Entre os dias 4 e 9 de abril, a Marinha do Brasil
realizou a “Operação Poseidon 2022”, coordenada pelo Comando da 2ª Divisão da
Esquadra, o exercício no âmbito do programa de interoperabilidade promovido
pelo Ministério da Defesa, sendo mais uma etapa do programa de exercícios que
visam ampliar a capacidade e padronizar procedimentos operativos e de
manutenção das aeronaves H225M pelas Forças Armadas do Brasil. Desta vez a
plataforma escolhida foi o Navio Doca Multipropósito “NDM Bahia”, e o cenário
foi o oceano atlântico, numa área compreendida entre a cidade do Rio de Janeiro
e Cabo Frio, operando a maior parte do tempo a aproximadamente 25nm (25 milhas
náuticas equivalem a cerca de 46km) ao largo da região dos lagos.
Com foco na qualificação das tripulações e equipes
de apoio da Força Aérea Brasileira e Exército Brasileiro nas operações aéreas
embarcadas, tendo como vetores as aeronaves Airbus/Helibrás H225M, escolhidas
devido a padronização do equipamento entre as três variantes operadas no
Brasil, com as três variantes contando com suíte aviônica integrada pela AEL
Sistemas, facilitando a adaptação e qualificação das equipagens, o que seria
muito mais complexo e difícil em outros tipos de aeronaves, como por exemplo o
Sikorsky Black/Sea Hawk, apesar das células operadas no Brasil terem muita
similaridade no aspecto externo, a aviônica e diversos outros componentes são
bem distintos, o que dificulta cambiar tripulações destas entre as variantes
operadas no Brasil.
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As três variantes do H225M, da esquerda para direita: HM-4 "Jaguar", UH-15 "Super Cougar" e H-36 "Caracal" no convoo do NDM Bahia - Foto: Nicolaci |
A “Operação Poseidon 2022” contou com a
participação de cerca de 900 militares das três forças, marcando a continuidade
deste adestramento que chega a sua terceira edição, nesta a grande mudança está
ligada a mudança da plataforma, diferente das duas primeiras edições, nas quais
as aeronaves das três forças operaram a bordo do Navio Aeródromo Multipropósito
“NAM Atlântico”, agora o nível de dificuldade foi aumentado, com as aeronaves
passando a operar a bordo do Navio Doca Multipropósito “NDM Bahia”,
representando um novo desafio as asas rotativas envolvidas na qualificação em operações
aéreas embarcadas.
O NDM Bahia é o mais importante navio de
desembarque anfíbio da Marinha, contando com a capacidade de operar duas
aeronaves em simultâneo, além de realizar desembarque de viaturas anfíbias e
embarcações de desembarque de veículos e pessoal (EDVP), sua capacidade de
múltiplo emprego conta com uma incrível estrutura hospitalar, o que o torna um
importante ativo nos mais variados cenários de emprego do poder naval, seja em
caso de conflito ou missões humanitárias.
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A mídia especializada estava presente, da direita para esquerda: Nicolaci - GBN Defense, Camões - Defesa News e Welther - AeroDefesa |
O GBN Defense embarcou em mais essa importante
missão, com nosso editor Angelo Nicolaci acompanhando de perto toda rotina a
bordo e você vai conferir conosco uma série de matérias especiais, nas quais
você conhecerá uma pouco mais sobre essa importante operação e também os bastidores
da vida a bordo de um dos mais importantes meios de superfície da Marinha do
Brasil.
Exercícios ainda na Baía de Guanabara
Pouco após suspender (desatracar) do Arsenal de
Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), a tripulação do NDM Bahia já se viu diante do
primeiro exercício, com o toque de postos de combate e a simulação de navegação
sob ameaça assimétrica na saída do porto, neste exercícios atuaram não apenas
os militares a bordo do nosso navio, mas duas embarcações da capitania dos
portos (CPRJ), que escoltaram o NDM Bahia sob “ameaça assimétrica”, o suposto
inimigo neste exercício foi uma embarcação autônoma em avaliações pelo Centro
de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), a qual tentou diversas investidas
contra o NDM Bahia, vindo de diversas direções e realizando várias manobras
para tentar romper o perímetro de segurança criado pelas duas embarcações da
CPRJ que interceptaram a embarcação “hostil”, enquanto ao mesmo tempo a bordo a
tripulação realizava os protocolos de segurança com jato de água e advertências
a embarcação “hostil”.
