O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou estar "consternado" com as mortes de civis em Gaza e "profundamente perturbado" pelo ataque de Israel contra um prédio que abrigava escritórios da imprensa internacional, segundo um porta-voz em um comunicado divulgado neste sábado (15).
As declarações foram feitas depois dos ataques aéreos de Israel contra a Faixa de Gaza que provocaram a morte de 10 membros de uma mesma família e a destruição de um edifício de 13 andares onde estavam os escritórios do canal Al Jazeera e da agência de notícias Associated Press. Militantes palestinos também disparam mísseis contra o território israelense.
Guterres ficou "consternado" com o "crescente número de vítimas civis, incluindo a morte de dez membros de uma mesma família, incluindo crianças, como resultado de um ataque aéreo israelense na noite passada", disse seu porta-voz, Stephane Dujarric, na nota.
O secretário-geral da ONU também está "profundamente perturbado pela destruição em um ataque aéreo israelense hoje de um arranha-céu na cidade de Gaza que abrigava os escritórios de várias organizações internacionais de mídia".
"O secretário-geral lembra a todas as partes que qualquer ataque indiscriminado contra civis e estruturas da mídia viola o direito internacional e deve ser evitado a todo custo", ressaltou.
Os ataques aéreos e de artilharia israelenses em Gaza mataram 145 pessoas desde segunda-feira, incluindo 41 crianças, e feriram outras 1.100, de acordo com autoridades de saúde palestinas, no pior episódio de violência na região desde 2014.
Grupos armados palestinos dispararam pelo menos 2.300 foguetes contra Israel, matando 10 pessoas, incluindo uma criança e um soldado, e ferindo mais de 560 israelenses. As defesas aéreas israelenses interceptaram grande parte dos mísseis disparados.
O chefe do Departamento de Estado dos EUA para assuntos israelenses e palestinos, Hady Amr, conversará com líderes israelenses no domingo antes de se reunir com funcionários palestinos para buscar uma "calma sustentável", disse a Casa Branca. O Conselho de Segurança da ONU se reunirá no mesmo dia para discutir o conflito.
Fonte: France Presse
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