sábado, 26 de fevereiro de 2022

FAB vai mandar dois KC-390 para evacuar brasileiros da Ucrânia

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Com o agravamento do conflito na Ucrânia, a FAB anunciou hoje (26/02) que vai enviar duas aeronaves KC-390 para evacuar os brasileiros que estão na região.

O KC-390 é o maior e mais importante meio de transporte da Força Aérea Brasileira, e já foi usado em missões humanitárias no Líbano e no Haiti.

Com informações da Força Aérea Brasileira

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Nota à imprensa do Ministério das Relações Exteriores

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O Governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia.

O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil.

Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias.

Com informações do Ministério das Relações Exteriores

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URGENTE! Rússia ataca a Ucrânia

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No dia 22, a Rússia reconheceu a independência das regiões separatisras de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia e junto à fronteira da Rússia, e aprovou um pedido de apoio militar destas 'novas repúblicas'.

Na madrugada entre os dias 23 e 24, a Rússia efetuou uma série de ataques por terra, mar e ar contra diversas posições da Ucrânia, não se limitando apenas às regiões separatistas em Donbass, mas atacando até no extremo oeste do país, em Lviv, e na capital Kiev.

Há relatos de aeronaves e blindados abatidos de ambos os lados, e áreas residenciais da Ucrânia já foram atingidas, inclusive com baixas civis.


A Rússia alega que, como resultado dos seus ataques, 74 posições da infraestrutura militar da Ucrânia foram desativados, incluindo 11 aeródromos da Força Aérea, 3 postos de comando, uma base naval e 18 estações de radar dos sistemas de defesa aérea S-300 e Buk M1.

A situação é bastante dinâmica, mas vamos mantê-los atualizados!

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Mais de mil militares das Forças Armadas atuam no atendimento às vítimas das enchentes em Petrópolis

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Mais de mil militares das Forças Armadas atuam no apoio às vítimas das enchentes no município de Petrópolis (RJ). Em atuação conjunta com os demais órgãos federais e locais, estão sendo empregados 130 equipamentos, incluindo viaturas, ambulâncias, tratores e helicópteros, utilizados, principalmente, na desobstrução de vias, no atendimento médico de feridos, na busca por sobreviventes e desaparecidos, na distribuição de donativos e medicamentos, e no transporte de pessoas. As Forças Armadas prestam socorro às vítimas desde o dia 16 de fevereiro, quando foi estabelecido o Comando Conjunto Leste, conforme a normativa do Ministério da Defesa.

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Militares da Engenharia do Exército realizaram desobstrução das vias que ligam os bairros Valparaíso e Bingen, na Zona Oeste da cidade; e das avenidas Portugal, Chácara Flora e Caxambu. Retroescavadeiras, caçambas, carregadeiras e motosserras foram utilizadas na retirada de lama, troncos soltos e vegetação. As ações seguem, diariamente, e já alcançaram 15 vias públicas. De forma integrada, foi realizado, ainda, o transporte de 1.400 colchonetes e 12 toneladas de roupas para os desabrigados.

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Um caminhão da Marinha transportou, de São Paulo a Petrópolis, cerca de 25 toneladas de donativos. Em paralelo, equipe de fuzileiros navais, realizou, também, ações para desobstrução de vias, além de controle de trânsito em avenidas do município serrano. No hospital de campanha da Força Naval, foram realizados, até o momento, 540 atendimentos médicos. São disponibilizadas as seguintes especialidades: cirurgia geral de baixa complexidade, ortopedia, clínica médica, pediatria e odontologia. 

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A Força Aérea Brasileira (FAB) transportou mais de 11 toneladas de suprimentos, como alimentos, água, roupas e materiais de higiene. Desde o dia 17, a FAB tem como principal missão operar uma Rádio Aeronáutica no município. Para tanto, já realizou a instalação de equipamentos, tais como uma antena remota, para controle satelital; analisadores de espectro; rádio; e gravadores de comunicação. O objetivo é contribuir para o monitoramento do tráfego aéreo na região. 

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Os militares apoiam, ainda, a Defesa Civil no vasculhamento em áreas afetadas por deslizamentos, no restabelecimento de energia, na limpeza de vias, nas atividades logísticas, e na poda e corte de árvores que apresentam risco.

Com informações do Ministério da Defesa

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Petrópolis recebe apoio emergencial das Forças Armadas

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O Ministério da Defesa (MD), por meio das Forças Armadas, em cooperação com a Defesa Civil, presta assistência à população da cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro (RJ). Desde a última terça-feira (15), o município enfrenta fortes chuvas e enchentes. O grande volume de água causou deslizamentos, que desabrigaram centenas de famílias e resultaram em mais de 100 mortes confirmadas até o momento. Portaria assinada pelo MD estabelece os esforços conjuntos e a atuação de cada uma das Forças. Até o momento, foram empregados 800 militares.

