domingo, 23 de maio de 2021

Substituto para o Raptor? Entenda um pouco mais sobre essa questão


Muito diferente do que apontam alguns especialistas, é improvável que a USAF aposentará seus caças furtivos F-22 Raptor antes que o programa NGAD, que conceberá uma nova aeronave de sexta geração esteja pronto em meados da década de 2030. 
Segundo algumas declarações de oficiais da própria USAF, o NGAD será inicialmente o substituto de várias plataformas hoje em operação, como as diversas variantes do F-15, com exceção da nova variante F-15EX Eagle II, além de outras plataformas que já se encontram no seu limite.

O F-22 deverá ter o inicio de sua substituição como caça de primeira linha após a finalização do desenvolvimento do NGAD, mas deverão permanecer um bom tempo em operação até que finalmente sejam retirados do serviço ativo.

Diante de uma verdadeira corrida em direção de novas plataformas aéreas com capacidade stealth, com as principais potências mundiais desenvolvendo seus programas de quinta e sexta geração, como é o caso dos chineses com seu J-20, russos com Su-57, além das apostas europeias nos programas multinacionais "Tempest" e o FCAS. Os Estados Unidos já se debruçam sobre as pranchetas para desenvolver uma nova geração de aeronaves stealth, tecnologia que detém há pelo menos 45 anos, já tendo em seu hall os famosos F-117, B-2 "Spirit" e os caças F-22 e F-35, dos quais o F-117 já deixou o serviço ativo há um certo tempo, e em breve os B-2 devem seguir o mesmo destino com o desenvolvimento do novo B-21.

Em entrevista para mídias especializadas, o subchefe do Estado-Maior da USAF, tenente-general Clinton Hinote, revelou alguns detalhes sobre o caça de nova geração (NGAD), cujo protótipo já estaria sendo testado.

Hinote mencionou o cronograma para a introdução do NGAD, aeronave que possivelmente venha a substituir também o F/A-18 em suas diversas variantes operadas pela US navy, devendo para isso ter desenvolvida uma variante específica para atender aos requerimentos da US Navy, devendo ter como resultado uma aeronave muito distinta do vetor que deverá ser operado pela USAF.

A USAF deverá substituir seus F-22 em futuro próximo, porém, ainda não esta claro se o NGAD será o substituto para os "Raptors", ou se servirá de base para uma nova aeronave destinada a assumir o legado do F-22 como caça de superioridade aérea na próxima geração.

A substituição do F-22 dificilmente acontecerá antes de 2040, quando o caça seria uma plataforma com mais de 40 anos. “O que vamos querer ver é quando o NGAD deixará de ser um programa de desenvolvimento para se tornar um programa de produção?” disse Hinote.

Embora oficialmente pouco tem sido divulgado sobre o desenvolvimento do NGAD, algo comum em programas estratégicos desta importância, sabe-se que pelo menos um protótipo já teria realizado seu primeiro voo, e estaria sendo submetido a uma série de testes e avaliações para o desenvolvimento da plataforma. Isso coloca os Estados Unidos mais uma vez à frente de seus adversários, e segundo sugeriu o próprio Hinote, um segundo protótipo, provavelmente apresentando um design totalmente novo, poderia ganhar os céus em breve.

“Ao permitir que esse programa amadureça, por meio de uma série em espiral, você está projetando a próxima plataforma” com novo software e tecnologia de sensores ”, disse Hinote à Air Force MagazineEle também sugeriu que novas iterações podem ocorrer a cada cinco a oito anos.

Ele disse que o F-22 é uma “grande aeronave”, mas está se tornando cada vez mais obsoleta frente aos desafios impostos pela nova geração de aeronaves que começam a assumir a primeira linha em nações como a China e a Rússia. 

Ainda não há consenso se a próxima geração será composta por aeronaves tripuladas ou não, ainda havendo a hipótese que hajam variantes híbridas, podendo ser pilotadas remotamente ou tripuladas. Mas com certeza esse deverá ser o ponto de convergência no qual deverá ser iniciada a mudança do atual conceito em que as forças são majoritariamente compostas por vetores tripulados, os quais devem a cada dia perder mais espaço para plataformas remotamente pilotadas e até mesmo autônomas.

Diante do cenário que acompanhamos, podemos prever que o F-22 mesmo diante de várias questões logísticas e limitações quanto a expansão de suas capacidades de combate, deverá permanecer por pelo menos mais duas décadas no serviço ativo, com mais de uma década e meia ainda como vetor de primeira linha da USAF.


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com agências de notícias

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