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Simulação de navegação sob ameaça assimétrica |
A nova embarcação autônoma se mostrou uma excelente
performance, e apesar de contar com militares a bordo, esta foi controlada
remotamente, cumprindo mais uma etapa dos testes de avaliação.
Navegando em Águas Azuis
Após deixar a Baía de Guanabara, singramos para
nossa zona de operações acompanhados pela Fragata Independência (F44), nosso
navio de escolta da Classe Niterói, que contava a bordo com uma aeronave UH-12 “Águia”
do EsqdHU-1. Grande parte do tempo as operações foram realizadas no través da
cidade de Saquarema, onde recebemos a bordo as aeronaves que iriam compor nosso
Destacamento Aéreo Embarcado (DAE), composto inicialmente por uma aeronave
AH-15B “Super Cougar” do EsqdHU-2 “Pégasus” da Marinha do Brasil, foi a
oportunidade de conhecermos de perto a variante desenvolvida para atender aos
requisitos da Marinha do Brasil, a qual pode lançar misseis Antinavio AM39 Exocet,
operando a bordo do NDM Bahia. Ainda recebemos uma aeronave HM-4 “Jaguar” do Exército
Brasileiro (1ºBAvEx) e uma aeronave H-36 “Caracal” da Força Aérea Brasileira
(1º/8ºGAv – 3º/8ºGav).
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Aeronave AH-15B "Super Cougar" chega a bordo do NDM Bahia |
A rotina a bordo é puxada, muita coisa ocorre em
simultâneo, é um verdadeiro frenesi, enquanto se desenvolvem as operações
aéreas, existem equipes responsáveis por manter tudo funcionando, e vai desde a
manutenção do navio e seus sistemas, até a produção das refeições e
planejamento das operações a bordo, e no meio disso tudo ainda são “tocados”
diversos exercícios, essa é a parte mais interessante, você está calmamente
caminhando pelos corredores quando de repente o fonoclama anuncia um exercício
de combate a incêndio ou controle de avarias, e acompanhamos a agilidade e
presteza dos envolvidos em guarnecer seus postos e responder a suposta ameaça,
o tempo de resposta é curtíssimo, e isso é algo comum na rotina a bordo de
qualquer um dos navios de nossa Marinha do Brasil, pois o treinamento contínuo
é a chave do sucesso.
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Para manter toda tripulação e destacados é preciso uma capacidade industrial para alimentar todos a bordo, milhares de pães são assados todos os dias |
Recentemente foi noticiado o sinistro com cruzador
de misseis russo “Moskva”, e o mesmo apresentou deficiências no que diz
respeito a capacidade de tomada de decisão, resposta a ameaça e aos
procedimentos de Controle de Avarias (CAv) e Combate a Incêndio (CBInc), e
neste sentido podemos afirmar que a Marinha do Brasil possui um alto nível de
preparo para lidar com os mais variados cenários.
Além destes exercícios, são levados a cabo vários outros,
que incluem navegação sob ameaça de superfície, navegação sob ameaça aérea,
navegação sob ameaça assimétrica (este muito importante no cenário que vem
ganhando espaço no Golfo da Guiné e outros locais no mundo com aumento da atividade
pirata), Ameaça Cibernética dentre outros exercícios.