Em pronta resposta, a Marinha do Brasil enviou uma equipe de Fuzileiros Navais para a região serrana do Rio. Durante toda a madrugada desta quinta-feira (17), os militares atuaram na desobstrução das principais vias atingidas, como a do bairro Valparaíso. E construíram, ainda, um hospital de campanha para atendimento rápido às vítimas, com o objetivo de apoiar o Sistema Público de Saúde. As instalações contam com 12 leitos de enfermaria, três estações de atendimento ambulatorial, médicos, enfermeiros e farmacêuticos.

Já o Exército, por meio do 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, disponibilizou militares e cinco caminhões operacionais, além de ambulâncias e equipes de primeiros socorros, para apoiar os resgates, distribuir donativos, vasculhar áreas e auxiliar os desabrigados recebidos em uma escola da região. Foi realizado o emprego do maquinário do 1° Batalhão de Engenharia de Combate, que contribuiu para a liberação da Rua Dom Pedro, que servirá como alternativa para o acesso à cidade.


A Aeronáutica, também, emprega esforços para amenizar os impactos causados pelo desastre ambiental. Na manhã desta quinta-feira (17), foram enviados a Petrópolis materiais de assistência. A Força Aérea Brasileira montou um centro de controle de tráfego aéreo, que fará a coordenação do deslocamento de aeronaves, principalmente, as rotativas, que apresentam trânsito intenso no momento.

Em reunião com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, realizada nesta tarde, foram alinhadas as formas de solicitação para o emprego de militares. A partir de sexta-feira (18), o trabalho e a utilização dos meios das Forças Armadas serão intensificados.

Com informações do Ministério da Defesa

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Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha recebe jornalistas da mídia especializada

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Jornalistas são recepcionados pelo Almirante de Esquadra Petronio. Entre eles está o editor-chefe do GBN Defense, Angelo Nicolaci, (blazer cinza)

O Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, e o Presidente da Itaguaí Construções Navais (ICN), André Portalis, receberam, ontem (16), 13 jornalistas da mídia especializada do Setor de Defesa, nas instalações da DGDNTM, no Rio de Janeiro (RJ).

Durante o evento em pauta, o Almirante de Esquadra Petronio concedeu uma abrangente explanação sobre os 47 projetos de CT&I em desenvolvimento no âmbito do Centro Tecnológico da Marinha no Rio de Janeiro (CTMRJ). Comentou também sobre aspectos concernentes ao Programa de Submarinos (PROSUB) e ao Programa Nuclear da Marinha (PNM), sua importância geopolítica para o Estado e a eficiência contratual característica da gestão desses complexos empreendimentos, atualizando os jornalistas acerca dos cronogramas de prontificação, tanto dos quatro submarinos classe “Riachuelo” (S-BR), quanto do submarino convencional com propulsão nuclear (SCPN) “Álvaro Alberto”.

Foto oficial para registrar o encontro com jornalistas

Os profissionais da imprensa especializada saíram do encontro cientes de que à DGDNTM cabe impulsionar a capacidade técnico-científica da Marinha, estimulando a obtenção de uma infraestrutura robusta, capacitação de pessoas, estabelecimento de parcerias com o setor acadêmico e com a Base Industrial de Defesa (BID), tendo por base a Tríplice Hélice do Conhecimento Científico.

O Almirante de Esquadra Petronio discorreuainda sobre os principais desafios e avanços tecnológicos conquistados e sobre o complexo processo de licenciamento associado ao SCPN, destacando a separação de atribuições, por instrumento legal de 2021, entre o licenciamento de reatores em terra, como o do Laboratório de Geração de Energia Núcleo-elétrica (LABGENE), que permanece a cargo da CNEN, e o processo de licenciamento de plantas nucleares embarcadas, agora uma competência da Marinha, por meio da Autoridade Naval de Segurança Nuclear.

Com informações da Marinha do Brasil

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sábado, 12 de fevereiro de 2022

Como drones armados estão criando 'nova era da guerra'

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Não é incomum que, em História militar, um único sistema de armamento se torne símbolo de todo um período de guerras.

Pode-se pensar, por exemplo, no arco longo usado pelos arqueiros ingleses na Batalha de Agincourt, na Idade Média, ou nos tanques fortemente blindados que protagonizaram os combates terrestres da Segunda Guerra Mundial.

