O Ministério da Defesa (MD) está coordenando a Operação Poseidon 2021, que ocorre de 28/8 a 04/09, no estado do Rio de Janeiro. Pela primeira vez na história das Forças Armadas, helicópteros da Marinha (MB), do Exército (EB) e da Força Aérea (FAB), realizarão exercícios no Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico em movimento.
Além da capacitação no pouso com o navio em
movimento, as Forças realizarão exercício de infiltração de Mergulhadores de
Combate, Evacuação Aeromédica (EVAM) de feridos e tiro real sobre alvo à
deriva. Serão empregados na missão cerca de 830 militares.
O exercício conjunto é mais uma atividade
proposta pelo Ministério da Defesa, e tem por finalidade o aumento contínuo da
interoperabilidade, estimulando o desenvolvimento de doutrinas que priorizem e
promovam, entre outros fatores, o aspecto da unidade entre as Forças.
Exercícios da Operação Poseidon 2021
Durante a comissão Poseidon 2021, coordenada
pelo Ministério da Defesa, foram realizados diversos exercícios a bordo do
navio capitânia da Esquadra Brasileira, entre eles técnicas de infiltração por
aeronaves, como o “Fast Rope”. Nesse tipo de exercício, ocorre a descida de uma
equipe de operações especiais com rapidez e surpresa, a partir de um
helicóptero, utilizando um cabo especial para a descida. Trata-se da
aproximação do helicóptero em baixa altitude e de seu posicionamento sobre o
local de desembarque com o máximo de ocultação possível, de maneira a garantir
a surpresa e um menor tempo de exposição.
Já no exercício de qualificação e
requalificação em pouso a bordo, as atividades são voltadas para a
familiarização das tripulações, das aeronaves e do navio, na operação de pouso
e decolagem, com o navio em movimento. Isso contribui para a garantia da
segurança das operações aéreas embarcadas.
No exercício de Hangaragem, uma aeronave
estaciona em um local protegido das ações do tempo, como chuva, fortes ventos e
outra intempéries. Além disso, no Hangar é possível executar as manutenções
necessárias com segurança. Essa manobra é utilizada para reduzir o espaço
ocupado pelo helicóptero e faz-se necessário a dobragem das hélices.
Além disso, em outro tipo de exercício,
conhecido como homem ao mar, todos os militares do navio no mar, ou mesmo
durante a sua estadia nos portos, devem estar prontos para recolher um ou mais
tripulantes que tenham caído n’água. A probabilidade de salvamento de um homem
ou mulher que tenha caído no mar depende muito da rapidez do recolhimento.
Outro exercício importantíssimo é a
evacuação aeromédica que consiste no transporte por via aérea de militares ou
civis, feridos ou enfermos. É realizada em tempo de paz ou em situação de
conflito, a partir da frente de combate ou de um local com recursos médicos
limitados ou inexistentes, para outro provido dos meios necessários à
assistência adequada.
Por fim, no
exercício de tiro em alvo na superfície à deriva o objetivo é treinar as
tripulações dos meios navais e aeronavais na execução do tiro real e aferir a
precisão de seus armamentos. Abre-se fogo sobre um alvo figurativo inimigo
flutuando na superfície do mar.
Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico
O NAM Atlântico é capaz de realizar
deslocamento estratégico de uma Força de Helicópteros para atuar em diversos
cenários, quais sejam: missão de paz; operar com uma Força de Helicópteros
embarcada em apoio às ações de caráter humanitário, entre outras ações. Tem
capacidade para transportar até 16 aeronaves de asa rotativa e possui um vasto
histórico operativo em ações de guerra e humanitárias.
Tem capacidade, também, para operar
simultaneamente até sete aeronaves em seu convés de voo e transportar até doze
aeronaves em seu hangar, podendo utilizar todos os tipos de helicópteros
pertencentes aos esquadrões da Marinha do Brasil.
Principais características do navio
- Comprimento total: 203,43 m;
- Deslocamento carregado: 21.578 Ton;
- Velocidade Máxima Mantida (VMM) prevista
em projeto: 18,0 nós;
- Raio de ação: 8.000 milhas náuticas;
- Convés de voo: 170 m;
- Calado da Navegação: 6,5 m; e
- Largura do Convés de Voo: 32,6 m.
Com informações do CCOMSOD
Gostaria de aber se é possível fazer a operação dos helicópteros AH 2 Sabre a bordo do NAM Atlântico nos mesmos moldes que os britânicos operavam o H64 Apache neste mesmo navio?
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