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Exercício de SAR estava entre os diversos realizados a bordo |
O Objetivo da Poseidon – Qualificar as equipagens
de voo
A principal atividade a bordo, e foco da Operação
Poseidon, a qualificação dos pilotos do Exército Brasileiro e Força Aérea
Brasileira nas operações aéreas embarcadas, foi dividida em três etapas:
Demonstração, Formação e Consolidação, as quais seriam realizadas nos spots “A”
(Alfa) e “Z” (Zulu) do NDM Bahia, com uma soma de 34 pousos e decolagens por
cada um dos pilotos a serem qualificados. O desafio é grande e exige total
concentração dos envolvidos, principalmente no que se refere a operação no Spot
“Z”, este localizado a ré do convoo, posicionado abaixo do mesmo e com
características que requerem muita atenção dos pilotos, seja pelo “ar sujo”
(uma vez que o “Z” fica abaixo do convoo e atrás das chaminés da propulsão do
navio e com a garagem de veículos que faz com que a sustentação em voo pairado
exija mais “braço” do piloto para manter a posição e razão de descida ou subida
da aeronave).
Antes de chegar a fase de pousar a bordo, os pilotos passam por instruções no solo, esse processo aconteceu na BAeNSPA (Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia), ocasião em que os envolvidos aprenderam a fraseologia própria das operações embarcadas, além de conhecer o balizamento feito pelos orientadores, os famosos "coletes amarelos", que são primordiais para segurança das operações.
A primeira etapa da qualificação é denominada “Demonstração”,
que consiste na sequência de três pousos e decolagens em cada um dos spots,
nesta primeira fase com piloto da Marinha do Brasil ocupando a posição P1 e o
piloto a ser qualificado na posição P2, onde o aviador naval passa a instrução prática
dos procedimentos de pouso e decolagem em cada um dos spots.
A segunda etapa é denominada “Formação”, esta
consiste na troca de posições dentro do cockpit do H225M, onde o piloto a ser
qualificado passa a ocupar a posição P1, assumindo assim o controle dos
comandos de voo e conduzindo os pousos e decolagens sendo orientado pelo piloto
da Marinha na posição P2, nesta fase são realizados oito pousos e decolagens
nos dois spots do navio.
A Terceira e última etapa é denominada “Consolidação”,
sendo neste momento que as posições P1 e P2 são ocupadas pelos pilotos que
foram submetidos as etapas anteriores, estando agora aptos a comandar as
operações de pouso e decolagem a bordo, desta vez o piloto da Marinha apenas
atua como backup, ocupando a posição P3 sem interferir nas ações de pouso e
decolagem, exceto em caso de necessidade. Esta fase é a mais desafiadora para
os novos “aviadores navais”, uma vez que estão realizando pela primeira vez o
voo “solo”, lembrando que o pouso a bordo possui características totalmente
diferentes das que encontramos nos pousos e decolagens em terra, com navio
apresentando entre suas diferenças o movimento do convoo, as características de
vento e a estrutura encontrada a bordo do navio, um fator que requer atenção e
destreza por parte das equipagens. Nesta última fase os pilotos realizam uma
série de seis pousos e decolagens nos dois spots.
O Objetivo da Poseidon – Qualificar as equipagens
de apoio
Apesar de todos operarem praticamente a mesma
aeronave, com algumas diferenças apenas entre elas, como por exemplo, a
ausência de flutuadores na variante operada pelo EB, o que requer uma atenção
extra quando se opera sobre o mar (uma curiosidade, as aeronaves do EB não
podem operar além das 50nm, esta limitação é dada em face da ausência de
flutuadores em suas aeronaves e permite que a mesma tenha autonomia apara
alterna para um ponto em terra no caso de panes ou danos as mesmas), a
padronização do equipamento torna muito simples a adaptação e operação das
aeronaves Airbus/Helibrás H225M pelas equipagens envolvidas em cenário de ação
conjunta, o que facilita e simplifica a logística de componentes e ferramental
para manutenção, além das equipes de apoio receberem a mesma qualificação na
manutenção desta aeronave, o embarque das equipagens de apoio das três forças
compondo o DAE, foi uma ótima oportunidade para troca de conhecimento e
padronização de procedimentos, como a peação das aeronaves no convoo e o
processo de hangaragem das mesmas no navio, algo que reque algo incomum no EB e
na FAB como a necessidade de “pentear as pás do rotor principal” das aeronaves.