O veículo aéreo não tripulado americano MQ-1 Predator, um tipo de drone armado, tornou-se ícone do conflito de contra-insurgência travado pelos Estados Unidos em países como Afeganistão e Iraque.

MQ-1 Predator

Aquele era o período do chamado "momento unipolar" após o fim da Guerra Fria, quando os EUA, diante da dissolução da União Soviética, foram alçados à posição isolada de superpotência global dominante.

O status simbólico dos drones se consolidou quando o Predator - originalmente concebido apenas para reconhecimento aéreo - foi armado com mísseis Hellfire.

Seu sucessor, o Reaper, já foi projetado especificamente para ser um drone assassino ("hunter-killer", na nomenclatura em inglês, traduzido literalmente como "caçador-assassino").


Tem alcance maior que o antecessor e pode carregar um peso maior de munição, sendo capaz de atingir os alvos americanos quando menos esperam. Acredita-se, por exemplo, que drones Reaper tenham sido usados ​​para matar o general iraniano Qasem Soleimani fora do aeroporto de Bagdá em janeiro de 2020.

Por um breve período, apenas Estados Unidos e Israel (com sua própria indústria de drones) foram capazes de realizar essas operações. Pode-se dizer que esta foi a primeira era do drone de combate.

No entanto, as coisas mudaram drasticamente.

Uma nova era de guerra de drones já se iniciou, envolvendo muito mais agentes. E o uso de veículos aéreos não tripulados (UAVs, sigla criada a partir do termo em inglês) passou da guerra de contraterrorismo ou contra-insurgência para o combate convencional em grande escala. À frente, ainda, uma nova terceira era de guerra de drones acena, à medida que a tecnologia se torna cada vez mais sofisticada e conectada à inteligência artificial.

Os ataques de drones desempenharam um papel fundamental em conflitos recentes, ajudando a reforçar a posição do governo da Etiópia, por exemplo, diante das ações dos rebeldes da Frente de Libertação Popular do Tigray (FLPT).

As armas foram adquiridas da Turquia e do Irã. Também há relatos de que o governo etíope teve acesso aos veículos aéreos não tripulados chineses Wing Loong II através dos Emirados Árabes Unidos.

ARP desenvolvido pela Turquia se destacou em conflito

Os Emirados também forneceram drones de fabricação chinesa para o general Khalifa Haftar, considerado um aliado, que os utilizou na brutal guerra civil da Líbia, conflito que se seguiu à derrubada do ditador Muammar Kadhafi em 2011.

Nesse caso, considera-se que os drones armados tiveram impacto decisivo, contribuindo para a sobrevivência do governo internacionalmente reconhecido em Trípoli. Eles desempenharam papel parecido no conflito de Nagorno-Karabakh no ano passado: os drones fornecidos pela Turquia foram um dos fatores que permitiram às forças do Azerbaijão tomar o controle do enclave disputado com a Armênia.

Ataques de drones muitas vezes levantam complexos dilemas legais e morais. Sua precisão depende da tecnologia em que se baseiam. A esperança de que seu uso possa ser restringido de alguma forma por tratados de controle de armas provou ser ilusória.

Embora os EUA tenham relutado em exportá-los para qualquer um além seus aliados mais próximos, outros não fazem muitas distinções.

Mais de 100 países e grupos não ligados a governos hoje já têm drones.

Nesse sentido, a disseminação de veículos aéreos não tripulados parece um fato dado, diz Paul Scharre, diretor de estudos do Center for a New American Security (Centro para uma Nova Segurança Americana, em tradução literal).

"A China é de longe o principal exportador global de drones armados", pontua. "Mas eles não são acessíveis apenas às principais potências militares. Potências médias como Irã e Turquia têm acesso à tecnologia de drones e estão vendendo sistemas no exterior."

Segundo ele, "a tecnologia comercial de drones está tão amplamente disponível que qualquer um poderia construir um drone de ataque DIY [de "do it yourself", ou faça você mesmo] rústico por algumas centenas de dólares".

"E alguns grupos terroristas o fizeram", completa.

A proliferação, na visão do especialista, não chega a ser surpresa, já que os drones são uma opção barata de incrementar a força aérea dos países.

"Estados e grupos não ligados a governos que não podem comprar caças podem comprar drones. E embora os drones não tenham a mesma capacidade dos caças, eles dão a esses atores acesso a algum tipo de poder aéreo. Combinados com tecnologias digitais que tornam possível a vigilância em alta definição e ataques com precisão, os drones podem ser bastante letais para as forças terrestres."

