A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou por volta das 19 horas (horário de Brasília) desta terça-feira (7), no norte do Mato Grosso, uma aeronave de pequeno porte que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização. As aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano dos esquadrões 3º/3º GAV (Esquadrão Flecha, baseado em Campo Grande/MS) e 2º/3º GAV (Esquadrão Grifo, baseado em Porto Velho/RO), e o avião radar E-99 do 2º/6º GAV (Esquadrão Guardião, baseado em Anápolis/GO) foram empregados para monitorar e interceptar o avião. Os pilotos de defesa aérea seguiram o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, interrogando o piloto da aeronave, mas não obtiveram resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita, conforme previsto no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004.
Na sequência, os pilotos da FAB ordenaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico, porém o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário, então, que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso. Ainda sem retorno, a aeronave foi considera hostil, e foram realizados os procedimentos de tiro de detenção.
Após a execução do tiro de detenção, a aeronave, que não tinha plano de voo e entrou no espaço aéreo do Brasil pela fronteira da Bolívia, fez pouso forçado no norte do estado do Mato Grosso. A partir de então a Polícia Federal assumiu as Medidas de Controle de Solo (MCS). O piloto se evadiu antes da chegada dos policiais e na aeronave foram encontrados mais de 200 quilos de cloridrato de cocaína.
De acordo com o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro. O avião, sem contato com o controle, descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil.
A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal, e contou com o apoio do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON)/MT, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER)/MT e das Polícias Militares dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
Com informações do CECOMSAER
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