Outro processo importante é o reabastecimento a bordo, atividade que requer uma série de protocolos de segurança, sendo um dos momentos mais críticos da operação de aeronaves a bordo, muito diferente do que acontece nas bases aéreas, onde há muitos recursos e o risco de incêndio representa uma ameaça muito menor do que a bordo de um navio.
Ao final do dia é chegada a hora de fazer a lavagem e dessalinização da aeronave antes de movimenta-la para o hangar. Já dentro do hangar as equipes realizam as checagens e manutenções que sejam necessárias para que as aeronaves estejam aptas a retomar as operações na manhã seguinte.
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Após o pouso é hora de pear a aeronave |
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Faina de reabastecimento, apesar de parecer simples, envolve inúmeros riscos, contudo os protocolos de segurança previnem acidentes |
Aeronave peada e aguardando os procedimentos para ser hangarada
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Após finalizar as operações aéreas, é hora das equipes no convoo garantirem que as mesmas estejam prontas para o dia seguinte, desanilização do H-36 |
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Equipens da FAB tiveram a experiência de "Pentear" as pás do rotor principal, atividade incomum para esses militares |
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Equipe do EB realiza o procedimento de "Pentear" as pás do rotor principal, manobra que requer alguns cuidados |
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Vamos colocar os felinos na sua toca? Processo de hangaragem das aeronaves |
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Dentro do hangar, agora é hora de checar a aeronave e deixar apta para operar na manhã seguinte |
Interoperabilidade - Salto Livre Operacional (SLOp)
Em paralelo as operações aéreas embarcadas ao largo
de São Pedro da Aldeia, ocorreu o “Adestramento Conjunto de Salto Livre
Operacional” (SLOp), este exercício reuniu operadores das forças especiais das
três forças singulares, sob coordenação do Comando Naval de Operações Especiais (CoNavOpEsp), tendo entre os
participantes operadores do ComAnf (Comandos Anfíbios) GruMeC (Grupamento
de Mergulhadores de Combate) da Marinha do Brasil, COMANDOS do EB e o
EAS/PARA-SAR da FAB, o exercício envolveu diversas manobras conjuntas entre as
forças especiais a partir do Complexo Naval de São Pedro da Aldeia, mas o ápice
deste exercício com certeza foi o movimento aerotransportado destes militares para
bordo do NDM Bahia, onde conheceram as particularidades de operar a partir de
meios de superfície para infiltração de FEs, os quais embarcaram nas aeronaves
H225M envolvidas na “Operação Poseidon 2022” completamente equipados para o
salto livre operacional na “zona de interesse” a uma altitude superior aos 10
mil pés, demonstrando a sinergia entre as tropas e a versatilidade de emprego
das asas rotativas, apesar da baixa visibilidade na zona de salto, todos
militares conseguiram realizar o SLOp.
FOTEX
Na manhã de sexta-feira (8), nosso editor embarcou na aeronave UH-15 "Super Cougar" registro N-7102 para realizar tomada de fotos aéreas do NDM Bahia, um verdadeiro presente para nosso público. E as imagens vocês conferem abaixo com trabalho do Nicolaci.
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Nosso editor cumprindo a missão de fotografar o NDM Bahia do alto... |
Cerimonial á Bandeira
Ao pôr do Sol da sexta-feira (8), foi realizado o Cerimonial á Bandeira, onde os militares a bordo formaram no spot "Zulu", onde ao entoar do Hino Nacional Brasileiro, nossa bandeira é arriada, uma tradição naval, onde participaram os oficiais generais presentes a bordo, além de oficiais e praças. Você confere algumas imagens capturadas pelas lentes do Nicolaci abaixo:
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Alte.Esq Marcos Sampaio OLSEN - CON |
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V.Alte Arthur Fernando BETTEGA - ComemCh |
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Brig. Madureira - FAB |
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C.Alte Fonseca Junior - ComForAerNav |
Desfile Naval
Após concluirmos com sucesso a qualificação de 4
pilotos para operações aéreas embarcadas, a “Operação Poseidon 2022” chegava ao
fim, mas ainda haveria uma importante atividade, os preparativos para as
comemorações da Independência do Brasil, que neste ano completa 200 anos. E
neste bicentenário, está prevista a realização de um grande desfile naval, o
qual deverá contar além dos meios navais brasileiros, com diversos navios de
marinhas amigas.
