O Departamento de Estado dos EUA aprovou a oferta de um pacote bilionário para as Filipinas, o qual envolve o fornecimento de aeronaves Lockheed Martin F-16 Block-70/72 e um extenso pacote de armamentos e sistemas.
A notificação da Defense Security Cooperation Agency, ou DSCA, divulgada na tarde de quinta-feira (24), autorizou a aquisição pelo país do sudeste asiático do pacote estimado em cerca de 2,43 bilhões de dólares, o qual compreende:
- 10 aeronaves F-16C Block 70/72 monoplace.
- Duas aeronaves F-16D Block 70/72 biplace.
- 15 Radares Northrop Grumman AN/APG-83.
- 24 mísseis BVR Raytheon AIM-120 nas variantes C-7 ou C-8.
- Bombas.
- Kits de orientação GPS/laser.
- Equipamentos de apoio e suporte.
A aprovação do DSCA não garante que um acordo de venda será assinado, o qual ainda tem de ser aprovada pelo Congresso, para só então dar inicio as tratativas junto ao potencial comprador, o qual após receber a aprovação pelo DSCS e o Congresso, negociar os valores e quantidades que objetivamente serão objeto do acordo de compra, podendo ambos sofrer alterações.
Em duas outras ocasiões o DSCA autorizou as Filipinas a adquirir 24 mísseis AIM-9X Block II Sidewinder e 12 mísseis antinavio AGM-84L-1 Harpoon Block II, no valor de cerca de 42,4 milhões e 120 milhões de dólares respectivamente.
A proposta de fornecimento de mísseis Harpoon também é algo que cabe ser ressaltado, e marca o aquecimento no mercado de defesa no sudeste asiático, tendo em vista a ameaça crescente representada pelo crescimento da Marinha chinesa e as disputas no Mar do Sul da China, onde o nível de conflitabilidade tem aumentado por conta das disputas territoriais envolvendo as ilhas naquela região do planeta. Alguns episódios envolvendo a Guarda Costeira chinesa e embarcações civis filipinas na área já foram registrados.
A variante Block 70/72 do F-16 oferecida às Filipinas, é a versão mais recente do caça que se mantém como um dos vetores mais produzidos em atividade no mundo. A principal melhoria da aeronave em relação às versões anteriores é a adoção do radar AESA AN/APG-83, que também está sendo integrado em diversos programas de modernização dos caças F-16 operados por outras nações da Ásia-Pacífico, como Cingapura, Coréia do Sul e Taiwan.
No entanto, o F-16 ainda não foi definido como a opção definitiva pelo governo Filipino, com a sueca Saab se apresentando como potencial concorrente pelo acordo bilionário, oferecendo a variante JAS-39 C/D Gripen em sua versão atualizada, prometendo esquentar a disputa pelo "Programa Horizon II", que visa a aquisição de caças multifuncionais para equipar a Força Aérea Filipina.
Atualmente a Força Aérea Filipina conta com aeronaves KAI FA-50PH, aeronave de ataque leve baseado no treinador avançado T-50 Golden Eagle, na linha de frente de sua defesa aérea, o que representa uma capacidade muito abaixo da desejada quando se tem como ameaça a China.
Além do desafio representado pela rápida modernização das forças armadas da China, as Filipinas também precisam enfrentar uma série de insurgências nas mais de 7.000 ilhas que compõem seu território. Isso inclui combater guerrilheiros comunistas, bem como lidar com movimentos separatistas em suas ilhas mais ao sul.
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com agências de notícias
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