O exército alemão está mal equipado para se defender contra um possível ataque de drones, ameaças que estão se tornando cada vez mais complexos a cada dia, disse um think tank com sede na Alemanha após uma análise do mercado internacional de VANTS e o papel que os drones desempenharam no conflito de Nagorno-Karabakh no ano passado.
"Para colocar de forma muito drástica, se o Bundeswehr tivesse que lutar contra o Azerbaijão neste conflito específico, dificilmente teria uma chance", disse o tenente-coronel Michael Karl, um especialista em guerra moderna e novas tecnologias do Instituto Alemão de Defesa e Estudos Estratégicos (GIDS).
"Com os sistemas de armas usados, como drones de reconhecimento e drones kamikaze, não teríamos sido capazes de nos defender adequadamente. A falta de defesa aérea do exército por si só teria sido nossa ruína", acrescentou.
No ano passado, o Azerbaijão recuperou partes do disputado território de Nagorno-Karabakh graças aos drones produzidos pela Turquia e Israel.
O Azerbaijão usou o "Bayraktar TB-2" da Turquia e o "Hermes 900" israelense em seu conflito com a Armênia, o que deu uma grande vantagem com a superioridade aérea.
Para sobreviver a um conflito moderno, o Bundeswehr precisa de tecnologias que a Alemanha basicamente possui, mas que não são usadas nas forças armadas, disse o especialista, como sistemas de Jammer ou recursos de interferência.
Karl disse que os chamados drones descartáveis, ou drones kamikaze, que são armados com explosivos e usados para rastrear e atacar alvos, representam um desenvolvimento novo e mais pérfido na tecnologia de drones.
Ele também alertou que a tecnologia para transformar um drone comercial em drone de combate está amplamente disponível, inclusive para terroristas.
“Não se trata apenas de proteger nossos militares dos drones, mas também de proteger a população civil”, acrescentou.
Entrando inicialmente no inventário das Forças Armadas Turcas (TSK) em 2014 como um veículo aéreo não tripulado (UAV), o Bayraktar TB-2 foi então integrado com munição, tornando-se um UCAV.
Produzido com 93% das peças fabricadas na Turquia, um total de 160 TB-2 está nos estoques de quatro países atualmente, que são Turquia, Ucrânia , Azerbaijão e Catar.
O Bayraktar TB2, que continuou a ser operado no campo, representou uma virada no jogo, como também apelidado por vários especialistas internacionaiso. Especialistas em defesa apontam que o sucesso da Turquia em operações de contra-terrorismo em um tempo menor do que o esperado e com menos baixas se deve ao emprego expressivo de drones.
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com agências de notícias
Acho interessante o fato da Alemanha não aumentar tanto o seu gasto com armamento mesmo com a pressão dos EUA. Tão pouco nego a necessidade de gasto com tecnologia de drones, pois estes se mostraram eficazes no combate contra blindados. Ótima matéria.
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