O uso recente de veículos aéreos não tripulados em conflitos regionais e guerras civis dá um indicativo do papel que os drones podem desempenhar em conflitos armados no futuro.

Em meio a seu envolvimento na guerra da Síria, a Rússia usou os campos de batalha como espaços de testes para a incorporação de drones em sua ordem de batalha de forma mais ampla.


"A frota de drones da Rússia na Síria conduziu missões cruciais de inteligência, vigilância e reconhecimento, conectando alvos identificados com a artilharia russa, sistemas de foguetes de lançamento múltiplo e aeronaves", diz Samuel Bendett, membro da Programa de Estudos sobre a Rússia do Center for Naval Analyses (Centro de Análises Navais), nos EUA.

"Esse conceito está agora redefinindo como os militares russos lutam hoje e como vão combater no futuro, dando às forças uma imagem 24 horas por dia do campo de batalha, algo que os generais não tinham antes.'

A guerra civil no leste da Ucrânia (guerra de Donbass, com início em 2014), que, apesar das negativas de Moscou, tem contado com envolvimento militar russo, também dá sinais importantes sobre como os veículos aéreos não tripulados podem vir a ser usados.

Vários tipos de drones de fabricação russa foram abatidos no leste da Ucrânia. Bendett diz que o trabalho de inteligência e o reconhecimento continuam sendo sua missão principal, "mas também têm outro papel importante na guerra eletrônica, com uma classe especial de drones russos adaptados para esse fim".

A guerra eletrônica é caracterizada pelo esforço para localizar forças inimigas pelos sinais que elas enviam e, a partir daí, isolá-las ao bloquear suas comunicações.

Se de um lado a Rússia pode estar algo como uma década atrás dos EUA em termos de sofisticação tecnológica, de outro pode estar à frente em termos de integração de drones em suas unidades de combate.

Os drones militares estão presentes em toda a estrutura da força militar russa, diz Bendett.

"A utilidade desse arranjo foi comprovada em combate com instâncias de unidades blindadas ucranianas. Elas foram rapidamente identificadas, suas comunicações foram interrompidas e fogo de artilharia devastador, dirigido contra elas."

A Ucrânia, por sua vez, também tem acesso a drones turcos armados, tendo-os usado contra separatistas pró-Rússia nos combates de Donbass.

Longe das situações de guerra instaurada, os drones ainda estão sendo usados ​​por grupos insurgentes e de milícias.

Assim, se a ameaça dessas armas é relativamente bem compreendida, por que é tão difícil combatê-la?

"A maioria dos drones em uso hoje são menores que as aeronaves militares tradicionais e requerem diferentes tipos de defesas aéreas", diz Scharre. "Eles voam mais devagar e próximos do solo, e isso significa que muitos sistemas de defesa aérea não são otimizados para derrubá-los."

Muitos países, ele acrescenta, estão trabalhando para desenvolver medidas contra drones. A tendência é que, com o tempo, surjam sistemas de contra-drones mais eficazes. Um desafio, no entanto, será combater ataques em massa, já que drones de baixo custo podem ser construídos em grande número.

No debate mais futurista, fala-se, por exemplo, nos chamados "enxames de drones".

Já vimos ataques de drones em massa, como o realizado em 2018 por rebeldes sírios contra uma base aérea da Rússia, que usava 13 deles. Paul Scharre ressalta, contudo, que um ataque orquestrado de drones não chega a ser um verdadeiro enxame.

"Ele não é tanto definido pelo número de drones em um ataque, mas pela capacidade de eles cooperarem juntos sem qualquer envolvimento humano."


Enxames de drones podem ser usados ​​para ataques simultâneos e multidirecionais de maneiras que podem sobrecarregar as defesas humanas. Com o tempo, ele adverte, isso poderia ter um efeito dramático na transformação da guerra.

O 'caçador-assassino': MQ-9 Reaper



- Câmera na ponta dianteira, além de câmeras e sensores acoplados em uma unidade na parte de baixo

- Parte traseira em formato de "V", para melhorar a estabilidade

- Munido de míssil ou bomba guiados por GPS ou laser

- Comprimento: 10,97 metros

- Altura: 3,66 metros

- Envergadura: 21,12 metros

- Velocidade máxima: 463km/h


*Jonathan Marcus é ex-correspondente de defesa da BBC e professor honorário do Strategy and Security Institute (Instituto de Estratégia e Segurança) da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

Fonte: BBC


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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

USAF abre concorrência para substituir os E-3 Sentry

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Em uma nova solicitação, a USAF (Força Aérea dos EUA) afirma que poderia contratar uma empresa já no ano fiscal de 2023 para fabricar os dois primeiros protótipos de substitutos dos E-3 Sentry.

