Estados Unidos e União Européia concordaram com uma trégua em seu conflito de quase 17 anos sobre subsídios às aeronaves fabricadas pela Boeing e Airbus, encerrando um conjunto de tarifas que azedou as relações entre eles.
Os dois lados disputam desde 2004 em casos paralelos na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre subsídios para a fabricante de aviões norte-americana Boeing e a rival europeia Airbus.
Eles concordaram em março com uma suspensão de quatro meses das tarifas sobre produtos que chega a 11,5 bilhões de dólares, a lista vai desde vinho da UE até tabaco e destilados dos EUA, impostos em resposta à disputa.
Nesta terça-feira (15), eles disseram que iriam removê-los por cinco anos enquanto ainda trabalhavam em um acordo geral sobre quais subsídios permitir.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse em um comunicado que uma cúpula UE-EUA com o presidente dos EUA, Joe Biden, havia começado com um avanço.
“Isso realmente abre um novo capítulo em nosso relacionamento porque passamos do litígio para a cooperação em aeronaves - após 17 anos de disputa”, disse von der Leyen.
A representante dos Estados Unidos, Katherine Tai, expôs as idéias de Washington sobre o acordo, visto que permite que eles se concentrem na ameaça representada pela nascente indústria de aeronaves comerciais da China.
“O anúncio de hoje resolve uma irritação de longa data na relação EUA-UE”, disse Tai, “Em vez de lutar com um de nossos aliados mais próximos, estamos finalmente nos unindo contra uma ameaça comum.”
Tai disse que os dois lados concordaram em fazer declarações claras sobre o apoio que poderia ser dado aos grandes produtores de aeronaves civis, e que cooperariam para contrabalançar os investimentos em aeronaves de "atores fora do mercado", referindo-se especificamente à China.
"Estamos comprometidos com uma cooperação significativa", disse ela.
O ex-membro da UE, Grã-Bretanha, que também estava envolvido na disputa como sede da produção da Airbus, disse que espera um acordo semelhante dentro de alguns dias. Tai deve se encontrar com sua contraparte britânica Liz Truss na quarta-feira (16).
A disputa do aço persiste
O acordo UE-EUA remove um dos dois principais atritos comerciais que sobraram da presidência de Donald Trump, o outro são as tarifas impostas por motivos de segurança nacional sobre as importações de aço e alumínio da UE.
A Comissão Europeia, que supervisiona a política comercial da UE, no mês passado suspendeu por até seis meses uma ameaça de duplicação das tarifas retaliatórias sobre as motocicletas Harley-Davidson, uísque americano e barcos a motor no mês passado, e se absteve de aplicar tarifas a mais produtos norte americanos, de batom a sapatos.
Bruxelas e Washington disseram que buscarão lidar com o excesso de capacidade global de aço, em grande parte centrada na China.
Os EUA podem achar mais difícil remover as tarifas de metais, que também se aplicam a outros países como a China, porque ainda são apoiadas por muitos produtores e trabalhadores de metal dos EUA.
Bruxelas também está promovendo o que chama de uma nova "agenda positiva" no comércio com Washington, incluindo a formação de uma aliança para impulsionar a reforma da OMC.
Os dois também devem concordar em cooperar em comércio e tecnologia, por exemplo, para estabelecer padrões compatíveis e facilitar o comércio de inteligência artificial.
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com agências de notícias
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