O ensaio para o 7 de Setembro foi realizado na orla
do Rio de Janeiro, com um desfile naval que contou com a participação do NDM
Bahia e a Fragata Independência, além da participação do Capitânia da Esquadra “NAM
Atlântico” que realizava desde a quinta-feira (7) uma série de testes com seu
sistema de propulsão. Apesar de apenas três navios desfilarem na manhã
ensolarada de sábado (9), uma cena inédita pode ser registrada, pela primeira
vez foi realizado o voo em formação de três aeronaves H225M operadas pela MB,
EB e FAB sob o mar, sendo uma síntese de nossa capacidade de interoperabilidade.
Agradecimentos
do Nicolaci
Após
seis dias embarcado a bordo do “Gigante da Esquadra”, como é carinhosamente
chamado pela tripulação o NDM Bahia, levo para terra na bagagem novas
experiências, conhecimentos e principalmente novos amigos, não podemos deixar
de agradecer a todos envolvidos na “Operação Poseidon 2022”, os cerca de 900
homens e mulheres que dedicam suas vidas a defesa da pátria, estes que
considero os nossos verdadeiros heróis, como posso citar aqui os nossos
aviadores navais do Esquadrão HU-2 “Pégasus”, os quais estão sempre prontos a
atuar onde seja necessário, lembrando das recentes missões de resgate e apoio
realizadas após as tempestades que assolaram o sul da Bahia e mais recentemente
a cidade de Petrópolis na região serrana do Rio de Janeiro, seria injusto eu
citar nomes, pois poderia incorrer no erro de esquecer de citar algum desses
bravos militares que nos representam, mas cito o EsqdHU-2 “Pégasus” como uma das
diversas unidades de excelência dentre todas que realizam as mais complexas
missões. Temos que agradecer a todo pessoal do Comando da 2ª Divisão da
Esquadra, que sob comando do Contra-Almirante André Luiz de Andrade Felix, tornaram possível a realização deste importante
exercício, onde pude conviver durante estes seis dias com profissionais de
excelência, assim como ao Comandante em Chefe da Esquadra, Vice Almirante Arthur
Fernando Bettega Corrêa e ao Comandante de Operações Navais,
Almirante de
Esquadra, Marcos Sampaio Olsen.
Não podemos
deixar de dar um “Bravo-Zulu” a toda tripulação do NDM Bahia, que se mostra eficiente
e extremamente prontos para responder a qualquer missão, sob o comando do CMG Cássio Reis de Carvalho, que nos
recebeu a bordo e nos possibilitou realizar nosso trabalho de conhecer e mostrar
ao público todo preparo e capacidade de nossa Marinha do Brasil.
Um forte abraço aos destacados pelo Exército
Brasileiro e pela Força Aérea Brasileira, que nos passaram um pouco sobre seus
desafios nessa missão. E claro, obrigado aos nossos parceiros, como a AEL
Sistemas, que é responsável pela integração da suíte aviônica das aeronaves
H225M operadas pelo Brasil, além de atuar em diversos programas estratégicos de
defesa, tendo apoiado e confiado em nosso trabalho, até a próxima missão!
Mas não paramos por aqui, este é apenas o
primeiro de vários artigos que você irá desfrutar sobre nossa participação na “Operação
Poseidon 2022”, vem muito mais pela frente, você irá conhecer conosco e nosso
parceiro DefesaNews os bastidores da operação, conhecemos como funciona a
alimentação a bordo, visitamos o hospital do NDM Bahia, conversamos com a SO
Walkiria, primeira mulher do corpo de praças a embarcar em um dos navios da
esquadra, isso só pra começar, então aguarde e lembre-se, a informação começa
aqui!!!
Texto e imagens: Angelo Nicolaci
GBN Defense - A informação começa aqui