Um E-7A Wedgetail australiano decola para ajudar na busca de destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines desaparecido no aeroporto internacional de Perth em 7 de abril de 2014 em Perth, Austrália. (Paul Kane/Getty Images)

A Força Aérea dos EUA pode comprar as duas primeiras aeronaves para substituir a frota de AWACS (alerta aéreo antecipado e controle) E-3 Sentry já no ano fiscal de 2023, segundo RFI (pedido de informações) publicado hoje.

A USAF agora está buscando informações da indústria sobre se as empresas podem entregar “pelo menos dois protótipos de aeronaves representativas de produção, incluindo suporte terrestre e sistemas de treinamento, dentro de cinco anos a partir do ano fiscal 2023”, quando um contrato deverá ser concedido, segundo o anúncio da USAF.

Embora o RFI não constitua uma promessa do governo de iniciar um programa de registro, o movimento mostra que a Força Aérea pode estar se aproximando de substituir o antigo AWACS.

Mas uma grande pergunta permanece: Será que a USAF optará pela exclusividade do E-7 Wedgetail da Boeing - uma aeronave que recebeu apoio de líderes de serviços importantes, como o chefe do Comando de Combate Aéreo, Gen. Mark Kelly, e o chefe do Comando da Força Aérea do Pacífico, Gen. Kenneth Wilsbach — ou a nova solicitação sinaliza uma concorrência aberta para outras aeronaves?

O RFI fornece poucas informações sobre como a Força Aérea poderia estruturar um novo programa, caso opte por seguir um.

Em vez disso, a USAF pede às empresas que enviem informações sobre as aeronaves de substituição do E-3 propostas, incluindo sistemas-chave, como: seu radar avançado de indicação de alvo em movimento aéreo, sistema de comando e controle de gerenciamento de batalha (BMC2), recursos de autodefesa e comunicações-chave sistemas como Link 16 e Mobile User Objective System.

A aeronave deve ser capaz de realizar pelo menos seis missões simultaneamente, como contra-ar ofensivo, contra-aéreo defensivo, controle de tráfego aéreo, apoio aéreo aproximado, supressão de defesas aéreas inimigas, reabastecimento aéreo ou busca e salvamento em combate. A solicitação também questiona se a oferta proposta é capaz de realizar vigilância marítima.

O E-7A Wedgetail é o provável precursor do substituto do E-3, dado o fato de ser fabricado pela gigante aeroespacial americana Boeing e operado por aliados próximos dos EUA, como Austrália e Reino Unido.

Durante o exercício de combate aéreo Red Flag da Força Aérea dos EUA, realizado no mês passado, um australiano Wedgetail voou ao lado dos F-22 e F-35 dos EUA. Essa experiência pode ajudar a facilitar o caminho para os EUA incorporarem o E-7 em operações futuras, caso opte por comprá-lo, disse o major-general Case Cunningham, comandante do Centro de Guerra Aérea, durante um evento da Associação da Força Aérea em janeiro.

No entanto, a Força Aérea anunciou planos em outubro para contratar a Boeing para fornecer mais informações técnicas sobre o Wedgetail e fornecer análises sobre como ele poderia atender aos requisitos e padrões dos EUA. Esse RFI adicional pode significar que a USAF pretende ampliar sua abertura antes de se comprometer com o E-7.

Mike Manazir, vice-presidente de desenvolvimento de negócios de defesa da Boeing, disse a repórteres em novembro que estava “muito confiante” de que a Força Aérea escolheria o Wedgetail para substituir sua frota de E-3.

“Acredito que eles anunciarão em algum momento de 2022 que vão avançar no E-7”, disse Manazir. “Acho que seremos capazes de capitalizar com todos os nossos aliados e trazer essa grande capacidade para a Força Aérea dos Estados Unidos.”

Se a Força Aérea decidir concorrer ao contrato, outras empresas aeroespaciais podem intervir com opções adicionais.

Durante o Dubai Airshow em novembro, o CEO da Saab, Micael Johansson, disse à Breaking Defense que a empresa está pronta para oferecer seu avião de controle e alerta antecipado GlobalEye para os Estados Unidos.

“Não sei se é realmente político, que eles tenham que selecionar empresas americanas para essa [oportunidade]”, disse Johansson. “Estaremos dispostos a discutir parcerias [industriais], é claro, em torno disso também. Mas acho que temos uma solução muito competitiva.”

Traduzido e adaptado do original Air Force officially looking for vendors to potentially replace E-3 AWACs por Renato Henrique Marçal de Oliveira.



*Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel)

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