado em apoio as tropas em solo, vetorados pelo Guia Aéreo Avançado (GAA), atividade que abordaremos em nossos próximos artigos. Os presentes tiveram uma pequena amostra da magnitude de tudo que foi realizado ali em São José da Barra neste curto período de adestramento, mas que foi suficiente para qualificar nossas tropas para operar neste que é um dos importantes biomas brasileiros.

Após a DemOp, foi realizada uma coletiva com a mídia presente, com a mesa formada pelo Comandante de Operações Navais, Alte.Esq. Marcos Sampaio Olsen, o Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, V.Alte Carlos Chagas, Comandante do 1° Distrito Naval, V.Alte Eduardo Machado Vazquez, e o Delegado Fluvial de Furnas, Capitão de Corveta Hebert Bruno da Cunha França, que falaram sobre a presença da Marinha em Furnas com esta terceira manobra, a qual é a maior do tipo já realizada no estado de Minas Gerais, e responderam as perguntas dos jornalistas.


O Alte.Esq Marcos Sampaio Olsen, ainda assistiu demonstrações noturnas e na manhã seguinte embarcou rumo ao Rio de Janeiro, embarcando numa aeronave King Air pertencente ao governo de Minas, a qual pousou na Base Aérea Expedicionária, demonstrando mais uma vez a capacidade de operações aéreas da FFE, sendo capaz de operar tanto aeronaves de asas rotativas, como de asa fixa.


Nós realizamos diversas entrevistas e retornamos com a bagagem cheia de conhecimentos e informações, os quais o leitor em breve poderá disfrutar em nossos próximos artigos e matérias.


Por Angelo Nicolaci


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